quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Países precisam “triplicar esforços” para conter aumento de temperatura a 2 ºC




As emissões globais estão aumentando e os compromissos dos países são insuficientes para atingir os objetivos, mas o entusiasmo crescente do setor privado e o potencial da inovação oferecem novos caminhos.

As conclusões fazem parte do Relatório de Emissões de 2018, apresentado na terça-feira, 27 de novembro, em Paris, pela ONU Meio Ambiente.

O principal documento das Nações Unidas sobre este tema apresenta todos os anos um relatório sobre a lacuna de emissões, a diferença entre os níveis previstos em 2030 e os valores necessários para atingir as metas de 2 °C e 1,5°C.


Segundo a pesquisa, as emissões globais atingiram níveis históricos e ainda não refletem sinais de pico, o momento em que as emissões param de aumentar e começam a diminuir.

Os autores afirmam que apenas 57 países, que representam 60% das emissões globais, estão no caminho certo. Conjugados, o aumento das emissões e o atraso nas ações significa que o défice deste ano é maior do que nunca.

A análise “deixa claro que o atual ritmo de ação nacional é insuficiente para atingir as metas do Acordo de Paris.” Os autores concluem que as nações devem triplicar os esforços para atingir os 2 °C, e multiplicar cinco vezes para atingir 1,5 °C.

Aviso
A vice-diretora executiva da ONU Meio Ambiente, Joyce Msuya, disse que se o relatório do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas, IPCC, “representou um alarme de incêndio global, este relatório é a investigação desse incêndio."

Segundo Msuya, “a ciência é clara e, apesar de toda a ambiciosa ação climática que tem sido observada, os governos precisam agir com mais rapidez e urgência.” Ela acredita que o mundo alimenta esse fogo enquanto os meios para extingui-lo estão ao alcance.

Uma continuação das tendências atuais deve resultar em um aquecimento global de cerca de 3 °C até o final do século, com a contínua elevação da temperatura depois desse ano.

Apesar de explicar que ainda existe um caminho para manter o aquecimento global abaixo de 2 °C, o relatório afirma que “o tipo de ação drástica e de grande escala necessária urgentemente ainda não foi visto.”

O relatório oferece um roteiro sobre o tipo de ação transformadora que é necessária, dizendo que tem de envolver governos municipais, estaduais e regionais, empresas, investidores, instituições de ensino superior e organizações da sociedade civil.

Segundo a pesquisa, esses atores não-estatais “estão cada vez mais comprometidos com uma ação climática ousada” e “são cada vez mais reconhecidos como um elemento-chave para alcançar as metas globais de emissões.”

Taxas

Também é sugerida uma política fiscal diferente. O cientista-chefe da ONU Meio Ambiente, Jian Liu, explicou que "quando os governos adotam medidas de política fiscal para subsidiar alternativas de baixa emissão e tributar combustíveis fósseis podem estimular os investimentos certos no setor energético e reduzir significativamente as emissões de carbono."

Segundo o especialista, o potencial de usar a política fiscal como um incentivo é cada vez mais reconhecido, com 51 iniciativas de taxas de carbono agora em vigor ou programadas, cobrindo cerca de 15% das emissões globais.

O relatório calcula que, se todos os subsídios aos combustíveis fósseis fossem eliminados, as emissões globais de carbono poderiam ser reduzidas em até 10% até 2030.

O relatório foi apresentado uma semana antes da 24ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP24, que acontece na Polônia entre 2 e 14 de dezembro.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Pesquisa desenvolve fertilizante orgânico a partir da biomassa de plantas

Estudos científicos mostraram que o fertilizante desenvolvido pelos pesquisadores da Embrapa Agrobiologia reduz as perdas que ocorrem na hora da aplicação na lavoura
Fotos: Ana Lúcia Ferreira

Produzido a partir da biomassa aérea (parte da planta que fica para fora da terra) de espécies leguminosas, o N-verde é um fertilizante orgânico vegetal rico em nitrogênio (N) e de fácil aplicação. “Ele tem os nutrientes essenciais para as plantas: fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre; e micronutrientes, como boro, ferro, manganês, molibdênio e zinco”, explica o pesquisador Ednaldo Araújo, da Embrapa Agrobiologia (RJ).

Comparado a outros materiais orgânicos, a concentração de nitrogênio no N-verde é elevada: cerca de 4%. Por isso, ele é indicado como uma fonte de adubação nitrogenada.

Estudos científicos mostraram que o fertilizante desenvolvido pelos pesquisadores da Embrapa Agrobiologia reduz as perdas que ocorrem na hora da aplicação na lavoura. Enquanto nos produtos comerciais as perdas por volatização (transformação em gás) chegam a 50%, no N-verde é de no máximo 15%, resultando em economia para o agricultor.

