sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

[SIGAD] Análise do PIB de 2015 de Blumenau e dos municípios catarinenses

O Sistema de Informações Gerenciais e de Apoio à Decisão - SIGAD da FURB publicou nesta sexta-feira (15/12) um estudo referente ao Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 de Blumenau e dos municípios catarinenses, que foi divulgado nesta última quinta-feira (14/12) pelo IBGE. 
O estudo pode ser visualizado no site www.furb.br/sigad no campo “Publicações Especiais” com o título “Produto Interno Bruto (PIB) de Blumenau e dos municípios catarinenses em 2015”.



segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Apresentação: projeto final PROESDE 2017

No dia 09 de dezembro de 2017 foi o encerramento do curso de Desenvolvimento Regional PROESDE (Programa de Educação Superior para o Desenvolvimento Regional), aonde foram apresentados varias propostas de intervenção:

1) Educação e saúde: uso de um jogo eletrônico como ferramenta didática e de aconselhamento acerca de infecções sexualmente transmissíveis em uma Escola Pública de Ensino Médio no Município de Blumenau - SC.

2) Prevenção de gravidez durante a infância e a adolescência no município de Blumenau nas Escolas Públicas.

3) Promoção de saúde e educação alimentar: Núcleos Familiares de crianças do Ensino Fundamental da Escola Básica Municipal Vidal Ramos em Blumenau.

4) Oficinas interativas: uma ação social em uma escola de Blumenau.

5) Potável: até quando?


Turma do PROESDE 2017

Alunos e professores do PROESDE 2017

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Agentes do DR apresentam propostas no sábado


No próximo sábado, dia 9, os alunos de graduação da FURB, inscritos no curso de extensão Programa de Educação Superior para o Desenvolvimento Regional (Proesde) – Turma 2017, apresentam à comunidade as suas propostas de intervenção, no auditório do Bloco T, a partir das 9 horas.

Os futuros Agentes de Desenvolvimento Regional apresentarão as propostas, chamadas de "devolutiva social" e participarão de uma roda de conversa, sob a coordenação dos professores doutores Oklinger Mantovanelli Júnior e Ivo Marcos Theis, do PPGDR FURB.

O PROESDE - Programa de Educação para o Desenvolvimento Regional é um curso de extensão de oferta anual com financiamento da Secretaria de Estado da Educação - SED e execução pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da FURB.
O curso tem como público alunos de diversas graduações da FURB que recebem bolsa de gratuidade para cursá-lo, assim como 70% do valor da mensalidade de graduação.

As aulas ocorrem aos sábados e neste evento os grupos de alunos apresentarão seus trabalhos de conclusão de curso, que são projetos de intervenção.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Mais de um bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçados num mundo com 815 milhões de famintos


Perto de minha casa tem feira-livre. Semanalmente, portanto, acompanho desde manhã bem cedinho o movimento dos feirantes. Alguns recebem as mercadorias trazidas em kombis, outros já trazem tudo num furgão próprio.Como se estivessem arrumando a vitrine de uma loja de joias caras, há os que empilham frutas, verduras, legumes, carnes e ovos um a um, com cuidado, olhando de longe o desenho que ficou. Outros dispõem tudo em pequenos sacos. A arrumação só termina quando chega o primeiro cliente.

Mais do que o design da exposição dos alimentos, porém, tem grande importância para o feirante o aspecto da mercadoria que pretende passar adiante. As maçãs são esfregadas, às vezes uma a uma, para que tomem brilho. Assim também com berinjelas, abobrinhas, cebolas. Escolhidas a dedo, precisam estar de um jeito que agrade aos olhos da clientela. E, é claro, nesse aspecto entra o que se considera como beleza aqui no Ocidente, aqui no Rio de Janeiro, aqui na Zona Sul da cidade. É o nosso padrão de beleza que vaiinfluenciar as vendas, e isso se aplica, sim, também a legumes, frutas, verduras. Quem vai querer comprar uma maçã meio amassadinha ou um pimentão menos verde brilhante? Pouco a pouco, esses produtos ‘feinhos” vão ficando de lado, vão virar xepa.

E acaba acontecendo o que vi na semana passada: um tabuleiro cheio de pimentões foi para o asfalto no fim da feira, quando eu passava de volta, já no meio da tarde.Ficariam ali à espera do pessoal da limpeza urbana, ou de alguns excluídos pelo sistema econômico, que não têm dinheiro para comprar os pimentões bonitos. Passei e parei para observar melhor. Muitos pimentões tinham apenas algum amassado. O feirante, que ainda estava por ali, chegou perto porque percebeu minha curiosidade.

– Não adianta, eu também tenho pena quando vejo jogar fora.Mas se puser para vender, não sai. A maioria das pessoas só compra os maiores e mais bonitos – disse-me ele.

Concordei.Eu mesma, talvez, já tenha rejeitado na vida algum vegetal, verdura, fruto ou legume com cara de passado. Lembrei-me das minhas andanças pela Ceasa (Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro) em Irajá, a maior da América Latina, quando observo sempre os vendedores perguntarem aos seus clientes:

– Vai levar para cozinha ou para vender?

Os produtos mais bonitos, escolhidos para a venda, têm duas características principais. Eles sempre acabam mais cedo, porque os clientes chegam assim que abre a Ceasa, por volta das 3h da manhã. E são mais caros, justamente porque precisam cumprir duas funções: não só nutricional, mas também ser agradável aos olhos de quem os compram.Saindo dali, serão embalados ricamente para fazerem bonito nas gôndolas.

Nesse instante, minha memória foi para a entrevista que fiz com a presidenta do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional à época, Maria Emilia Pacheco, aqui para o G1.Ela defendeu a agroecologia, censurou bravamente o uso abusivo dos agrotóxicos e, a folhas tantas, quando conversávamos já com o gravador desligado, falamos sobre a aparência dos alimentos que não são plantados com o uso dessas substâncias. Geralmente são produtos menores do que os outros e mais feios, disse eu. E foi ela quem me chamou a atenção para esse conceito de beleza.

– Já esteve numa fazenda? Pegou fruta no pé? Ela não cai bonitinha, lavadinha, esfregadinha. Mas alimenta, é tudo o que precisamos. A nossa sociedade ocidental é que começou a precisar comer com os olhos, não é assim em todo o mundo – disse-me ela.

Por coincidência, neste domingo (26), enquanto caminhava com meus cachorros, duas mangas caíram da mangueira no meio da rua por onde eu passava. Por sorte não vinha carro e, antes que elas fossem amassadas, consegui pegá-las. Estavam meio sujas, empoeiradas, ambas tinham uma leve lesão. Levei para casa, lavei, descasquei, cortei em pedaços. E comi. Estavam deliciosas. 

