terça-feira, 31 de julho de 2018

Currículo escolar de São Paulo aborda Objetivos de Desenvolvimento Sustentável


Qual educação queremos fornecer hoje para formar os cidadãos de nossa cidade em 2030? Foi essa a pergunta que direcionou a parceria da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil.

O município construiu um novo currículo do Ensino Fundamental, publicado em dezembro de 2017, que de forma inédita inclui a Agenda 2030, relacionando seus objetivos de aprendizagem a cada um dos 17 ODS.

Qual educação queremos fornecer hoje para formar os cidadãos de nossa cidade em 2030? Foi essa a pergunta que direcionou a parceria da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil.

O município construiu um novo currículo do Ensino Fundamental, publicado em dezembro de 2017, que de forma inédita inclui a Agenda 2030, relacionando seus objetivos de aprendizagem a cada um dos 17 ODS.

A experiência será apresentada nesta segunda-feira (23) na Reunião Técnica Regional de Alto Nível da América Latina e Caribe, evento preparatório para a 2ª Reunião Regional de Ministros de Educação da América Latina e Caribe, que acontece em Cochabamba (Bolívia) nos dias 25 e 26 de julho.

Com o novo currículo, a Secretaria Municipal de Educação do Município de São Paulo irá formar cidadãos globais, entendendo que todos (governos, agências da ONU, sociedade civil organizada, setor privado e cada cidadão de cada país) têm responsabilidades para que o mundo consiga atingir os ODS, adotados em 2015 pela Assembleia Geral da ONU.

Dentro dessa perspectiva, a Secretaria Municipal de Educação (SME) de São Paulo está colaborando para o cumprimento dos objetivos globais, envolvendo seus gestores, professores e estudantes, que somam mais de 1 milhão de pessoas.

O novo currículo do Ensino Fundamental da cidade busca ofertar uma educação de qualidade, conforme previsto no ODS 4, e colaborar para a transformar São Paulo em uma cidade sustentável, conforme previsto no ODS 11. O currículo é fator essencial para a promoção de uma educação inclusiva e equitativa de qualidade e que inclua a Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS), em consonância com a Agenda 2030.

No processo de construção do novo currículo, a escola passou a ser vista em quatro diferentes dimensões: a escola enquanto espaço físico, as suas práticas pedagógicas, seus processos e governança e as relações com os ODS.

No espaço físico, passa a se avaliar questões como a gestão ambiental e acessibilidade da escola. Nas práticas pedagógicas, são abordadas não somente os conteúdos e práticas cognitivas, mas também as habilidades socioemocionais e comportamentais dos alunos.

Nos processos de governança é levada em consideração a teia social na qual a escola está inserida e o processo participativo de decisões. E por fim, na relação com os ODS a ideia é que os estudantes incorporem os ODS em suas práticas diárias.

A abordagem é centrada no estudante. “Queremos formar os alunos na integralidade, queremos que eles incorporem modos de vida mais sustentáveis, e que incluam as metas dos ODS em suas vidas”, diz o diretor do Núcleo Técnico de Currículo da SME, Wagner Palanch.

Implementação, lições aprendidas e monitoramento
Após a publicação do documento, o desafio consiste na implementação do novo currículo de São Paulo. Para isso, os membros das Diretorias Regionais de Educação estão sendo formados para que eles mesmos consigam repassar as informações para os professores das escolas de suas regionais.

Os professores, por sua vez, devem ser capacitados para conseguirem visualizar os desafios da escola e buscar as soluções junto aos alunos. Essas soluções devem ser relacionadas aos ODS e adaptadas para a realidade de cada escola e da comunidade em que ela está inserida. Nesse processo, é preciso conscientizar os professores para que olhem o currículo como um todo e não somente a parte referente à disciplina lecionada.

Como todo projeto-piloto, é importante listar as lições aprendidas. Para a consultora Barbara Oliveira, o principal ensinamento é que existe a necessidade de uma participação ainda maior na construção do currículo, principalmente no momento inicial do seu desenvolvimento. Todos os atores interessados devem ser envolvidos desde o começo e é preciso fazer o exercício de trazer o processo participativo antes mesmo de relacionar o currículo com os ODS.

Já o segredo para fazer com que o processo de construção e implementação de um currículo seja exitoso e realmente incorporado pelas escolas é, segundo Wagner Palanch, diretor de currículo da SME, focar na territorialidade e na identidade local.

“O currículo de São Paulo tem a cara da cidade”, afirma o diretor da SME, Wagner Palanch. A ideia, portanto, é apontar caminhos para a construção de um currículo que traga essa identidade, e não simplesmente replicar o currículo de outras localidades em outros municípios ou em outros estados.