Sabendo que os fertilizantes farelados apresentam limitações quanto à aplicação no campo, não se adequam ao uso em máquinas distribuidoras de adubos e favorecem as perdas de nitrogênio por volatização de amônia, os pesquisadores desenvolveram um produto em forma de grânulos ou pellets.

“A ideia é disponibilizar aos agricultores um fertilizante padronizado quanto aos teores de nutrientes e tamanho das partículas, alta densidade e baixo volume, o que facilita a aplicação na lavoura”, complementa Araújo.

A princípio, o produto foi desenvolvido para aplicação em hortaliças folhosas, onde os testes de campo apontaram para um produto de excelentes resultados. Mas a resposta também foi boa em lavouras de milho e feijão. A expectativa é que ao ser disponibilizado pela indústria, o produto também tenha boa aceitação para aplicação em plantas ornamentais como uma fonte de nitrogênio.

Processo de produção
De acordo com os pesquisadores, para produzir o N-verde é necessário uma leguminosa fixadora de nitrogênio com alta capacidade de gerar matéria orgânica com baixo custo de produção. “Nós procuramos aproveitar dois processos biológicos abundantes na natureza, a fotossíntese e a fixação biológica de nitrogênio, que permitem que se acumule carbono e nitrogênio a partir da biomassa vegetal”, detalha José Guilherme, pesquisador da Embrapa Agrobiologia.

A maioria das plantas leguminosas fixadoras de nitrogênio tem boa concentração de nutrientes e pode ser utilizada para a produção do N-verde. Mas a gliricídia (Gliricidia sepium) é a que vem sendo mais utilizada por ser uma planta perene, que permite poda até quatro vezes ao ano e oferece uma capacidade de produção de biomassa grande, sem altos custos de implantação.

Com um hectare de gliricídia é possível produzir até 6 toneladas de N-verde por ano. Mas essa quantidade pode variar dependendo do espaçamento em que for feito o plantio. “A partir do momento que possuímos a biomassa, nós temos todo um protocolo para produzir o N-verde, que envolve a melhor forma de secar, de moer e até mesmo de produzir os pellets ou os grãos”, pontua Araújo. Após a coleta, a produção do N-verde leva de sete a dez dias.

O N-verde pode suprir essa lacuna no mercado e tende a ter seu custo de prateleira menor que produtos similares

Uso na agricultura orgânica

Um dos gargalos para a expansão da agricultura orgânica é a falta de nitrogênio. Para suprir a demanda desse nutriente, os agricultores muitas vezes utilizam resíduos agrossilvipastoris, que apresentam cerca de 3% de N, o que é adequado para uso como fertilizante orgânico. Porém, a variação nesse percentual, além de problemas relacionados a contaminantes químicos e biológicos, limita o seu uso.

A falta de padronização aumenta também as incertezas quanto aos resultados da utilização desses produtos. Por isso, um dos resíduos mais difundidos é a torta de mamona, que apresenta aproximadamente 5% de nitrogênio. Mas, nesse caso, o limitante é o valor, superior em cerca de 400% em relação ao custo da ureia, que é o fertilizante nitrogenado mais utilizado na agricultura convencional no Brasil.

Para Ednaldo Araújo, o N-verde pode suprir essa lacuna no mercado e tende a ter seu custo de prateleira menor que produtos similares. “É importante frisar que não se trata de substituir o uso da adubação verde nas culturas, pois mesmo com o uso de espécies adubadoras, é preciso fazer todo manejo e ainda o aporte de nitrogênio. Essa reposição pode ser realizada pelo N-verde”, pontua o pesquisador. Araújo esclarece também que por haver necessidade de grandes áreas para o plantio da leguminosa e de uma fábrica para transformação da biomassa em grãos ou pellets, o N-verde tende a ser um fertilizante produzido por empreendedores por meio de cooperativas ou indústrias.

Uma das principais fontes orgânicas de nitrogênio utilizadas na agricultura convencional é o esterco. Porém nem todo produtor tem animais em sua propriedade, o que dificulta a obtenção do insumo. Para esses agricultores, o N-verde também tende a ser uma boa alternativa, pois além de ter uma concentração bem maior de nitrogênio, não precisa ser compostado e possui risco baixíssimo de contaminação, ao contrário dos estercos.

Testes avançados aferiram a eficiência do produto

Para os estudos de eficiência do N-verde, os pesquisadores fizeram testes avançados com uso de isótopo estável (variante do elemento químico nitrogênio) que funciona como marcador do caminho do nitrogênio, desde a liberação do fertilizante até a absorção pela planta.