Antes que vocês, leitores, me julguem radical, preciso dizer que eu já vinha com pensamento fixo sobre desperdício de alimentos, desde que li, no site da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a notícia de que entre um quarto e um terço dos alimentos produzidos anualmente para o consumo humano se perde ou é desperdiçado. Isso equivale a cerca de 1,3 bilhões de toneladas de alimentos, o que inclui 30% dos cereais, entre 40 e 50% das raízes, frutas, hortaliças e sementes oleaginosas, 20% da carne e produtos lácteos e 35% dos peixes.

Por ano, 15% dos alimentos são desperdiçados na América Latina, o que corresponde a 6% das perdas mundiais. Isso ocorre em diferentes fases: 28% no consumo, 28% na produção, 22% no manejo, 17% no mercado e distribuição; 6% no processamento.

O tema, de acordo com o artigo escrito por Raúl Osvaldo Benítez, representante regional da FAO para a América Latina e o Caribe, está sendo debatido em diversas instâncias e se relaciona a um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), metas sugeridas pelas Nações Unidas para serem cumpridas pelos países até 2030.

Diz o ODS de número 12: “Até 2030, reduzir pela metade o desperdício de alimentos per capita mundial, em nível de varejo e do consumidor, e reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento, incluindo as perdas pós-colheita”.

A FAO calcula que esses alimentos seriam suficientes para alimentar dois milhões de pessoas. Só no Brasil, a fome afeta 14 milhões. No mundo, são 815 milhões. Na venda, o Brasil desperdiça 22 bilhões de calorias, o que seria suficiente para satisfazer as necessidades nutricionais de 11 milhões de pessoas e permitiria reduzir a fome em níveis inferiores de 5%.

A imagem daqueles pimentões jogados fora porque não servem aos olhos humanos não me sai da cabeça.

Há um link possível, nesta reflexão, com o uso absurdo de agrotóxicos no Brasil – somos o país que mais utiliza esses produtos no mundo. “Alimentos que recebem agrotóxico ficam com boa aparência, mas a principal característica é a uniformidade”, esclarece o site Orgânico na Kombi.

“Banana com muitas pintas marrons, por exemplo, está perfeita para o consumo e é, inclusive, mais docinha”, diz o texto do site, que busca desmitificar a ideia de que os produtos orgânicos são mais feiosos.

Em última instância, reduzir a fome no mundo requer também uma redução de desperdícios e perdas. E também exige mudanças de nossos hábitos culturais. Da escolha dos alimentos ao padrão de consumo, tudo precisa ser revisto. No fundo, é uma boa coisa: as crises sempre trazem oportunidades de crescimento. E aqui estou falando de crescimento individual mesmo, não dos países. É para pensar. 

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Feirão Limpe Seu Nome será realizado em dezembro, na CDL Blumenau


O Feirão Limpe Seu Nome, realizado pela CDL Blumenau, terá sua quarta edição. Será de 5 a 9 de dezembro, de terça à sexta-feira, das 11h às 17h, e no sábado das 9h às 17h. A ação será na sede da CDL, que está localizada no 1º andar da Casa do Comércio (Alameda Rio Branco, 165 – Centro). O evento tem como objetivos oportunizar o consumidor que está inadimplente negociar e quitar a dívida e assim voltar a ter crédito e poder realizar novas compras, bem como auxiliar o empresário a reaver o crédito, recuperar clientes e efetivar mais negócios no fim de ano.

O Feirão terá a participação do Banco do Vale, Caixa Econômica Federal, Sicoob MaxiCrédito, Viacredi, Procon, além de 130 lojas e estabelecimentos comerciais de diversos segmentos que serão representados pela Central de Cobrança da CDL Blumenau (Veja abaixo a relação completa). Os consumidores interessados em negociar e quitar as dívidas, devem comparecer na sede da entidade nos dias indicados.

É importante trazer documento de identidade original e comprovante de emprego e renda atualizados. No caso de pendências com telefonias, bancos, financeiras ou outras empresas que não estejam participando do Feirão, mas tenham sede em Blumenau, o Procon poderá fazer a intermediação dos pedidos de negociação. Caso o consumidor não saiba onde possui dívidas, é necessário fazer uma consulta ao SPC, serviço oferecido pela CDL Blumenau. O valor é de R$ 8,00 por consulta. 

13º salário
Em outubro, o valor de dívidas no comércio de Blumenau era de R$ 74,1 milhões, de acordo com os dados do SPC Brasil. Em contrapartida, segundo o Sigad (Sistema de Informações Gerenciais de Apoio à Decisão), da FURB, a chegada do 13º salário, incluindo as duas parcelas, representa cerca de R$ 359 milhões no bolso dos blumenauenses.

Desse total, R$ 312 milhões provem de trabalhadores formais e R$ 47 milhões de 13º dos aposentados. O presidente da CDL Blumenau, Helio Roncaglio, lembra que a data de realização do Feirão Limpe Seu Nome leva em conta justamente o recebimento desta renda.

“Esses 359 milhões de reais representam cerca de 2% do PIB de Blumenau. É um valor bastante significativo, principalmente quando lembramos que ele está concentrado, em geral, em dois meses. Além disso, ele é cerca de cinco vezes mais o valor das dívidas dos consumidores, ou seja, é possível negociar as pendências, fazer ótimas compras natalinas e ainda poupar”, afirma Roncaglio.


Fonte: http://www.cdlblumenau.com.br

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Defesa Pública de Tese

O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Regional de Blumenau convida toda a comunidade, para assistir a defesa pública de tese da doutoranda  CAMILA DA CUNHA NUNES  cujo título é:

TERRITÓRIO E ESPORTE: O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO DAS CORRIDAS DE RUA DO BRASIL


Banca Examinadora:

Prof. Dr. Marcos Antonio Mattedi - FURB
Prof. Dr. Luis Paulo Gomes Mascarenhas –  Universidade Estadual do Centro Oeste
Prof. Dr. João Derli de Souza Santos  – Centro Universitário de Brusque
Prof. Dr. Adolfo Ramos Lamar – FURB
Prof. Dr. Clovis Reis – FURB
Suplentes
Prof. Dr. Luciano Felix Florit – FURB
Prof. Dr. Gilberto F. dos Santos  - FURB


Dia: 07 de dezembro de 2017 (quinta-feira)
Horário: 14:00 horas
Local: D – 401 (esta sala comporta aproxim. 10 pessoas)
Campus 1 da FURB

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Compra e venda de migrantes africanos na Líbia revolta comunidade internacional

Após a divulgação de reportagens e imagens de migrantes africanos sendo vendidos como escravos, na Líbia, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou indignação, na última segunda-feira (20), e solicitou às autoridades que investiguem urgentemente a situação – e levem os responsáveis à justiça.

“A escravidão não tem lugar no mundo. O acontecido na Líbia representa um dos abusos aos direitos humanos mais revoltantes e pode ser considerado um crime contra a humanidade”, disse Guterres aos jornalistas durante coletiva de imprensa na sede da ONU em Nova Iorque.