As próximas fases visam ao monitoramento de resultados e ao compartilhamento do trabalho que foi feito em São Paulo com outros locais. Uma das ações a ser realizada com esse objetivo, é a apresentação do processo de construção do currículo de São Paulo na reunião de ministros de Educação da América Latina e Caribe. A intenção é inspirar a construção de novos currículos em outras localidades do Brasil e do mundo utilizando processos semelhantes ao que foi realizado em São Paulo.

Para a coordenadora de Educação da UNESCO no Brasil, Rebeca Otero, “o processo de construção do novo currículo realizado pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo pode ser replicado inclusive em outros lugares do mundo”.

Ela afirma que aproveitar a discussão mundial sobre os ODS, que teve a participação de especialistas de todo o mundo e foi acordada pelos Estados-membros da ONU, é uma ideia acertada quando se pensa em Educação para o Desenvolvimento Sustentável e para a Cidadania Global. “Isso é qualificar a Educação e torná-la transformadora. Não estamos apenas passando conhecimentos cognitivos ao aluno, estamos formando cidadãos”, finaliza a coordenadora.

O secretário de Educação da cidade de São Paulo, Alexandre Schneider, reforça que todo o material elaborado pela Secretaria é um Recurso Educacional Aberto (REA), ou seja, pode ser utilizado por outras secretarias de educação ou qualquer outra instituição ou indivíduo interessado.

De acordo com o secretário, “precisamos mostrar que dá para fazer o currículo de uma forma rápida e com participação de alunos, professores, comunidades, e que trazer os ODS para o currículo ajuda no processo de formação integral dos alunos”. “Se levarmos em consideração que estamos conversando com cerca de 1 milhão de pessoas, ao menos cinco horas por dia, temos o potencial de trazer mudanças reais para o município até 2030”.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Seca é maior desastre ambiental do país e ocorre em todo o território, diz IBGE


A seca é o maior desastre ambiental do Brasil. E, diferentemente do que se costuma imaginar, os episódios de escassez de chuvas não estão restritos aos municípios do Nordeste; pelo contrário, são bem distribuídos por todo o país. É o que mostram as pesquisas Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic) e Perfil dos Estados Brasileiros (Estadic) 2017 divulgadas na manhã desta quinta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a nova publicação, entre 2013 e 2017, praticamente a metade dos 5.570 municípios brasileiros (48,6%) registraram algum episódio de seca. A maior parte deles se concentra no Nordeste, mas há municípios enfrentando escassez de chuvas em todas as regiões, até mesmo no sul do Brasil.

“No Sudeste ou no Sul, não temos aquela imagem clássica da seca, do rebanho sem alimento, da plantação seca”, avalia a coordenadora de populações e indicadores sociais do IBGE, Vânia Maria Pacheco. “Mas nessas regiões também temos também muitos episódios de seca, como os que resultaram, por exemplo, na recente crise hídrica em São Paulo e no Rio.”

De uma forma geral, segundo Vânia, os desastres ambientais avaliados nas pesquisas (além da seca, enchente ,erosão e deslizamento) estão bem distribuídos pelo país. Embora a seca seja o problema mais comum, 31% dos municípios registraram casos de alagamentos, 27,2% de enxurradas, 19,6% de erosão e 15% de deslizamentos.

A pesquisa revela, no entanto, que a grande maioria dos municípios brasileiros (59,0%) não apresenta nenhum instrumento voltado à prevenção de desastres naturais e apenas 14,7% tinham um plano específico de contingência e/ou prevenção a seca.

Os levantamentos do IBGE mostram que, no ano passado, todos os Estados do País tinham algum tipo de estrutura administrativa (secretaria, setor ou órgão de administração indireta) na área ambiental, bem como a maioria esmagadora dos municípios (93,4%) – um aumento em relação a 2012, quando o porcentual era de 88,5%. Em 67% dos municípios, de acordo com as pesquisas, havia inclusive algum tipo de legislação ambiental ou instrumento de gestão de meio ambiente.

Aquecimento global antecipa estações e desregula relação entre animais e plantas
Brasil pode reduzir quase metade das emissões de gases até 2050

Pela primeira vez, a pesquisa trouxe informações sobre a gestão da política agropecuária nos municípios brasileiros. O levantamento mostrou que quase a totalidade dos municípios (92,7%) tinham algum órgão gestor para a política de agropecuária. Além disso, 66,6% das cidades têm programas de acesso a insumos agropecuários (como mudas e sementes).

Atividades normalmente relacionadas a pequenos produtores têm presença em todo o País, como agricultura familiar (82,6%), seguida da agricultura orgânica (36,5%), das hortas comunitárias (35,7%), da aquicultura (25,9%) e da pesca (18,6%).