Os resultados revelam que a eficiência do N-verde é de 10%, ou seja, de cada 100 quilos colocados na planta, ela absorve 10, no primeiro ciclo, o que é similar aos demais fertilizantes orgânicos. A pesquisa avança agora no estudo para a redução de custos de produção e coleta da biomassa.

Seja na agricultura orgânica, onde o uso de fertilizantes orgânicos vegetais e isentos de contaminantes é uma exigência, ou na agricultura convencional, onde os altos custos limitam o uso de fertilizantes orgânicos, o N-verde pode ser uma alternativa ou um complemento. O pesquisador Ednaldo Araújo enfatiza que um país com dimensões continentais e clima tropical como o Brasil tem uma aptidão natural para produzir biomassa. “E por que não produzir essa biomassa e colocá-la no mercado para suprir a demanda que existe?”, finaliza.


sexta-feira, 23 de novembro de 2018

São Paulo promove ações para incentivar testagem de HIV, sífilis e hepatites entre jovens

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Instituto Cultural Barong e o Programa Municipal de DST/AIDS (PM DST/AIDS), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo, lançam no próximo domingo (25) o Viva Melhor Sabendo Jovem.

A iniciativa tem como objetivo incentivar a testagem de HIV, sífilis e hepatites B e C em jovens da capital paulista, além de reforçar a adesão ao tratamento em caso de positividade do(s) exame(s). Para isso, leva uma van a locais que os jovens mais frequentam, e utiliza a metodologia de educação entre pares, isto é, jovens abordando e orientando jovens. O resultado dos testes é informado em cerca de 30 minutos.


“Sabemos que grande parte dos jovens não vai às unidades de saúde. Por isso, a prevenção precisa acontecer onde eles estão”, diz Cristina Abbate, coordenadora do Programa Municipal de DST/AIDS.

“Temos agentes que são jovens e que frequentam locais de convivência desse público, como bares e baladas, para fazer um trabalho entre pares; colocamos o preservativo gratuito em locais de mais fácil acesso, como os terminais de ônibus e em estações do metrô, além de rodar a cidade com a nossa unidade móvel para tornar os testes rápidos mais disponíveis. O Viva Melhor Sabendo Jovem vem para complementar esse trabalho”, completa.

O lançamento da iniciativa integra a agenda global do UNICEF em comemoração ao Dia Mundial da Criança (20) e contará com diversas atividades, além das testagens, como: dinâmicas sobre prevenção e diversidade, música, teatro, dança e distribuição de preservativos masculinos e femininos.

Jovens de diversas regiões da cidade foram capacitados por profissionais da ONG Barong para se tornar multiplicadores de informações de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) nos seus bairros e pontos de convivência, além de incentivar a testagem entre amigos, vizinhos e conhecidos. A iniciativa conta, ainda, com os vinculadores, que auxiliam os jovens no início do tratamento e os acompanham por um tempo, visando à adesão.

“Durante seis semanas jovens de diferentes regiões de São Paulo reuniram-se com diversos profissionais para ir a campo atuar como agentes multiplicadores. A vontade desses jovens de fazer a diferença possibilitará a ampliação das atividades do Barong, realizando intervenções que irão ao encontro da população jovem, utilizando estratégias com base nas diversas “juventudes” vivenciadas em uma grande metrópole”, diz Marta McBritton, presidente do Barong.

Os últimos dados epidemiológicos da cidade de São Paulo, referentes a 2016, revelam que o maior número de casos de HIV está entre jovens de 25 a 29 anos, de ambos os sexos. Entre 2006 e 2015, os casos de AIDS em todas as faixas etárias na capital paulista caíram, com exceção da população de 15 a 24 anos, em que houve crescimento.

“O Viva Melhor Sabendo Jovem vem apoiar o compromisso que governos de todo o mundo assumiram de, até 2030, ter 90% das pessoas vivendo com HIV sabendo que têm o vírus; 90% das que sabem que vivem com HIV recebendo tratamento antirretroviral e, destas, 90% com carga viral indetectável”, explica Adriana Alvarenga, chefe do escritório do UNICEF em São Paulo.

Programação do evento de lançamento do Viva Melhor Sabendo Jovem

Dia 25/11 (domingo) – Largo do Arouche, República
• 14h: Abertura do evento e boas-vindas
• 14h30: Apresentação de dança afrodescendente
• 15h: Apresentação de jovem rapper
• 15h30: Dinâmicas sobre prevenção combinada e diversidade
• 16h: Performance artística
• 16h30: Encerramento

Obs.: Em caso de chuva, o evento será adiado e informaremos nova data.