Migrantes detidos na cidade de Zawiya, na Líbia. Foto: IRIN/Mathieu Galtier

Guterres informou que todos os agentes da ONU relevantes no assunto foram contatados para investigar o assunto.

Nesta semana, uma rede de televisão estadunidense levou ao ar uma reportagem que mostra imagens gravadas de migrantes africanos sendo vendidos como escravos em um leilão na Líbia. As denúncias de leilões em pelo menos nove cidades líbias foram levadas à Organização Internacional para as Migrações das Nações Unidas (OIM).

O secretário-geral solicitou a todos os países que adotem e apliquem a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, além do protocolo sobre tráfico de pessoas, e pediu à comunidade internacional que se una para lutar contra este mal.

Além disso, ele também solicitou que as instituições competentes abordem a questão dos fluxos migratórios de maneira compreensiva e humana – incluindo por meio da cooperação para o desenvolvimento entre os Estados para atacar as raízes do problema.

Um aumento significativo de oportunidades para a migração legal, o fortalecimento da cooperação internacional para a punição de contrabandistas e traficantes e a proteção dos direitos das vítimas são fatores essenciais, segundo Guterres.

O Protocolo contra o Contrabando de Migrantes por via Terrestre, Marítima e Aérea, que complementa a Convenção, foi adotado pela Assembleia Geral da ONU em novembro de 2000, e entrou em vigor em janeiro de 2004.

O Protocolo constitui um documento legal importante que visa a prevenção e o combate ao contrabando de migrantes, como também a promoção da cooperação entre os países-membros, protegendo os direitos de migrantes contrabandeados.

Fonte: https://nacoesunidas.org

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Análíse de Políticas Pública de Orçamento Regionalizado como Estratégia de Promoção do Desenvolvimento Territorial Sustentável


60% da população mundial sem saneamento básico


Perto de 60% da população mundial (cerca de 892 milhões de pessoas) não tem acesso a instalações sanitárias adequadas diz a Organização Mundial de Saúde (OMS). E esta situação provoca contaminação ambiental e doenças infecciosas, sobretudo nas crianças que sem sanitas podem estar impedidas de crescer de forma saudável, acrescenta ainda a OMS que assinala hoje (19/11) o Dia Mundial do Banheiro.

Sem instalações sanitárias, alerta a OMS, há 892 milhões de pessoas em todo o mundo a defecar ao ar livre, com as fezes a permanecerem nos campos e, no caso em que se são deixadas junto a correntes que desaguam em rios e lagos constituem uma grande ameaça à saúde das pessoas e do próprio planeta.

E este cenário leva a que todos os anos “700 milhões de crianças menores de cinco anos” morram “na sequência de diarreias provocadas pela má qualidade da água, falta de casas de banho, serviços de saneamento e higiene”.

Além disso, “80% das águas residuais” acabam “na natureza sem tratamento prévio”, sublinha o comunicado.

O Dia Mundial da Banheiro foi instituído pela OMS para alertar para a crise mundial de saneamento básico e fomentar medidas para a solucionar, tal como ficou acordado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), que têm 2030 como horizonte.

O compromisso assumido pelos Estados-membros das Nações Unidas estabelece que todos os habitantes do mundo deverão ter acesso ao saneamento básico, que terá de se reduzir para metade a quantidade de águas residuais não tratadas e terá que se aumentar a reutilização como combustível ou fertilizante.

Os excrementos humanos devem ser depositados, transportados, tratados e eliminados de forma segura e sustentada.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Poluição causa 12,6 milhões de mortes por ano, alerta agência ambiental da ONU

É o que revela um novo relatório da agência ambiental das Nações Unidas, a ONU Meio Ambiente. Publicado nesta quinta-feira (16), o documento aponta que ninguém está imune à degradação ambiental. Em 80% das cidades, a qualidade do ar não atinge parâmetros de saúde adequados. Oitenta porcento do esgoto produzido no mundo é despejado na natureza sem tratamento.

Poluição do ar mata 6,5 milhões de pessoas por ano. Foto: PEXELS

A poluição da natureza é responsável anualmente por quase um quarto – ou 12,6 milhões – de todas as mortes de seres humanos. É o que revela um novo relatório da agência ambiental das Nações Unidas, a ONU Meio Ambiente. Publicado nesta quinta-feira (16), o documento é a publicação mais ampla já produzida pelo organismo sobre o tema. Relatório traça panorama do problema e elenca 50 políticas para combater a degradação dos ecossistemas.

“Nenhum de nós agora está a salvo. Logo, todos nós temos de agir”, alertou o diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim, por ocasião do lançamento da pesquisa. A análise conclui categoricamente que ninguém no planeta está imune à poluição provocada pelo homem.

Atualmente, a poluição do ar mata 6,5 milhões de pessoas por ano e, em 80% dos centros urbanos, a qualidade do ar não atinge os parâmetros de saúde estipulados pela ONU. Mesmo que um indivíduo não viva em uma dessas cidades, são grandes as chances de que ele faça parte do grupo de 3,5 bilhões de pessoas que dependem de mares poluídos para se alimentar ou da parcela da população mundial que não tem acesso a banheiros adequados – 2 bilhões de pessoas.

Os 50 maiores lixões do planeta trazem riscos à vida para outros 64 milhões de indivíduos. Por ano, 600 mil crianças sofrem danos cerebrais devido à presença de chumbo em tintas.

O relatório chama atenção para os riscos enfrentados pelos mais vulneráveis. Meninos e meninas podem ter seu desenvolvimento físico e mental atrofiado por conta da exposição à poluição durante os primeiros mil dias de vida. Já os segmentos mais pobres dependem de ecossistemas saudáveis, cujo equilíbrio é afetado pela poluição, ou de empregos nas ocupações mais insalubres do mundo.

O impacto ambiental da poluição também é devastador. Hoje, os oceanos possuem 500 “zonas mortas”, cuja concentração de oxigênio é tão pequena que torna inviável a presença de vida marinha. Mais de 80% do esgoto mundial é despejado no meio ambiente sem tratamento, poluindo os solos usados na agropecuária e os lagos e rios que são fonte de água para 300 milhões de pessoas. Depósitos de substâncias químicas ameaçam poluir ainda mais a natureza e colocar a vida de mais pessoas em risco.

Soluções: consumo e produção sustentáveis

Embora algumas formas de poluição tenham diminuído em anos recentes, a ONU Meio Ambiente alerta que as conquistas são frágeis, sobretudo porque o consumo e a produção não sustentáveis podem levar a retrocessos. Para enfrentar esse cenário, a agência das Nações Unidas definiu 50 políticas para mitigar a destruição da natureza. Medidas giram em torno de cinco eixos principais:

Liderança política e parcerias em todos os níveis, mobilizando os setores industrial e financeiro;
Ações contra os piores poluentes e uma aplicação mais eficaz das leis ambientais;
Abordagens renovadas para gerenciar as economias, através da eficiência no uso de recursos, mudanças nos estilos de vida e uma gestão de resíduos aprimorada;
Investimentos novos, massivos e redirecionados para tecnologia limpa e de baixo carbono, para soluções baseadas nos ecossistemas, bem como para pesquisa, monitoramento e infraestrutura para controlar a poluição;
E conscientização para informar e inspirar as pessoas em todo o mundo.