O IBGE avaliou ainda a questão da habitação e dos transportes. Os estudos mostram que 69,8% dos municípios têm algum tipo de estrutura responsável por políticas habitacionais. E o maior problema enfrentado pelas cidades (60,6%) neste setor são os loteamentos irregulares. Na questão dos transportes, 75% dos municípios contam com alguma estrutura de gestão política.

As pesquisas mostraram ainda uma queda no número de pessoas trabalhando no serviço público. O número de pessoas ocupadas nas administrações direta e indireta estaduais e distrital caiu 5,0% entre 2014 e 2017, caindo de 3,2 milhões. para 3 milhões. Os números municipais acompanham: no ano passado, eram 6,3 milhões de pessoas ocupadas na administração municipal, uma queda de 3,4% em relação a 2015.

Um destaque das pesquisas deste ano foi o perfil dos prefeitos. Praticamente dobrou o número de mulheres desde 2001, quando elas representavam 6% das lideranças municipais. Atualmente, as prefeitas representam 12% do total de gestores. Elas são mais bem preparadas do que os colegas do sexo masculino: 72,4% têm curso superior completo, contra 52% dos homens.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

OMS lança plano de ação global para a atividade física

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou no dia 4 de junho, um plano de ação global em prol da atividade física. “Ser ativo é fundamental para a saúde. Mas, no mundo moderno, isso tem se tornado mais e mais um desafio, principalmente pelo fato das cidades e comunidades não serem projetadas de forma correta”, disse o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Guebreyesus.



“Precisamos de líderes em todos os níveis para ajudar as pessoas a dar passos mais saudáveis. Isso funciona melhor a nível municipal, onde grande parte da responsabilidade recai em criar espaços mais saudáveis”, completou.

O plano de ação mostra como os países podem reduzir o sedentarismo em adultos e adolescentes em 15% até 2030. O documento recomenda ainda um total de 20 áreas de políticas que, combinadas, visam criar sociedades mais ativas por meio de melhorias nos ambientes e em oportunidades para pessoas de todas as idades e habilidades.

Dados da OMS indicam que, em todo o mundo, um em cada cinco adultos e quatro em cada cinco adolescentes (11 a 17 anos) não praticam atividade física de forma suficiente. Meninas, mulheres, adultos mais velhos, pessoas de baixa renda, com algum tipo de deficiência e com doenças crônicas, além de populações marginalizadas e indígenas têm menos oportunidade de serem ativos.

A atividade física regular, segundo a organização, é chave para prevenir e tratar doenças não-transmissíveis como doença do coração, derrame, diabetes e câncer de mama e de colo. O grupo responde por 71% de todas as mortes registradas no mundo – incluindo a morte de 15 milhões de pessoas todos os anos com idade entre 30 e 70 anos.

“Você não precisa ser um atleta profissional para escolher ser ativo. Usar as escadas no lugar do elevador faz a diferença. Ou caminhar ou andar de bicicleta no lugar de dirigir até a padaria mais próxima. São as escolhas que fazemos em cada um de todos os nossos dias que nos mantêm saudáveis”, pontuou o diretor-geral.

O sedentarismo, segundo dados da OMS, representa custos estimados da ordem de US$ 54 bilhões no atendimento à saúde, dos quais 57% são registrados na rede pública de atendimento, além de US$ 14 bilhões atribuídos à perda de produtividade.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

[SIGAD] Você sabia?! Santa Catarina se destaca como o terceiro estado maior gerador de empregos formais no primeiro semestre de 2018


        De acordo com dados divulgados recentemente pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Brasil apresentou um saldo de 392.461 empregos entre janeiro e junho de 2018, resultado de um total de 7.876.140 admissões contra 7.483.679 demissões. A Tabela 1 desagrega esses valores por estados.



Através da Tabela 1, percebe-se que Santa Catarina foi o estado detentor do terceiro maior saldo de empregos no primeiro semestre de 2018 (+33.500), atrás somente de São Paulo (+141.247) e Minas Gerais (+91.506).

Em relação ao estoque de trabalhadores no final do ano anterior (2017), Santa Catarina apresentou uma evolução de 1,71% no número de empregos formais, permanecendo atrás de Mato Grosso (3,45%), Goiás (2,65%), Minas Gerais (2,35%), Espírito Santo (1,92%) e Tocantins (1,72%).

      A Tabela 2 expõe o resultado apresentado por Santa Catarina desagregado por setores.





           Conforme Tabela 2, percebe-se que os principais setores responsáveis pelo saldo positivo de empregos em Santa Catarina, foram: Indústria de Transformação, com 20.633 admitidos a mais do que demitidos, seguido de Serviços (+12.476), Administração Pública (+4.648) e Construção Civil (+3.664). Extrativa Mineral e Serviços Industriais de Utilidade Pública obtiveram resultados menos expressivos, enquanto Agropecuária e Comércio findaram o semestre com saldos negativos, ou seja, com número de desligamentos superior às admissões.