Fonte: https://nacoesunidas.org

Níveis de gases causadores do efeito estufa na atmosfera atingem novo recorde

Níveis de gases causadores do efeito estufa que aprisionam calor na atmosfera chegaram a um novo recorde, de acordo com um relatório publicado nesta quinta-feira (22) pela agência meteorológica das Nações Unidas, que revela não haver sinais de retrocesso desta tendência, responsável pelas mudanças climáticas, aumento do nível do mar, acidificação dos oceanos e condições meteorológicas extremas.

A ciência é clara. Sem cortes rápidos em CO2 e outros gases causadores do efeito estufa, mudanças climáticas terão impactos cada vez mais destrutivos e irreversíveis na vida na Terra. A janela de oportunidade para ação está quase fechada”, disse o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas.

O relatório “Greenhouse Gas Bulletin”, da OMM, indica que concentrações globais de dióxido de carbono (CO2), metano e óxido nitroso têm aumentado continuamente durante os últimos anos. Além disso, o relatório destaca um ressurgimento de um potente gás causador do efeito estufa e da substância depredadora do ozônio chamada CFC-11, que é regulada sob um acordo internacional para proteger a camada de ozônio.


O relatório informa especificamente sobre concentrações atmosféricas de gases causadores do efeito estufa, que são os que permanecem na atmosfera após um complexo processo de emissões e absorções.

Desde 1990, houve um aumento de 41% no efeito de aquecimento pelos diversos gases causadores do efeito estufa sobre o clima – conhecido como “forçamento radioativo”. O CO2 representa cerca de 80% do aumento no forçamento radioativo durante a última década, de acordo com dados do relatório da OMM.

“A última vez que a Terra teve uma concentração comparável de CO2 foi de três a cinco milhões de anos atrás, quando a temperatura era 2 a 3°C mais quente e o nível o mar era 10 a 20 metros mais alto que agora”, disse Taalas.


O relatório da OMM foi divulgado após evidências apresentadas em relatório especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) sobre aquecimento global, emitido em outubro e que soava o alarme sobre a necessidade de alcançar zero emissão de CO2 até metade do século para manter aumentos de temperatura abaixo de 1,5°C.

O relatório mostrou como manter aumentos de temperatura abaixo de 2°C pode reduzir os riscos para o bem-estar do planeta e dos povos.

“O CO2 permanece na atmosfera por centenas de anos e nos oceanos por até mais tempo. Não há atualmente uma varinha mágica para remover todos os excessos de CO2 da atmosfera”, alertou a vice-secretária-geral da OMM, Elena Manaenkova. “Cada fração de um grau de aquecimento global importa, assim como cada parte de milhão de gases causadores do efeito estufa”.

Este novo relatório acrescenta mais informações às evidências científicas para informar tomadores de decisão na próxima conferência da ONU sobre mudanças climáticas – a COP 24 – planejada para 2 a 14 de dezembro, na Polônia. O objetivo principal do encontro é adotar um plano de implementação para o Acordo de Paris de 2015.

As médias globais apresentadas no boletim da OMM são baseadas em um monitoramento rigoroso dos níveis de alteração de gases causadores do efeito estufa como resultado da industrialização, do uso de combustíveis fósseis, de práticas agrícolas insustentáveis e do aumento em uso de terras e desmatamento.

A ONU pede ações urgentes para reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa em níveis nacional e subnacional.


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Fonte: http://portalods.com.br

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

População negra ainda sofre discriminação no SUS e é maioria nas mortes por aids


A discriminação no sistema público de saúde é mais sentida por negros do que brancos, segundo números da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) revelada em 2015. Os dados mostram que, de toda a população branca atendida, 9,5% saem da unidade hospitalar com o sentimento de discriminação. O percentual é maior entre negros (11,9%) e pardos (11,4%). Menos negros e pardos saem com avaliação “boa” ou “muito boa” do atendimento, 70,6% e 69,4%, em relação aos brancos, 73,5% deles satisfeitos. Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, 80% da população que só tem o SUS como plano de saúde é negra.

Os dados também revelam que negros têm desvantagem em todos os quesitos pesquisados pela PNS: consultam menos médicos e dentistas, têm menos acesso a remédios receitados no atendimento, tiveram mais dengue, têm mais problemas de saúde que impedem alimentação, têm menos planos de saúde (exceto quando o empregador paga a conta, outro sinal de desigualdade), usam menos escova de dente, pasta e fio dental.

Saúde sexual e reprodutiva 

Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Infecções Sexualmente Transmissíveis, mortes maternas, incluindo óbitos por abortos sépticos (quando o feto não é eliminado completamente causando infecção), hanseníase, tuberculose e doença de chagas, são problemas que atingem, em maior número, a população negra. 