“O desenvolvimento sustentável é agora a única forma de desenvolvimento que faz algum sentido”, defendeu Solheim. De acordo com a ONU Meio Ambiente, se a comunidade internacional ignorar o problema da poluição, os países não conseguirão cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, os ODS.

Ligia Noronha, uma das coordenadoras do relatório, enfatizou que a produção e o consumo sustentáveis são cruciais para reduzir a poluição. “A única resposta à pergunta de como podemos todos sobreviver neste único planeta com nossa saúde e dignidade intactas é mudar radicalmente o modo como produzimos, consumimos e vivemos nossas vidas”, afirmou.


quinta-feira, 16 de novembro de 2017

ONU diz que 2017 pode ser um dos anos mais quentes já registrados

Um estudo apresentado nesta segunda-feira, 6 de novembro, pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), da ONU, indicou que 2017 pode ser um dos três mais quentes já registrados, similar a 2015 e abaixo apenas de 2016. A informação é da agência de notícias EFE.

Por do sol em Brasília
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
A versão provisória da "Declaração sobre o Estado do Clima Mundial" destaca, além disso, os vários episódios climáticos de efeitos devastadores deste ano, como furacões e inundações, ondas de calor e secas, e alerta para o aumento dos principais indicadores do aquecimento global a longo prazo, como as emissões de gases contaminantes e a alta do nível do mar.

"Como consequência do intenso episódio do El Niño, é provável que o ano de 2016 continue sendo o mais quente já registrado, com 2017 e 2015 em segundo e terceiro lugar, respectivamente. O período de 2013 a 2017 será o quinquênio mais quente dos que se tem registro", afirma o relatório, publicado por conta do início hoje (6), na Alemanha, da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP23).

Consequências catastróficas

De janeiro a setembro de 2017, "foi registrada uma temperatura média global de aproximadamente 1,1 graus centígrados acima dos níveis pré-industriais", indicou em comunicado a OMM, e os cientistas concordam que uma alta de mais de dois graus teria consequências catastróficas para o planeta.

"Os últimos três anos estiveram entre os três mais quentes quanto a registros de temperaturas. É parte da tendência ao aquecimento a longo prazo", disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas. Ele advertiu que neste ano ocorreram "fenômenos meteorológicos extraordinários", como “temperaturas acima dos 50 graus na Ásia, furacões sem precedentes no Caribe e no Atlântico que chegaram até a Irlanda, devastadoras inundações de monção que afetaram milhões de pessoas, e uma seca implacável na África oriental".

Segundo Tallas, muitos destes episódios apresentam "sinais reveladores da mudança climática" devido ao "aumento das concentrações de gases do efeito estufa resultantes da atividade humana".

Riscos crescentes

A mexicana Patricia Espinosa, secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), que acolhe a COP 23, afirmou que estes dados destacam "os crescentes riscos do aquecimento global para as pessoas, as economias e o próprio tecido da vida na Terra".

Ela pediu que países e indústrias a avancem a um "nível mais alto de ambição na redução de emissões de gases contaminantes”, com o objetivo "diminuir o risco do futuro" e "maximizar as oportunidades" de desenvolvimento sustentável.

O estudo ressalta a intensidade da temporada de furacões no Atlântico Norte, sua violência e impacto e o curto intervalo de tempo no qual aconteceram os ciclones Harvey, Irma e Maria.
Além disso, afirma que o furacão Ofelia, que castigou a Irlanda, chegou mil quilômetros mais ao norte do que qualquer outro e seus ventos associados contribuíram para provocar incêndios de grande proporção em Portugal e na Espanha.

A OMM considera que, embora não existam provas conclusivas da influência da mudança climática nos furacões, é "provável" que o aquecimento global faça com que "as precipitações sejam mais intensas e que o atual aumento de nível do mar aumente os efeitos das marés de tempestade".

O documento da ONU também aborda as fortes chuvas que provocaram deslizamentos na África do Sul e na Colômbia, com mais de 500 e de 273 mortos, respectivamente, e as fortes inundações que deixaram 75 mortos no Peru e mais de 1.200 na Índia, Bangladesh e Nepal.

Além disso, a OMM ressalta que zonas do sul da Europa, da África oriental e a parte asiática da Rússia registraram "temperaturas máximas sem precedentes" e sofreram com fortes secas. Por último, o texto ressalta as ondas de calor que aconteceram este ano no Chile, Argentina, Califórnia e Espanha, algumas das quais criaram as condições propícias para grandes incêndios florestais.


terça-feira, 14 de novembro de 2017

6 medidas sustentáveis que ajudam pequenos negócios


Reciclagem, economia de água e energia, reúso de materiais e compra de materiais sustentáveis passaram de preocupação ambiental a bom senso para os negócios. A responsabilidade com o meio ambiente, em muitos casos, pode aumentar a eficiência de empresas e até gerar renda. É o que mostra uma cartilha do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com dicas para introduzir esses conceitos no dia a dia de uma micro ou pequena empresa.

Voltado para os profissionais que abriram recentemente seu próprio negócio, o material traz exemplos práticos para reduzir custos, melhorar a relação com os clientes e, ao mesmo tempo, gerar um impacto positivo no meio ambiente. Confira:

Compras sustentáveis

Conhecer a origem de matérias-primas e as práticas de responsabilidade ambiental praticadas por fornecedores é uma das principais maneiras de garantir um produto sustentável. Essa preocupação também se aplica ao descarte de produtos e insumos após o uso.

Para isso, recomenda-se avaliar a necessidade de cada compra e considerar aluguel de equipamentos ou prestação de serviços para substituir o consumo. Quando a compra é considerada fundamental, uma das medidas de precaução sugeridas é comparar produtos de acordo com seu processo de produção, considerando a economia de energia, contratação da mão de obra local, reciclagem e certificações ambientais.

Além disso, o Sebrae aconselha verificar a situação legal dos fornecedores antes de contratá-los. Com o número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa em mãos, é possível checar certidões negativas, de débitos e se existem denúncias contra ela. Comprar matéria-prima local também reduz custos e desenvolve a economia da região. “O menor preço nem sempre é aquele que oferece um comércio mais justo para todos”, diz a cartilha.

Eficiência energética

Além de reduzir custos, a eficiência energética diminui o impacto no meio ambiente. É possível produzir mais gastando menos, garante o guia.