            Em termos de variação, Administração Pública teve o grande destaque. Por se tratar de um setor que emprega menos que a Industriais de Transformação e Serviços, o saldo obtido de +4.648 representou um incremento de 18,15% de empregos em relação ao estoque de trabalhadores nesse setor no final de 2017, valor bem superior aos incrementos da Indústria de Transformação (3,19%) e Serviços (1,77%), que ficaram com a terceira e a quinta colocação nesse quesito. Construção Civil e Extrativa Mineral ficaram com a segunda e quarta posição, com 4,19% e 2,31% de variações, respectivamente.

REFERÊNCIAS
MTE. Ministério do Trabalho e Emprego. CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Disponível em: . Acesso em: 23 jun. 2018.



Fonte:  http://www.furb.br

terça-feira, 24 de julho de 2018

Em 2018, humanidade entra em déficit com o planeta a partir de 1º de agosto

Reservatório do Boqueirão, em Campina Grande, secou no início do ano passado
Foto: Ueslei Marcelino / Agência O Globo

No próximo dia 1º, cinco meses antes de o ano terminar, teremos consumido todo o orçamento anual de recursos naturais, o que significa dizer que a humanidade entrará em déficit com o planeta. O alerta é da ONG Global Footprint Network, responsável por monitorar o chamado Dia de Sobrecarga da Terra, a qual marca o momento em que o consumo de recursos — alimentos, água, fibras, madeira, terra e emissões de carbono — supera o volume que o planeta é capaz de renovar.

Em 2018, a data chegou mais cedo que em qualquer outro desde que o planeta entrou em sobrecarga, na década de 1970. "Nós estamos usando recursos futuros da Terra para operar no presente e cavando cada vez mais fundo o déficit ecológico", afirmou ao jornal O Globo Mathis Wackernagel, diretor executivo da Global Footprint Network. "É hora de acabar com esse esquema e alavancar nossa inventividade para criar um futuro próspero, livre dos combustíveis fósseis e da destruição planetária", ressaltou. 

O cálculo considera a chamada “pegada ecológica”, que mede a quantidade em área de terra e água necessária para sustentar uma população humana — em termos de recursos renováveis consumidos e absorção dos rejeitos — em relação à capacidade da biosfera de se regenerar. E essa conta não fecha. Para a manutenção da população global, com os níveis atuais de consumo, seria necessário o equivalente a 1,7 Terra.

A emissão de carbono é o principal problema. De acordo com os cálculos, ela responde por cerca de 60% da pegada ecológica global. As mudanças climáticas, antes vistas como um fenômeno futuro, já estão em marcha, apesar de as pessoas, no dia a dia, sentirem pouco além do calor excessivo no verão. Este ano está sendo marcado por ondas de calor atípicas em todo o Hemisfério Norte, do Japão aos EUA, causando mortes e fenômenos impensáveis anos atrás.

Temperaturas recordes

O Japão registrou nesta segunda-feira (23) temperatura recorde de 41,1 graus Celsius, a maior desde o início dos registros, em 1896. Segundo dados oficiais, 12 pessoas já morreram desde o dia 15 de julho por causa das altas temperaturas, mas a imprensa calcula que o número de mortos já passou dos 30. Na gelada Suécia, temperaturas acima dos 30 graus Celsius, junto com um período prolongado de seca, estão provocando dezenas de incêndios florestais dentro do Círculo Polar Ártico. Nos EUA, o mês de maio foi o mais quente de todos os tempos, superando o mítico ano de 1934.

"Mesmo com o Dia de Sobrecarga da Terra, hoje pode parecer sem diferenças em relação a ontem. Ainda temos a mesma comida na geladeira", comentou Wackernagel. "Mas incêndios estão acontecendo na Costa Oeste dos EUA. Do outro lado do mundo, moradores de Cidade do Cabo tiveram que cortar pela metade o consumo de água. Essas são consequências do estouro do orçamento do nosso unitário e único planeta."

Energias limpas

Contudo, há esperanças, ressalta a ONG. Na China, a adoção acelerada de fontes de energia limpas reduziu a pegada ecológica per capita em 1,2% entre 2013 e 2014. Nos países ricos, em média, a redução foi de 12,9% desde 2000, com Cingapura liderando as mudanças com 31,1%. Pelo Acordo de Paris, assinado em 2015, mais de 190 países se comprometeram a agir para manter o aquecimento do planeta abaixo de 2 graus Celsius até o fim do século, em relação aos níveis pré-industriais. E isso exige a redução das emissões ou o sequestro de gases do efeito estufa.