Além de estarem mais expostos ao risco de morte violenta intencional, os negros também integram o grupo de brasileiros que têm, em geral, piores indicadores de saúde, expressos na maior incidência de doenças e agravos com ou sem conexão direta entre si. É o que revelam as estatísticas oficiais.


Dados do último Boletim Epidemiológico de HIV e Aids do Ministério da Saúde apontam que 57,2% dos óbitos em decorrência da aids registrados em 2014 ocorreram entre entre pretos e pardos.

Segundo o Ministério da Saúde 55% dos casos registrados de aids em 2016 ocorreram em pessoas negras e 43,9% em brancas. Os óbitos pela doença também afetam mais negros (58,7%) que brancos (40,9%). No mesmo ano 38,5% das notificações de sífilis adquirida ocorreram entre pessoas brancas e 42,4% em negras. Das mulheres gestantes diagnosticadas com sífilis, 59,8% eram negras e 30,6% brancas. Em relação à raça/cor das mães das crianças com sífilis congênita, as negras foram mais que o dobro (65,1%) das brancas (25,0%). A hanseníase, doença infecciosa causada por bactéria cuja transmissão está relacionada a condições precárias de moradia e higiene, em 2014, teve 31.064 casos notificados, mais de dois terços (21.554) na população negra. Nos registros de tuberculose, no mesmo ano, 57,5% das pessoas que apresentaram a doença eram negras.


Profissionais de saúde no mercado de trabalho

De acordo com o Conselho Regional de Medicina (Cremesp), no estado de São Paulo,  apenas 0,9% dos novos médicos são negros, 85% se declaram brancos, quando a média da negra em população em São Paulo é de 63%.

O perfil dos egressos dos cursos de Medicina do Estado foi feito pelo Cremesp com base nos dados fornecidos pelos recém-formados no último exame anual obrigatório do órgão, feito no fim do ano passado. As estatísticas mostram ainda que a maioria dos recém-formados é mulher de classes sociais altas.

O levantamento revela ainda que 47% dos recém-formados nas escolas médicas do estado têm renda familiar mensal superior a 20 salários mínimos, o equivalente a R$ 15.760. Na população geral de São Paulo, apenas 3% dos moradores estão nessa faixa de rendimento.

Entraves na obtenção de dados


Há algumas explicações para a desigualdade racial na saúde. Para o Unaids, a desigualdade econômica pesa, visto que a população negra tem menos poder financeiro para pagar um plano de saúde privado em comparação com a população branca. Há também o fato de a informalidade no emprego ser maior entre pretos e pardos – mulheres negras que trabalham como domésticas sem carteira assinada não têm direito a plano de saúde, por exemplo. E há a questão geográfica. “A rede do SUS está mais presente em regiões de classe média, e a população negra por fatores históricos está concentrada em regiões periféricas”, afirmou Irineu Barreto, analista do Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo (Seade) que se dedicou à pesquisa da desigualdade racial. “E mesmo nas regiões mais pobres a população negra tem mais dificuldade do que a branca. A pobreza é mais cruel para os negros”.

Para o analista, é difícil concluir a partir de dados se o racismo na saúde tem diminuído ou aumentado no Brasil porque faltam pesquisas. A PNS de 2015 com detalhamento por raça e cor foi a primeira a fazê-lo. Mas há um indício disso nos números sobre mortalidade materna do SUS. Em 2004, 62.659 mulheres morreram em decorrência do parto, das quais 47% eram brancas e 43%, negras, a soma de pretas e pardas. Dez anos depois, em 2014, 63.408 mortes foram registradas. Delas, 42% eram brancas, e 53%, negras. 

Em um período de dez anos, portanto, não só aumentou o número de mulheres que continuam a morrer de complicações de uma gravidez, a condição da parcela negra piorou enquanto a da branca melhorou. Há a ressalva de que, em 2004, o preenchimento dos dados ainda era precário. Havia médicos que assinalavam “branca” em vez de “preta” ou “parda” ao descrever a paciente na ficha. Naquele ano, as investigações sobre as mortes das mães também eram muito menores. Independentemente de melhorar ou piorar, o fato é que o quadro é grave.

Fonte: http://www.estrategiaods.org.br

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Relatório da ONU liga mudanças climáticas ao aumento da fome

Aumento da temperatura e falta d’água atingem diretamente a produção de alimentos


O índice de fome ao redor do planeta cresceu pelo terceiro ano consecutivo, de acordo com o relatório anual de segurança alimentar da ONU. O número total de pessoas que enfrentam privação crônica de alimentos aumentou em 15 milhões desde 2016. Cerca de 821 milhões de pessoas agora enfrentam insegurança alimentar, levando os números para o mesmo nível de quase uma década atrás.