Uma medida simples para garantir esse objetivo é utilizar, sempre que possível, iluminação natural: janelas podem ficar abertas sempre que possível e, se houver necessidade e dinheiro para investimento, mudanças estruturais no imóvel podem garantir maior incidência de luz solar. Paredes com cores claras refletem os raios de sol e deixam o ambiente mais fresco, o que economiza o uso de ar-condicionado - que devem ser limpos com frequência para garantir um bom desempenho energético.

Para equipamentos elétricos e eletrônicos, o selo Inmetro/Procel nível A é um indicador de que o aparelho consome menos energia. Outra dica é trocar lâmpadas comuns pelas fluorescentes ou de LED. Se houver uma geladeira ou refrigerador no local de trabalho, a dica é instalar em local bem ventilado e não encostar o aparelho em paredes e móveis. A ventilação melhora o desempenho do equipamento, assim como mantê-lo longe da incidência de raios solares e outras fontes de calor.

Uso eficiente de água

Seja num pequeno escritório ou numa grande rede de supermercados, a água é fundamental para garantir o pleno funcionamento de um negócio. Ações para reúso e economia de água ajudam a manter o recurso disponível por mais tempo.

A primeira recomendação dos especialistas é ficar atento a vazamentos e desperdícios no dia a dia da empresa. Tecnologias como arejadores na torneira também ajudam a racionar o uso. A escolha por produtos de limpeza biodegradáveis, que se misturam à água e acabam na rede de esgoto, evita contaminação.

O Sebrae também estimula os empregadores a fazer campanhas para estimular a economia de água para funcionários e clientes. “Muitas vezes é possível produzir mais gastando menos com simples mudanças de comportamento”, lembra o órgão.

Resíduos sólidos

Com frequência, aquilo que é encarado como lixo pode gerar renda para a empresa. Latas de alumínio, papel e até óleo usado podem gerar receita quando ganham destino adequado.

Uma das dicas para melhorar a gestão do lixo é fazer um levantamento de todos os resíduos gerados pela empresa. Para destinar o descarte a uma entidade que pague pela reciclagem dele, é fundamental fazer a coleta seletiva, com separação de metal, plástico, papel, vidro, material orgânico e não recicláveis. “Os recicláveis podem ser encaminhados para cooperativas de catadores; o orgânico, para a compostagem; e os perigosos (pilha, baterias, óleos, pneus), para empresas especializadas”, recomenda o Sebrae.

O guia também sugere analisar métodos de fabricação dos produtos ou prestação de serviços, com o intuito de produzir mais com menos matéria-prima e gerar menos lixo. Sobras e aparas também podem ser reutilizadas.

Consumo consciente

Desperdício, poluição, desmatamento e mudanças climáticas são fatores que têm levado muitos a repensar seus hábitos de consumo. Há várias opções que ajudam a tornar a venda de um produto ou serviço mais sustentáveis, e atender a essa demanda.

Uma solução é oferecer o refil como alternativa à embalagem tradicional, e estimular a devolução de materiais como garrafas, potes e latas para facilitar o reúso. Materiais poluidores podem ser substituídos por outros menos agressivos, como trocar sacolas de plástico por material reciclado ou biodegradável. O Sebrae aconselha pesquisar a percepção dos clientes para entender quais aspectos de sustentabilidade são mais valorizadas em cada negócio.

Desenvolvimento social

Pequenas, médias ou grandes, as empresas geram impacto na comunidade onde estão instaladas e podem melhorar a qualidade de vida ao seu redor. Esse impacto pode vir na forma de apoio a iniciativas de educação, assistência social ou zeladoria, por exemplo.

Uma das ações sugeridas é a adoção de espaços públicos como praças, ruas, escolas, e áreas verdes. O apoio não precisa ser necessariamente financeiro. Trabalho voluntário e outras formas de apoio institucional também podem gerar resultados. Esse apoio também pode ser direcionado a entidades com causas que estejam de acordo com valores da empresa.

Fonte: http://www.portalodm.com.br

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Rótulos de alimentos no Brasil devem ser mais claros, defende agência da ONU

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas, acredita que o Brasil se beneficiará da adoção de um novo modelo de rotulagem de alimentos, que permita ao consumidor fazer escolhas mais saudáveis. O tema está sendo analisado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), com a participação de diversas instituições.

A OPAS defende que os rótulos de alimentos processados e ultraprocessados informem de maneira direta e rápida o consumidor se há excesso de sódio, açúcar, gordura total, gordura trans, gordura saturada e/ou adoçantes. Para isso, a parte frontal da embalagem deve trazer um selo em formato de octógono, com fundo preto e letras brancas, que informe sobre o alto teor desses nutrientes críticos da seguinte forma: “muito açúcar”, “muito sódio”, “contêm adoçantes”, entre outros.

Embalagem fictícia e meramente ilustrativa

Esse modelo, que já se mostrou eficaz no Chile e cuja implantação está sendo estudada pelo Uruguai, foi escolhido após diversos estudos científicos e de opinião evidenciarem que a advertência frontal é a que mais ajuda a população a identificar produtos com excesso de nutrientes críticos.

“Os consumidores têm pouco tempo para ficar analisando os rótulos, tentando descobrir se aquele produto que se diz ‘fit’ é saudável ou não. Por isso, propomos um modelo que junta facilidade e rapidez no acesso à informação, melhorando a capacidade do consumidor de tomar uma decisão crítica e bem informada na hora da compra. É muito simples entender que quanto mais selos um produto tem, pior ele é”, afirma Alice Medeiros, consultora de Nutrição e Alimentação da OPAS/OMS no Brasil.

A OPAS também recomenda que aqueles rótulos com um ou mais selos não devem conter declarações ou argumentos fantásticos sobre seus efeitos nem destacar atributos saudáveis ou apresentar desenhos animados, personagens e celebridades com apelo ao público infantil.

“Queremos evitar, por exemplo, que aquele iogurte de morango cheio de açúcares e conservantes, que não tem sequer um morango entre os ingredientes, utilize o rótulo para enganar a população, sugerindo que há fruta naquela embalagem”, explica a consultora da OPAS/OMS.

Segundo a representante adjunta da OPAS/OMS no Brasil, María Dolores Pérez-Rosales, o novo modelo de rotulagem permitirá que os brasileiros estejam conscientes em relação ao que consomem. “A má alimentação é um dos principais fatores de risco para doenças crônicas como diabetes e hipertensão, além de estar diretamente ligada ao sobrepeso e à obesidade. Os selos de advertência ajudarão as pessoas a estarem mais bem informadas e fazerem escolhas saudáveis”.

Embalagem fictícia e meramente ilustrativa.
Perfil Nutricional

Para definir exatamente quais quantidades representam “muito sódio”, “muito açúcar”, “contêm adoçantes” ou “contém gordura trans”, entre outros, foi criado o Modelo de Perfil Nutricional da Organização Pan-Americana da Saúde. Essa ferramenta é usada para classificar bebidas e alimentos processados e ultraprocessados, identificando os que contêm excesso de nutrientes críticos.