"Mas o Dia de Sobrecarga da Terra continua chegando cada vez mais cedo", notou Emanuel Alencar, editor de conteúdo do Museu do Amanhã. "A verdade é que o acordo ainda está sendo ineficaz para que a data fosse jogada mais para frente. Os efeitos práticos ainda estão aquém do desejado."

Possíveis soluções

A Global Footprint Network identificou algumas soluções que podem adiar o Dia de Sobrecarga da Terra. Nas cidades, se os motoristas cortassem a quilometragem percorrida pela metade e substituíssem por transporte público, caminhadas ou bicicleta, a data seria atrasada em 12 dias. Reduzir o componente do carbono na pegada ecológica em 50% moveria a data em três meses. Na alimentação, se o mundo cortasse o desperdício pela metade, a data seria atrasada em 38 dias.

"É possível mudar", pontuou Alencar. "Para marcar a data, nós vamos exibir um documentário que mostra o impacto ambiental da criação de gado. Não é propaganda vegetarianista, mas um debate sobre o que está por trás da carne que a gente compra no mercado. Se cada pessoas reduzisse em um dia o consumo semanal de carne, poderíamos adiar o Dia de Sobrecarga da Terra". 


sexta-feira, 20 de julho de 2018

Homicídio é destaque no crescimento da violência no Brasil


Segundo o último “Atlas da Violência”, lançado em junho de 2017, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre 2005-2007, ocorreram, aproximadamente, 50 mil homicídios no Brasil. Esse número, só em 2015, passa de 59 mil, uma mudança que comprova, segundo o relatório, significativa alteração na qualidade desse indicador.

Segundo o relatório, “trata-se de um número exorbitante, que faz com que em apenas três semanas o total de homicídios no país supere a quantidade de pessoas que foram mortas em todos os ataques terroristas no mundo, nos cinco primeiros meses de 2017, e que envolveram 498 casos, resultando em 3.314 indivíduos mortos. ”

Vale lembrar que a Organização das Nações Unidas (ONU) considera como limite a quantidade de 10 homicídios para cada 100 mil habitantes, um número distante da nossa realidade, quando mostra que a taxa saltou de 26,1, em 2005, para 28,9 homicídios em 2015.

O aumento mais significativo dessa taxa, entre 2005-2015, aconteceu nas regiões Norte e Nordeste, onde se destacam os seguintes estados:

Sergipe (+77,7%), Rio Grande do Norte (+75,5%), Piauí (+54,0%), Maranhão (+52,8%).

Houve, também, diminuição da taxa nos seguintes estados brasileiros:

Espírito Santo (-27,6%), Paraná (-23,4%), Alagoas (-21,8%).


Ainda, em 2015, o Atlas revela que o homicídio é causa de quase 50% da mortalidade de jovens do sexo masculino entre 15 e 29 anos; entre 15 e 19 anos essa porcentagem aumenta para 53,8%. Entre as mulheres, a maior proporção de óbitos fica entre as jovens de 15 e 19 anos, com 14,9%.

O município de Jaraguá do Sul (SC) é apontado como o mais pacífico e o de Altamira (PA) como o mais violento. Vale destacar que há uma diferença socioeconômica significativa entre ambos que deve ser considerada.

Fonte: http://portalods.com.br

quinta-feira, 19 de julho de 2018

[SIGAD] Você sabia?! Setor de serviços ultrapassa indústria de transformação nos empregos formais de Blumenau

Através da quantidade de vínculos apresentados por cada setor IBGE, disponibilizada pela Relação Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Emprego – RAIS/MTE, chegou-se na participação de cada área setorial em Blumenau. Os dados utilizados são de 1996 a 2016.



Observando o Gráfico 1, pode-se afirmar que os setores 3 e 8 (0,60% e 0,16%, respectivamente) apresentam baixa expressividade em relação aos outros. Em compensação, os setores 2 e 6 (33,04% e 36,09%, respectivamente) evidenciam alta relevância. 

Destaca-se que o setor 6, Serviços, ultrapassou o setor 2, Indústria de transformação, na participação anual a partir de 2015 e manteve-se assim no ano seguinte. Pode-se observar que já havia uma tendência para isso, haja vista que, desde 2007, a participação dos Serviços aumentava, enquanto a da Indústria de Transformação decrescia.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Mortalidade infantil sobe pela primeira vez em 26 anos no Brasil


Segundo dados tabulados pelo jornal Folha de S.Paulo, houve aumento de cerca de 5% na taxa de mortes em 2016

Em queda desde 1990, a taxa de mortalidade infantil no Brasil teve a primeira alta registrada em 2016. Tanto a epidemia de zika vírus quanto a crise econômica no país são apontadas pelo Ministério da Saúde como possíveis causas desse aumento.
Conforme informações do jornal Folha de S.Paulo, desde o começo da década de 1990, o Brasil apresentava uma redução anual média de 4,9% na taxa de mortalidade, superando a meta estimada em 3,2% pela Unicef. No entanto, em 2016, houve um aumento de cerca de 5% nesse índice, totalizando 14 óbitos a cada mil nascimentos. Números da Unicef indicam que, entre 2015 e 2016, houve 18 mortes a cada mil nascimentos na América Latina.