De 2005 a 2014, os níveis de desnutrição se mantiveram em queda, porém com uma taxa de declínio cada vez menor, até parar completamente e se inverter, há três anos. Na visão dos estudiosos, um dos fatores responsáveis pela inversão são as mudanças climáticas.

Nos últimos 50 anos, a temperatura média global vem aumentando rapidamente, com recordes registrados em 2014, 2015 e 2016. Outros fenômenos climáticos que acontecem com mais frequência e intensidade são as secas e tempestades. Como resultado, algumas regiões estão se tornando mais úmidas, enquanto outras enfrentam longos períodos de estiagem.

RELAÇÃO DIRETA ENTRE CLIMA E PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

A agricultura é uma das indústrias que mais sofrem com essas alterações. Cultivos de alimentos e criação de gado são muito sensíveis a mudanças de temperatura, precipitações, geadas e ondas de calor. Produzir comida suficiente para o mundo todo depende muito do clima. Isso significa que será impossível reduzir a fome sem se preparar para a adaptação às mudanças climáticas.

Outro efeito dramático que atinge diretamente a produção de alimentos é a falta d’água. Apenas o consumo de carne responde por 22% do uso da água no mundo todo, e esse nível aumentará em um planeta mais quente. A alteração no regime de chuvas também atinge diretamente a produção das fazendas, podendo ser menor que o necessário ou acontecer em momentos diferentes do esperado.

TECNOLOGIA COMO ALIADA

Diante dos danos potencialmente irreversíveis das alterações climáticas que já estão em curso, o investimento em tecnologia se torna a saída possível a um iminente cenário de caos, em que se projeta que 100 milhões de pessoas estarão em situação de extrema pobreza em 2030.

O aprimoramento do sistema agrícola inclui sistemas de posicionamento global, sistemas de informações geográficas e sensores para fornecer os dados necessários para mapear os insumos adequados a cada porção de terra do planeta, aumentando a produtividade e o fornecimento de alimento para a população.

Outra aliada é a nanotecnologia, que poderá tornar os sensores de campos menores e mais compactos, além de ajudar a melhorar a forma como fertilizantes e pesticidas são introduzidos no solo. Colocando insumos químicos em pequenas cápsulas ou em géis, é possível controlar quando e como são liberados para torná-los mais eficazes e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões químicas e o escoamento.

Uma resposta eficaz à mudança climática também será fundamental para avançar em uma série de outros desafios de segurança alimentar, como reduzir a perda de alimentos, melhorar a nutrição e promover sistemas de produção sustentáveis. Os países produtores de alimentos precisarão de políticas criativas e novas tecnologias para enfrentar esses desafios com sucesso.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Neste feriado, FURB sedia a 26ª COFAFE



Este feriadão de 15 de novembro, será de confraternização. De 15 a 17 de novembro, a FURB vai sediar a 26ª COFAFE - Confraternização dos Funcionários e Professores das Fundações Educacionais do Sistema ACAFE. O evento proporciona a integração por meio de competições esportivas, jantares e outros eventos sociais entre servidores técnicos, docentes, estatutários ou celetistas das instituições de Ensino Superior vinculadas à ACAFE - Associação Catarinense das Fundações Educacionais.




Neste ano, a FURB é a instituição responsável por sediar e organizar o evento. As ações estão sob organização da Associação dos Servidores da FURB (ASEF). Nestes três dias de evento, a FURB vai receber delegações de sete universidades: UNESC (Criciúma); Unisul (Tubarão); Unochapecó (Chapecó), Univille (Joinville), Unifebe (Brusque), Uniplac (Lages) e Univali (Itajaí), chegando a 496 inscritos. A FURB vai participar com uma delegação de 90 competidores.

A solenidade de abertura está marcada para a quinta-feira, dia 15 de novembro, às 11h, no Ginásio de Esportes, no Campus 1. O ato vai contar com a presença dos reitores das universidades participantes e também do presidente da ACAFE.

Tradicionalmente, a COFAFE ocorre durante o feriado de Corpus Christi e este ano estava agendado para o feriado de 31 de maio a 2 de junho, mas por conta das consequências da greve dos caminhoneiros naquele mês, o evento foi adiado para este feriado de novembro.

A COFAFE ocorre a cada dois anos. A última edição ocorreu na Unidavi, em Rio do Sul em 2016. Na ocasião, a FURB ficou em sexto lugar na classificação geral. Todas as informações sobre horário e local das modalidades estão no site oficial do evento em www.furb.br/cofafe.