O Perfil Nutricional da OPAS é baseado nas metas de ingestão de nutrientes estabelecidas pela OMS para a prevenção da obesidade e das doenças crônicas não transmissíveis. Seu conteúdo foi elaborado por um grupo de pesquisadores da Região das Américas, após análise de robustas evidências científicas internacionais.

A ferramenta busca ajudar ainda na concepção e implementação de várias estratégias relacionadas com a prevenção e controle da obesidade e excesso de peso, incluindo: restringir a comercialização de alimentos e bebidas pouco saudáveis para crianças; regulamentar ambientes alimentares escolares (alimentos/bebidas vendidos nas escolas e programas de alimentação); definir políticas fiscais para limitar o consumo de alimentos não saudáveis; usar advertências na parte frontal das embalagens; identificar alimentos a serem fornecidos por programas sociais para grupos vulneráveis; entre outros.

Alimentação saudável

Para a OPAS/OMS, a base da alimentação deve ser feita de alimentos in natura e minimamente processados. Alimentos in natura são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza, como folhas e frutos ou ovos e leite. Alimentos minimamente processados são alimentos in natura que foram submetidos a alterações mínimas, a exemplo dos grãos secos polidos ou moídos na forma de farinhas, cortes de carne resfriados ou congelados e leite pasteurizado.

Os alimentos processados (queijo, pães, geleias, frutas em calda) são produtos relativamente simples, fabricados essencialmente com a adição de sódio ou açúcar ou outra substância de uso culinário, a exemplo do óleo, a um alimento in natura ou minimamente processado. Devem ser consumidos em pequenas quantidades e como ingredientes ou parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados.

Outra prática essencial é evitar os alimentos ultraprocessados, que estão fortemente associados a sobrepeso, obesidade e doenças crônicas não transmissíveis. Entre eles, estão vários tipos de biscoitos, sorvetes, misturas para bolo, barras de cereal, sopas, temperos e macarrões “instantâneos”, salgadinhos “de pacote”, refrescos, refrigerantes, iogurtes e bebidas lácteas adoçadas e aromatizadas.

Histórico

Em outubro de 2014, os Estados-membros reunidos no 53º Conselho Diretor da OPAS aprovaram por unanimidade o Plano de Ação para Prevenção da Obesidade em Crianças e Adolescentes. Isso reflete a conscientização dos governos sobre a alarmante prevalência da obesidade nas Américas — a maior do mundo.

O Plano de Ação apresenta um conjunto de legislações, políticas, regulamentações e intervenções efetivas, que levam em conta o contexto dos Estados-membros em cinco linhas de ação estratégicas, entre elas a regulamentação do marketing e a rotulagem de alimentos.


Fonte: https://nacoesunidas.org

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

[SIGAD/FURB] Análise dos Suicídios e Homicídios na Microrregião de Blumenau de 1997 a 2015


Análise dos suicídios

Uma análise dos últimos 19 anos (1997-2015) do índice de suicídio na Microrregião de Blumenau revela que Blumenau é apenas o 10º município com o maior indicador dentre os municípios da microrregião, ao apresentar, na média do período, um indicador de 8,10 suicídios por 100 mil habitantes. Nessa análise, o município com o maior índice é Guabiruba (17,90 por 100.000), seguida de Benedito Novo (16,60 por 100.000) e Ascurra (15,70 por 100.000). Os índices de todos os municípios da microrregião podem ser observados no Gráfico 1. Em relação aos dois maiores municípios de Santa Catarina (em termos de população), Florianópolis (6,05) e Joinville (5,72) - destacados em vermelho no gráfico, Blumenau aparece na frente de ambos no índice médio de suicídio dos últimos 19 anos.

Análise dos homicídios
Já quanto aos homicídios, também em relação à média dos últimos 19 anos (1997-2015), Blumenau fica na 3º posição (6,84 por 100 mil habitantes) entre os municípios da Microrregião de Blumenau, atrás de Apiúna (10,15 por 100.000) e Gaspar (7,82 por 100.000). Os dois municípios mais populosos do Estado, nesse quesito, superam o índice apresentado por Blumenau, e também por todos os demais municípios da microrregião. Florianópolis apresenta um indicador de 17,47 homicídios por 100 mil habitantes e, Joinville, 12,96. O índice médio desses 19 anos de todos os municípios da Microrregião de Blumenau pode ser observado no Gráfico 2.



quarta-feira, 8 de novembro de 2017

IVGP fica dentro da previsão com 0,2% em outubro


O Índice de Variação Geral de Preços de Blumenau registrou, em outubro, uma variação na ordem de +0,23%, enquanto a variação acumulada nos últimos 12 meses ficou em +4,79%.

Segundo o prof. Jamis Antonio Piazza, do Departamento de Economia da FURB, o IVGP ficou dentro do intervalo esperado, visto que a expectativa era uma variação entre +0,10% e +0,60%. 

Os 580 itens pesquisados estão organizados em 25 subgrupos e as variações apresentaram a seguinte distribuição: 9 subgrupos registraram alta, 9 subgrupos permaneceram estáveis e 7 subgrupos variaram negativamente.

Altas de destaque no mês: fumo (+8,44%), produtos de panifício (+4,61%) e alimentos in-natura (+1,88%).
Baixas de destaque no mês: materiais de construção (-1,91%), alimentos semi-industrializados (-1,51%) e medicamentos (-0,45%).

A expectativa para o próximo mês é de que a variação geral de preços se mantenha dentro do intervalo +0,10% a +0,60%.

Para o 2º semestre de 2017, foram estabelecidos os seguintes cenários, considerando a variação acumulada nos últimos 12 meses:



Sobre os Cenários estabelecidos para o 2º semestre de 2017 cabem algumas considerações adicionais, segundo Piazza:

- A taxa mensal equivalente ao acumulado dos últimos 6 meses caiu para 0,23%/mês. A taxa mensal equivalente ao acumulado nos 12 meses subiu para 0,39%/mês. Portanto, a inflação acumulada nos 12 meses, até dezembro de 2017 tende a configurar próximo do cenário realista, isto é, por volta de +4,91%.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

A educação no Brasil pode atrasar o alcance do ODS 4


Foto: Educare
Na terça feira dia 24, foi divulgado pela UNESCO o Relatório de Monitoramento Global da Educação (Global Education Monitoring – GEM). O documento tem intuito de ajudar na luta a favor de uma educação mais inclusiva para todos, por meio do monitoramento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável sobre educação (ODS4).

No Relatório, a necessidade de ser mais ágil no avanço dos ODS é explícita. É revelado que apenas 70% das crianças concluirão a educação primária até 2030. “Nós precisamos de vontade política, inovação, políticas e recursos para romper com essa tendência” afirma Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO.