Os estados que apresentaram mais de 18 mortes a cada mil nascimentos foram: Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Piauí e Bahia. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Espírito Santo registraram menos de 12 óbitos a cada mil.

Esse crescimento, diz o governo, é creditado à epidemia de zika vírus que atingiu o país. Além de reduzir o número de nascimentos _ que sofreu uma queda de 5,3% _, o que impacta diretamente no cálculo da taxa, houve um aumento na quantidade de mortes em função de malformações graves.

Associado ao zika, redução da renda familiar, cortes na saúde e estagnação de programas sociais também impulsionaram as mortes consideradas evitáveis, como diarreia e pneumonia. Só os óbitos por diarreia subiram 12% em 2016 nos menores de cinco anos.

Ainda que os dados de 2017 não estejam fechados, estima-se que o número de mortes fique na casa dos 13,6 (a cada mil).

A tendência é piorar. Ainda não entraram todos os óbitos de 2017, que estão sendo investigados disse à Folha a diretora do Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do ministério, Fátima Marinho.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Programas de inclusão social e redução da pobreza: o caso “Próspera” (México) e o “Grameen Bank” (Bangladesch)

Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional

A  Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional [RBDR], de periodicidade quadrimestral, passou a ser editada a partir do outono de 2013 pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional [PPGDR], da Universidade Regional de Blumenau [FURB].


Confira um dos artigos:

Programas de inclusão social e redução da pobreza: o caso “Próspera” (México) e o “Grameen Bank” (Bangladesch)

Indaia Dias Lopes, Airton Adelar Mueller, Denize Grzybovski, Dedilhana Lamare Manjabosco Hubner, David Basso

Resumo


O objetivo deste artigo é compreender a contribuição de programas de inclusão social para a redução da vulnerabilidade social e o incremento de renda da população, com base na análise dos programas Próspera (México) e Grameen Bank (Bangladesh). Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa dos dados coletados por meio de pesquisa bibliográfica e documental. Pela literatura e documentação pesquisadas, foi possível identificar fortes evidências de que tanto o programa de inclusão social Próspera quanto o Grameen Bank têm contribuído para a redução da vulnerabilidade social e o incremento da renda dos beneficiados. Contudo, os seus resultados estão condicionados às questões de contexto e dependem de ações integradas e programas complementares.

Palavras-chave


Bangladesh; desigualdade social; México; programas sociais; redução da pobreza; vulnerabilidade social.

Texto completo:

PDF/A


Estão abertas as inscrições para o Prêmio Jovem Cientista


Já está aberto o período de inscrições para a 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista, com o tema "Inovações para Conservação da Natureza e Transformação Social". As inscrições seguem até o dia 31 de julho, às 18h, devendo ser efetuadas exclusivamente pelo site.

Instituído pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 1981, a premiação visa estimular a prática de pesquisa no país e investir em jovens pesquisadores que buscam inovação nas soluções para os desafios da sociedade.
Como tema deste ano, os pesquisadores devem buscar recursos inovadores para melhorar a conservação dos recursos naturais, permitindo a transformações sociais necessárias para o avanço da sociedade e construção do futuro do país.

A premiação consiste em mais de R$ 1,2 milhão, entre valores em espécie, computadores portáteis, troféus, diplomas e bolsas de estudo do CNPq (Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado). Os prêmios serão entregues pelo Presidente da República, até dezembro de 2018, no Palácio do Planalto.

O evento conta com a parceria da Fundação Roberto Marinho e com o patrocínio do Banco do Brasil e da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

Para mais informações consulte o  regulamento no site.

Fonte: http://www.furb.br

sexta-feira, 13 de julho de 2018

[SIGAD] Você sabia?! Empregos do ensino superior em Blumenau

Este informativo tem como objetivo detalhar as ocupações com maiores saldos, referentes ao Ensino Superior, em relação aos cinco primeiros meses de 2018. Através do número de admissões menos demissões formais de Blumenau, disponibilizado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED/MTE, pode-se determinar quais ocupações possuíram os maiores saldos da cidade.
Entre janeiro e maio de 2018, Blumenau apresentou um saldo de 1.355 admissões a mais do que demissões dentre os funcionários com Ensino Superior. A Tabela 1 apresenta esse saldo desagregando as ocupações.