Programação oficial
Dia 15/11 – Quinta-feira
11h – Abertura da XXVI COFAFE – Ginásio de Esportes da FURB – Campus 1.
12h – Almoço
14h – Início das Competições
20h – Premiação das modalidades finalizadas no dia e jantar de confraternização

Dia 16/11 – Sexta-feira
7h às 9h30 – Café da manhã
8h – Reinício das Competições
11h às 14h – Almoço
20h – Premiação das modalidades finalizadas no dia e jantar de confraternização
22h – Início da modalidade experimental jogos eletrônicos
22h00 – Festa

Dia 17/11– Sábado
7h às 9h30 – Café da manhã
8hs – Reinício das Competições
11h às 14h – Almoço
20h – Jantar de confraternização
22h – Premiação das modalidades finalizadas no dia e Premiação Geral, seguida de Baile de Encerramento – Mini Oktoberfest

Dia 18/11 – Domingo
Até 12h – Retorno das delegações as suas cidades

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Novembro Azul: mês mundial de combate ao câncer de próstata


O câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O QUE É A PRÓSTATA?
É uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, e se assemelha a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.

SINTOMAS:
Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são:

• dor óssea;
• dores ao urinar;
• vontade de urinar com frequência;
• presença de sangue na urina e/ou no sêmen.

FATORES DE RISCO:
• histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio;
• raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer;
• obesidade.

PREVENÇÃO E TRATAMENTO:
A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico). Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.

A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão da mesma.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Terra perdeu 60% de seus animais selvagens em 44 anos

As populações de vertebrados selvagens, como mamíferos, pássaros, peixes, répteis e anfíbios, sofreram uma redução de 60% entre 1970 e 2014 devido à ação humana, anunciou o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) na terça-feira (30).


O declive da fauna afeta todo o planeta, com regiões especialmente prejudicadas, como os Trópicos, segundo a 12ª edição deste relatório publicado com a Sociedade Zoológica de Londres e baseado no acompanhamento de 16.700 populações de 4 mil espécies.

“Preservar a natureza não é apenas proteger os tigres, pandas, baleias e animais que apreciamos. É muito mais: não pode haver um futuro saudável e próspero para os homens em um planeta com o clima desestabilizado, os oceanos sujos, os solos degradados e as matas vazias, um planeta despojado de sua biodiversidade”, Marco Lambertini, diretor da WWF.

O décimo relatório revelava uma redução de 52% entre 1970 e 2010 e nada parece deter este declive, que agora é de 60%.

A zona Caribe/América do Sul revela um quadro “aterrador”: um declive de 89% em 44 anos.

América do Norte e Groenlândia sofreram as menores reduções da fauna, com 23%. Europa, Norte da África e Oriente Médio apresentaram um declive de 31%.

A primeira explicação é a perda dos habitats devido à agricultura intensiva, à mineração e à urbanização, que provocam o desmatamento e o esgotamento dos solos.

No Brasil, que acaba de eleger um presidente cujo programa de governo não fala em desmatamento ou no aquecimento global, a selva amazônica se reduz cada vez mais, do mesmo modo que o Cerrado, diante do avanço da agricultura e da pecuária.

Em nível mundial, apenas 25% dos solos estão livres da marca do homem. Em 2050, isto cairá para apenas 10%, segundo pesquisadores do IPBES.

A isso se soma o excesso de pesca, a caça proibida, a contaminação, as espécies invasoras.as doenças e as mudanças climáticas.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Como anda o cumprimento das metas nacionais de biodiversidade?



Às vésperas da 14a Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Biológica, marcada para novembro, no Egito, o WWF- Brasil avalia a situação da conservação da biodiversidade brasileira em relação às metas estabelecidas nacionalmente. O documento organiza o debate e serve como base para o posicionamento do WWF-Brasil nos fóruns internacionais.

A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) foi lançada em 1992, durante a Cúpula das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro, a ECO-92. O Brasil ratificou a convenção em 1994 e participa das negociações globais numa posição peculiar. É o país que detém a maior biodiversidade do planeta e, ao mesmo tempo, é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo. Produção essa que depende dos serviços ecossistêmicos – da abundância de água, da qualidade de solo e da disponibilidade de polinizadores – e também representa uma ameaça contra a integridade dos ecossistemas, pela relação com o avanço do desmatamento.

A análise feita pelo WWF-Brasil tem como base as Metas Nacionais de Biodiversidade, que integram a Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade (EPANB, ou National Biodiversity Strategies and Action Plans, NBSAPs, em inglês), publicados em 2017, para mesmo período do plano estratégico global, até 2020.