“Nós precisamos de vontade política, inovação, políticas e recursos para romper com essa tendência”
O GEM apresenta a importância de uma melhor educação para as mulheres e meninas. Diante do aumento comprovado no número de habitantes no planeta entre 1950 a 2015, a melhora na educação no gênero feminino, segundo o relatório, seria a maneira mais eficaz e fundamental de reduzir esse problema.

Acesse os indicadores de educação do seu estado e do Brasil no Portal Longevidade e Produtividade

No Brasil, a qualidade da educação permanece em baixa. Segundo o ranking World’s Most Literate Nations (WMLN), em 2016, o país ganhou o primeiro lugar em maior destinação do PIB para educação e maior quantidade de alunos na escola, entretanto, se tratando de qualidade da educação ficou na 55° posição, entre 61 países. A Coordenadora do Centro de Inovação em Políticas Educacionais, Cláudia Costin, em entrevista à Carta Capital, diz que, quando se trata de educação, o Brasil está estagnado em um patamar ruim.

O Relatório GEM, mostra também, que a educação é a chave para alcançar outros vários ODS. O Conselheiro especial do secretário-geral das Nações Unidas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Jeffrey D. Sachs afirma: “uma educação melhor leva a maior prosperidade, à melhoria da agricultura, à melhores resultados de saúde, à menos violência, à mais igualdade entre os sexos, à capitais sociais mais elevados e à um ambiente natural melhorado”.



segunda-feira, 6 de novembro de 2017

ONU Brasil lança campanha pelo fim da violência contra a juventude negra

A Organização das Nações Unidas no Brasil lança, no próximo dia 7 de novembro, a campanha “Vidas Negras”, pelo fim da violência contra jovens negros.

A iniciativa, ligada à Década Internacional de Afrodescendentes, envolve os 26 organismos da equipe de país da ONU. O objetivo é sensibilizar sociedade, gestores públicos, sistema de Justiça, setor privado e movimentos sociais a respeito da importância de políticas de prevenção e enfrentamento da discriminação racial.

A Organização das Nações Unidas no Brasil lança, no próximo dia 7 de novembro, a campanha “Vidas Negras”, pelo fim da violência contra jovens negros.

A iniciativa, ligada à Década Internacional de Afrodescendentes, envolve os 26 organismos da equipe de país da ONU. O objetivo é sensibilizar sociedade, gestores públicos, sistema de Justiça, setor privado e movimentos sociais a respeito da importância de políticas de prevenção e enfrentamento da discriminação racial.

Para a ONU, o racismo é uma das principais causas históricas da situação de violência e letalidade a que a população negra está submetida. Atualmente, um homem negro tem até 12 vezes mais chance de ser vítima de homicídio no Brasil que um não negro, segundo o Mapa da Violência.

O lançamento, com divulgação de vídeos e materiais de campanha, terá início às 15h30, na Casa da ONU, em Brasília (DF), e contará com a presença do coordenador residente das Nações Unidas, Niky Fabiancic; de representantes do governo e da sociedade civil que atuam no tema; e do ator Érico Brás — apoiador da campanha “Vidas Negras” e participante dos vídeos e peças.

No Brasil, sete em cada dez pessoas assassinadas são negras. Na faixa etária de 15 a 29 anos, são cinco vidas perdidas para a violência a cada duas horas. De 2005 a 2015, enquanto a taxa de homicídios por 100 mil habitantes teve queda de 12% entre os não negros, para os negros houve aumento de 18%.

“O Brasil é um dos 193 países comprometidos com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Um dos principais compromissos dessa nova agenda é não deixar ninguém para trás em relação às metas de desenvolvimento sustentável, incluindo jovens negros. Com a campanha Vidas Negras, a ONU convida brasileiras e brasileiros a se engajarem e promoverem ações que garantam o futuro de jovens negros”, comenta o coordenador residente da ONU, Niky Fabiancic.

Segundo pesquisa realizada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e pelo Senado Federal, 56% da população brasileira concorda com a afirmação de que “a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte de um jovem branco”. O dado revela o grau de indiferença com que os brasileiros têm encarado um problema que deveria ser de todos.

A campanha quer chamar atenção para o fato de que cada perda é um prejuízo para o conjunto da sociedade. Além disso, deseja alertar sobre como o racismo tem restringido a cidadania de pessoas negras de diferentes formas.

Peças e números

Segundo dados recentemente divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), de cada 1 mil adolescentes brasileiros, quatro vão ser assassinados antes de completar 19 anos. Se nada for feito, serão 43 mil brasileiros entre os 12 e os 18 anos mortos de 2015 a 2021, três vezes mais negros do que brancos.

Entre os jovens, de 15 a 29, nos próximos 23 minutos, uma vida negra será perdida e um futuro cancelado, segundo o Mapa da Violência. A campanha defende que esta morte precisa ser evitada e, para isso, é necessário que Estado e sociedade se comprometam com o fim do racismo — elemento-chave na definição do perfil das vítimas da violência.

As peças da campanha abordam diferentes facetas da questão, que vão da discriminação como obstáculo à cidadania plena; passam pelo tratamento desigual de pessoas negras em espaços públicos; e pelo vazio deixado pelos jovens assassinados nas famílias e comunidades; chegando até o problema da filtragem racial (escolha de suspeitos pela polícia, com base exclusivamente na cor da pele).

Participam dos vídeos e demais materiais, além de Érico Brás, Taís Araújo, Kenia Maria, Elisa Lucinda e o Dream Team do Passinho.

A campanha, principal ação do Sistema ONU Brasil no mês da Consciência Negra, não para por aí. Ela seguirá estimulando o debate sobre a necessidade urgente de medidas voltadas para superação do racismo nos diferentes segmentos da sociedade.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Brasil tem a 5ª pior taxa de homicídios de crianças e adolescentes, diz Unicef

Há 59 mortes para cada 100 mil adolescentes homens de 10 a 19 anos. Números são de relatório do Unicef.
Foto: Google Imagens
O Brasil está entre os cinco países sem conflito armado que têm as piores taxas em homicídio de adolescentes e crianças do sexo masculino com idade entre 10 e 19 anos. Em 2015, foram 59 mortes para 100 mil pessoas nessa faixa etária. O índice também é alto em Venezuela (97), Colômbia (71), El Salvador (66) e Honduras (65).

Os dados são do relatório “Um Rosto Familiar: A violência nas vidas de crianças e adolescentes”, que será lançado nesta quarta-feira (1º) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), ligado à ONU. O estudo usou dados da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.

A taxa de homicídio nesses países não está distante dos números apresentados por países que têm conflito armado. No Afeganistão, por exemplo, a mortalidade por violência coletiva é de 49 para 100 mil pessoas de 10 a 19 anos. No Sudão do Sul, esse índice é de 29.

O estudo do Unicef ainda apresentou dados sobre a raça/cor das vítimas de homicídio no Brasil. Segundo os números de 2014, 75% dos mortos eram negros ou multirraciais. 18%, brancos. 7% das vítimas não haviam raça/cor declarada.