Como mostra a Tabela 1, os Professores de Nível Superior do Ensino Fundamental (Primeira à Quarta Série) lideram a lista com um saldo de 780, ou seja, 780 admissões a mais do que demissões, representando 57,56% do saldo total. Em segundo lugar aparece a ocupação Orientador Educacional, com 6,05% do total, seguido de Assistente Administrativo, com 5,83% e Auxiliar de Escritório em Geral, com 2,36%.

Fonte: http://www.furb.br/

quarta-feira, 11 de julho de 2018

PPGDR organiza workshop internacional sobre desastres


O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) da FURB está organizando o Workshop Resiliência Socioecológica Em Casos De Cheias e Desastres Costeiros. O evento começa na segunda-feira, dia 16 de julho e segue até sexta-feira, 20 de julho, com atividades na FURB. Trata-se de uma atividade internacional que envolve também a universidade inglesa London South Bank University.

O objetivo do Workshop é analisar a resiliência socioecológica de comunidades e instituições governamentais e não governamentais no enfrentamento de cheias, deslizamentos de terra e desastres costeiros. Durante o evento serão apresentadas experiências e pesquisas relacionadas aos casos de Blumenau e Itajaí, além de outros investigados pelos cientistas participantes. 

O Workshop também pretende contribuir para a potencialização do desenvolvimento de pesquisadores por meio de parcerias de longo prazo entre a FURB e a London South Bank University.

Vão participar do seminário 38 pesquisadores, entre eles recém-doutores e doutorandos com estudos avançados na área, de universidades de todo o Brasil e da Inglaterra. O grupo também é formado por professores que coordenam pesquisas sobre o tema. Na FURB, os coordenadores do evento são os professores Cristiane Mansur e o professor Marcos Mattedi.

Além de conferências e discussões, a programação dos cinco dias inclui visitas a diferentes pontos de Blumenau e Itajaí analisados em investigações no PPGDR. Autoridades da Defesa Civil de Blumenau foram convidadas para expor suas experiências. A troca de informações entre os pesquisadores também ocorrerá por meio de uma exposição dos estudos em banners.

O Workshop Resiliência Socioecológica Em Casos De Cheias e Desastres Costeiros conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), FURB, Newton Fund, British Council e o programa Researcher Links. O evento é exclusivo para pesquisadores já previamente selecionados.


segunda-feira, 9 de julho de 2018

Políticas públicas para o desenvolvimento da Economia Solidária no Nordeste brasileiro

Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional

A  Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional [RBDR], de periodicidade quadrimestral, passou a ser editada a partir do outono de 2013 pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional [PPGDR], da Universidade Regional de Blumenau [FURB].




Confira um dos artigos:

Políticas públicas para o desenvolvimento da Economia Solidária no Nordeste brasileiro

Vitoria Maria Serafim

Resumo


Diante do caráter socioeconômico do associativismo e cooperativismo, inúmeras políticas públicas são desenvolvidas para promovê-las com o intuito de combater a pobreza e a exclusão social. No município de Ibicuitinga, Ceará, encontra-se a Associação de Aquicultores de Ibicuitinga, constituída por 46 membros, contemplada por políticas públicas para incentivar e desenvolver o associativismo da aquicultura. Este trabalho buscou verificar a efetividade das políticas públicas voltadas para o incentivo e o desenvolvimento do associativismo da aquicultura do citado município na percepção dos beneficiados. Para tanto utilizou-se uma metodologia qualitativa, baseada em entrevista semiestruturada, cujos dados foram tratados através de análise de conteúdo. Como resultados, concluiu-se que as políticas públicas de incentivo ao associativismo (seguridade social, habitação e acesso ao crédito) são eficazes no alcance de seus objetivos, enquanto as políticas públicas que visam contribuir para o desenvolvimento (educação, capacitação) precisam ser revistas, uma vez que não têm obtido êxito no cumprimento de seus propósitos.

Palavras-chave


Aquicultura; associativismo; Ceará; cooperativismo; economia solidária; políticas públicas.

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terça-feira, 3 de julho de 2018

[SIGAD] Você sabia?! Importações Chinesas de Blumenau

     Através do número de importações de Blumenau, disponibilizado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços –  MDIC, chegou-se em valores que determinam a participação chinesa nas importações feitas por Blumenau. Os dados utilizados são de 1997 a 2017.

IMPORTAÇÕES CHINESAS EM GERAL
O Gráfico 1 apresenta os dados de vinte anos da cidade de Blumenau, referentes às importações de Blumenau com a China como país de origem. As informações vêm em forma de porcentagem, ou seja, a participação da China no total de importações e em valores correntes (expressos em US$ FOB).