Onde estamos

O Brasil conseguiu reduzir o desmatamento nos dois maiores biomas, Amazônia e Cerrado, reúne hoje mais de 2,5 milhões de quilômetros quadrados de Unidades de Conservação continentais e marinhas, mas não cumpriu a meta de redução das taxas de conversão de ambientes nativos e ainda enfrenta grandes desafios para garantir efetividade às áreas protegidas, além de lidar com pressões para reduzir seu tamanho e status de proteção.

A dois anos do fim do segundo período de compromissos, quando deveria reduzir o risco de extinção de espécies ameaçadas, ainda faltam medidas de proteção para centenas delas. E o combate à sobrepesca é fragilizado pela falta de estatísticas recentes.

Mais importante: embora a população reconheça a necessidade de proteger a natureza, a biodiversidade ainda é um tema mantido em segundo plano nas agendas de governo.

Destaques do estudo:

  • As Unidades de Conservação continentais e marinhas brasileiras somam 2,5 milhões de quilômetros quadrados, são o principal trunfo do país nos debates da Convenção da Biodiversidade, mas sua efetividade é considerada moderada;
  • Nos dois maiores biomas (Amazônia e Cerrado), o Brasil ainda não cumpriu a meta de redução das taxas de conversão de ambientes nativos;
  • A dois anos do prazo para reduzir significativamente o risco de extinção de espécies, diagnóstico avançou, mas centenas de espécies ameaçadas ainda não contam com medidas de proteção;
  • Estatísticas sobre pesca deixaram de ser produzidas há quase uma década, um obstáculo ao monitoramento da sobrepesca;
  • Biodiversidade é tema periférico na agenda do governo, embora uma grande parcela da população (67%) se sinta responsável por proteger a biodiversidade e a natureza. Outra pesquisa mostra que 39% dos brasileiros veem no meio ambiente e nas riquezas naturais o maior motivo de orgulho para o país.


- Clique aqui para fazer o download do estudo na íntegra - 

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Pesquisadores fazem Atlas da Bacia Hidrográfica do Itajaí



Foram 20 anos de pesquisa científica reunindo mais de 14 pesquisadores da Universidade Regional de Blumenau (FURB) e dois da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Todo este trabalho resultou no “Atlas da Bacia Hidrográfica do Itajaí: Formação, Recursos Naturais e Ecossistemas”. 


O estudo abrange 47 municípios da bacia do Itajaí. O texto foi elaborado de forma integrada abordando capítulos de geologia, solos, geomorfologia, hidrografia, clima, vegetação, usos e ocupação do solo, fauna e zoneamento ecológico sendo ilustrado por fotografias coloridas, diagramas, tabelas e mapas temáticos. 

No prefácio, um dos organizadores do Atlas, professor Juarês José Aumond diz que “o Atlas Bacia do Itajaí veio preencher uma lacuna existente no conhecimento integrado da bacia, tornando-se o primeiro e mais importante conjunto sintetizado de informações técnicas e científicas, necessárias para embasar o planejamento regional e local. As informações aqui reunidas em um único texto, aliado à cartografia temática constitui ainda hoje um documento, não só de valor histórico, mas também é uma contribuição ao planejamento das atividades urbanas e rurais, inclusive para o turismo e o ecodesenvolvimento da Bacia do Itajaí, pois facilita a captura de informações e seu cruzamento”, escreveu.

Para o professor Aumond, o Atlas é uma obra destinada aos administradores municipais, regionais, técnicos das várias áreas do conhecimento, estudantes dos mais diversos níveis, professores e pesquisadores universitários e do ensino médio e fundamental. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Defesa Pública de Tese da doutoranda Sônia Adriana Weege


O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Regional de Blumenau convida toda a comunidade, para assistir a defesa pública de tese da doutoranda  SÔNIA ADRIANA WEEGE  cujo título é:

“A JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE E SUA INFLUÊNCIA NO ORÇAMENTO PÚBLICO DE MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA”

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Marcos Antonio Mattedi - FURB
Prof. Dr. Fabricio Ricardo de Limas Tomio  –  UFPR
Prof Dr. Cristhian Magnus de Marco  – UNOESC
Prof. Dr. Oklinger Mantovaneli Junior – FURB
Profa. Dra. Ivone Fernandes Morcilo Lixa– FURB
Suplentes
Prof. Dr. Luciano Felix Florit – FURB
Prof. Dr. Clovis Reis - FURB

Dia: 12 de novembro de 2018 (segunda-feira)
Horário: 14:00 horas
Local: F 101
Campus 1 da FURB