Bullying na sala de aula

A prática de atos de violência física ou psicológica contra uma pessoa já é realidade em significativa parte do mundo. No Brasil, 43% dos estudantes de 11 a 12 anos disseram ter sido vítimas de bullying na escola pelo menos uma vez no mês anterior.

No México, esse percentual foi de 33%. Os países que registraram os maiores índices foram República Dominicana (60%), Equador (44%), Panamá (44%) e Paraguai (43%).

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Governança inovadora é tema deste Dia Mundial das Cidades


As cidades também estão presentes na Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável
Foto: Jerry Kurniawan/Banco Mundial
As Nações Unidas celebram nesta terça-feira, 31 de outubro, o Dia Mundial das Cidades. A data foi criada pela Assembleia Geral e comemorada, pela primeira vez, em 2014. O tema geral do dia é "cidade melhor, vida melhor", mas a cada ano um subtema é escolhido para promover os sucessos da urbanização ou abordar desafios específicos resultantes dela. Neste ano, a ONU escolheu "governança inovadora, cidades abertas". O objetivo é "destacar o papel importante da urbanização como uma fonte de desenvolvimento global e inclusão social".

O objetivo do Dia Mundial das Cidades é promover o interesse da comunidade internacional na urbanização global, impulsionar cooperação entre países para aproveitar oportunidades, abordar desafios da urbanização e contribuir para um desenvolvimento urbano sustentável em todo o mundo.

Em 2016, na Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável, conhecida como Habitat III, em Quito (Equador), foi adotada a chamada Nova Agenda Urbana. No encerramento do encontro, o chefe do Programa da ONU para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), Joan Clos, afirmou que o evento marcou o início da "jornada para o desenvolvimento urbano sustentável".

As cidades também estão presentes na Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. O Objetivo 11 é "tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis".

(Via ONU News)


segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Artigo vê desvios de avaliação da produtividade científica


Emplacou na nova edição de  História, Ciências, Saúde – Manguinhos (vol.24, no.3, jul./set. 2017) o artigo dos professores doutores da FURB Marcos Antônio Mattedi (PPGDR) e Maiko Rafael Spiess (CCHC), que, segundo a publicação, fazem “uma análise extremamente atual sobre os desvios da avaliação da produtividade científica”.

-- Através da reconstrução histórica do processo do desenvolvimento das métricas de avaliação e das atuais estratégias de aplicação, os autores sustentam que uma nova agenda de avaliação deve contornar três obstáculos estabelecidos pela metrificação: o papirocentrismo – o artigo científico não pode ser considerado o centro da avaliação científica; o produtivismo – um bom pesquisador não pode ser considerado como um bom pontuador; e o mimetismo – o reconhecimento internacional não pode ser considerado um parâmetro para certificação do conhecimento”, diz a apresentação da publicação.

Lançada em 1994, a publicação trimestral da da Casa de Oswaldo Cruz, uma unidade da Fundação Oswaldo Cruz, é dedicada à documentação, pesquisa e museotecnia em história das ciências e da saúde.

Resumo do artigo (dos autores)

O texto trata da avaliação da produtividade científica. Analisa o processo de metrificação da avaliação da produção científica, bem como o processo histórico de construção da avaliação científica e seus usos atuais. Argumenta que esse processo encerra um paradoxo: quanto mais impessoais se tornam as métricas, menor seu reconhecimento pelos cientistas. O estudo foi dividido em cinco partes: contextualização da problemática da avaliação científica; descrição das principais etapas do processo de institucionalização da metrificação; apresentação do processo de concepção dos principais indicadores de avaliação; exemplos da aplicação desses indicadores; apresentação das consequências analíticas e algumas recomendações para formulação de uma nova agenda de avaliação.


sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Sobrepeso na 1º infância preocupa agências da ONU

Na América Latina e no Caribe, o sobrepeso entre as crianças com menos de cinco anos chega a 7%. No mundo, a taxa é de 6%. No Brasil, 7,3%. Cenário preocupa a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que lançaram neste mês um relatório regional sobre nutrição.

Sobrepeso na primeira infância preocupa FAO e OPAS. Foto: PIXABAY
Na América Latina e no Caribe, o sobrepeso entre as crianças com menos de cinco anos chega a 7%. No mundo, a taxa é de 6%. No Brasil, 7,3%. Cenário preocupa a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que lançou neste mês um relatório regional sobre segurança alimentar. Maiores índices de sobrepeso na primeira infância foram encontrados em Barbados (12,2%), Paraguai (11,7%), Chile (9,3%) e México (9%).

De acordo com a publicação Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e Caribe 2017, a ingestão excessiva de calorias — bem como o ganho de peso e as doenças crônicas associados — tornou-se um problema de saúde pública na região. Levantamento foi elaborado pela FAO e pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

“Precisamos estar muito atentos ao que as nossas crianças estão consumindo. Apesar da rotina acelerada que muitos pais têm, é necessário que as famílias se esforcem para garantir que os pequenos tenham acesso a alimentos nutritivos e adequados para o desenvolvimento. A primeira infância influencia muito nos adultos que formaremos”, alerta o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic.

Crianças com sobrepeso correm mais risco de contrair doenças e desenvolver outras complicações de saúde e psicossociais na infância e na adolescência, além de estarem mais propensas a sofrerem com patologias cardiovasculares, diabetes e vários tipos de câncer durante a vida adulta.

Quando considerado o conjunto da população brasileira, sem distinção por faixa etária, os números chegam a proporções ainda mais alarmantes — 54% dos indivíduos têm sobrepeso e quase 20% dos homens e 24% das mulheres estão obesas. Cenário é tema de relatório divulgado neste mês por agências da ONU.

O documento da FAO e da OPAS aponta uma variedade de causas para esse cenário. Entre elas, estão mudanças nos padrões alimentares, o aumento da disponibilidade de alimentos ultraprocessados e o baixo consumo de alimentos frescos e saudáveis. Outros fatores incluem a adoção de estilos de vida mais sedentários, a imposição de jornadas laborais extensas e a falta de regulação do mercado publicitário de produtos alimentícios pouco saudáveis.

“O sobrepeso e a obesidade também fazem parte da garantia da segurança alimentar. Novos padrões de consumo devem ser adotados pelas pessoas e a rotina alimentar diária deve ser composta por alimentos saudáveis, valorizando o que chamamos de comida de verdade em detrimento de alimentos ricos em açúcar, sódio e gorduras”, acrescentou Bojanic.

Compromissos brasileiros

Para combater a obesidade e o sobrepeso, o Brasil assumiu compromissos consideráveis no âmbito da Década de Ação das Nações Unidas para a Nutrição. São eles: deter o crescimento da obesidade na população adulta por meio de políticas de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta; e ampliar em, no mínimo, 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente. A expectativa é cumprir essas metas até 2019.