      Através de observações do Gráfico 1, pode-se afirmar que as importações vindas da China, em termos absolutos, tiveram um salto gigantesco a partir de 2005, crescendo ano a ano até 2012, mantendo-se constante até 2014, decaindo um pouco a partir de então. Em 2017, chegou-se a uma importação total de US$ FOB 165,3 milhões. Já em termos de participação, o pico foi alcançado em 2015, quando 43,5% das importações tiveram origem chinesa. Em 2017, esse valor chegou a 41,0%. O que mais surpreende nesse gráfico é a insignificância das importações da China nos anos de 1997 a 2004 em comparação a expressividade dos anos seguintes, mesmo com algumas quedas durante o período.
Um ponto interessante é o que acontece no ano de 2015: por mais que haja queda nas importações em números absolutos, há um aumento da participação chinesa em relação aos outros países. Este fato indica que houve uma queda geral das importações e não exclusivamente da China. 
MAIORES VARIAÇÕES DE PRODUTOS ESPECÍFICOS
Desde 1997 as importações variaram muito. Para uma análise mais precisa das importações, o Gráfico 2 exibe de forma decrescente as oito categorias de produtos que mais variaram em termos absolutos (US$ FOB) no período de vinte anos.


       O Gráfico 2 revela que a categoria de produtos que mais cresceu de 1997 a 2017 nas importações chinesas de Blumenau foi a de “Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes” com uma variação de US$ FOB 26,99 milhões, seguida de perto por “Vestuário e seus acessórios, exceto de malha” que teve uma variação de US$ FOB 23,80 milhões. Destaca-se ainda que a terceira categoria que mais evoluiu nesse período (Fibras sintéticas ou artificiais) variou menos que a metade em relação a que mais variou.  


PRODUTOS MAIS IMPORTADOS EXPRESSOS EM US$ FOB
Com muitos produtos de baixo preço na China, há uma demanda elevada e variada por parte dos blumenauenses. O Gráfico 3 mostra a série histórica das três categorias de produtos com maior volume de importações, vindas da China, durante um período de vinte e um anos.


     Observa-se que, assim como as importações no geral, os produtos com maiores volumes de importação crescem, somente, a partir de 2004. O ano de pico é o mesmo para as três categorias (2011), assim como o período de queda em 2016.
É muito interessante observar como, durante os anos de 2009 a 2017, as duas primeiras categorias mantêm valores e variações semelhantes.

PRODUTOS COM MAIORES PARTICIPAÇÕES NAS IMPORTAÇÕES
De 1997 a 2017, muitos produtos tiveram participações consideráveis em relação aos outros no total de importações. O Gráfico 4 indica as três categorias de produtos vindos da China com maiores destaques nas participações dos anos de 1997 a 2017.


        Em comparação ao Gráfico 3, das três categorias com maior volume de importações em valores absolutos, duas delas estão presentes no Gráfico 4. Isso mostra que por mais que o volume de importações no período de vinte e um anos seja superior, não significa que a sua participação anual seja maior.
Durante o período, houveram períodos de picos distintos para cada categoria de produtos. Essa situação ocorre quando algum produto tem sua participação muito acentuada ocasionando queda na participação de outros produtos.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Capital social e desenvolvimento econômico: um estudo bibliométrico

Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional

A  Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional [RBDR], de periodicidade quadrimestral, passou a ser editada a partir do outono de 2013 pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional [PPGDR], da Universidade Regional de Blumenau [FURB].


Confira um dos artigos:

Capital social e desenvolvimento econômico: um estudo bibliométrico

Munique Rech, Roberto Clamer, Sandra Regina Isoton Terribile, Janaina Macke

Resumo


O capital social contribui com o desenvolvimento das comunidades, uma vez que aspectos da cultura interagem com o desenvolvimento econômico. Porém, essa relação entre capital social e desenvolvimento econômico é recente na literatura, sendo reconhecida apenas após a definição de capital social feita por Robert Putnam, em 1995. O desenvolvimento até então considerava apenas variáveis econômicas, não abordando o capital social. O objetivo deste estudo é analisar a produção acadêmica sobre a relação entre capital social e desenvolvimento econômico, os principais autores que tratam o assunto, como evoluíram no tempo e seus desafios. Para tanto, foi desenhada uma pesquisa bibliométrica de caráter exploratório, na base de dados Science Direct. A pesquisa revelou 76 artigos, 16 dos quais foram escolhidos a partir do critério de livre acesso (os demais tinham o acesso restrito ao pagamento monetário). A análise da produção acadêmica revelou que esses temas começaram a ser tratados conjuntamente no ano de 2011, tendo o seu ápice em 2016, o que revela ser um assunto recente. Além disso, evidenciou-se que a maioria dos artigos é constituída de obras estrangeiras, o que pode estar relacionado à restrição de estudos e obras nacionais sobre o tema.

Palavras-chave


Bibliometria; capital social; desenvolvimento econômico.

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Fonte: http://proxy.furb.br