sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Mestranda estuda agendas de desenvolvimento - ODM



Analisar como se deu o processo de transição das agendas de desenvolvimento (ODM – ODS) em seus aspectos institucionais e territoriais, através de mecanismos de governança e, que resultaram nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). É com esse objetivo que a acadêmica Letícia Sandri produziu a dissertação de Mestrado para o Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional.

Orientada pelo professor Oklinger Mantovanelli Junior, Leticia optou por utilizar a pesquisa de caráter bibliográfico, documental, bem como entrevistas com atores chave, que participaram do processo de transição da agenda de desenvolvimento ou, participam hoje (direta ou indiretamente) do processo de internalização/interiorização dos ODS no Brasil.

A institucionalidade na transição, formulação e implementação da agenda de desenvolvimento pós-2015 (Agenda 2030) aparece como resultado (e parte) de um processo de governança que busca ampliar o campo de possibilidades e legitimação, por meio de uma lógica menos declaratória e mais participativa (vivencial), de que resulta em uma crítica ao modelo que se deu em relação aos ODM. 

A atuação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que é apresentado no presente trabalho, se dá por meio de apoio na implementação e interiorização da Agenda 2030. A conclusão aponta a intenção de sustentabilidade no território (ou desenvolvimento territorial sustentável – DTS) das dinâmicas de governança e das institucionalidades analisadas, com recorte no campo da subpolítica e sob o viés de uma sustentabilidade política e administrativa na gestão do desenvolvimento.

Para saber mais detalhes dos resultados da pesquisa, basta assistir a defesa, agendada para quarta-feira, dia 03 de outubro.

Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - Mestrado em Desenvolvimento Regional
Dissertação: “Dos objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM) aos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS); uma análise da transição das agendas de desenvolvimento em seus aspectos institucionais e de governança”
Mestranda: Letícia Sandri
Orientador: Oklinger Mantovanelli Junior
Defesa: dia 03 de outubro (quarta-feira), às 14h, na Sala R-301, Campus 1 da FURB

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Aumento das matrículas na graduação a distância é o maior desde 2008, aponta censo

Dados do Censo da Educação Superior 2017 divulgados nesta quinta-feira (20) mostram que, entre 2016 e 2017, o número de alunos de EAD cresceu 17,6%.



Entre 2016 e 2017, o número de estudantes matriculados em graduação a distância no Brasil aumentou 17,6%. Foi o maior avanço em um ano desde 2008, segundo dados do Censo de Educação Superior 2017, divulgado na manhã de quinta-feira (20) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

No ano passado, o Brasil tinha 1,8 milhão de universitários estudando a distância, o que representa mais de 20% do total de graduandos. De 2007 a 2017, década analisada pelo Censo, esse número mais que quadruplicou (eram cerca de 30 mil alunos em 2007). A quantidade de estudantes novos na modalidade a distância também cresceu mais de três vezes (226%) no mesmo período.

Entre os que ingressaram na graduação no ano passado, aproximadamente três a cada dez se matricularam em um curso de ensino a distância (EAD). Esse percentual aumentou 27,3% entre 2016 e 2017. A modalidade presencial, por outro lado, viu um crescimento de apenas 0,5% na quantidade de calouros.

O Censo contabilizou mais de 8 milhões de alunos de graduação no Brasil em 2017, com outros 4.248 em cursos sequenciais de formação específica — como o de recursos humanos, por exemplo. Esses duram em média dois anos e conferem ao aluno um diploma de nível superior e acesso a cursos de especialização, mas não de mestrado e doutorado.

PÚBLICA X PRIVADA

O número de alunos a distância na graduação aumentou ainda mais na rede pública: 35% de 2016 para 2017, o primeiro aumento desde 2012. Na rede privada, esse crescimento foi de 16%.

Ainda na rede pública, o ensino a distância também fez aumentar o número de calouros, movimento que não acontecia desde 2014. Entre 2016 e 2017, os ingressantes nessa modalidade mais que triplicaram (de 24,5 mil para quase 87 mil). Por outro lado, em cursos presenciais, houve uma queda de 0,5% no número de alunos novos.

Graças ao EaD, no ano passado, 3,2 milhões de alunos ingressaram em cursos de graduação no Brasil — 240 mil a mais do que em 2016. Dos novos estudantes, 2,6 milhões se matricularam em uma das mais de duas mil instituições privadas do país.

Essa é uma tendência que vem se mantendo. De 2007 a 2017, a rede privada viu o número de ingressantes crescer 53,1%. Hoje, a cada quatro alunos de graduação, três estão em instituições de ensino superior particulares.


VAGAS

Apesar do aumento no número de ingressantes, especialmente na modalidade a distância, muitas vagas continuam sem ser preenchidas. Das 7,9 milhões de novas vagas oferecidas em 2017, apenas 36,3% foram ocupadas. Nos cursos EAD, esse índice cai para 25%.

Na modalidade presencial, a maior proporção de vagas novas preenchidas está na rede federal, com 91% de ocupação. Por outro lado, foi a rede privada que mais ofereceu vagas novas em 2017: 7,2 milhões. Contabilizando-se também as remanescentes, esse número salta para 10,8 milhões, ou seja: 92,4% das vagas em cursos de graduação no país estão nas instituições particulares. Esse tipo de instituição representa 88% das universidades do Brasil.

Entre os alunos da rede pública, 63% estão em uma universidade federal. O número de estudantes neste tipo de instituição mais que dobrou entre 2007 e 2017 (aumento de 103,8%). Apesar disso, a maioria das instituiçõs públicas são estaduais (42%).

GRAUS ACADÊMICOS E PERFIL DISCENTE

A maioria dos ingressantes na educação superior busca um curso de bacharelado: 60,1%. Em seguida vêm as licenciaturas (20,1%) e, depois, os cursos tecnológicos (19,1%). Apesar do menor percentual, foi nesta modalidade que houve o maior aumento no número de ingressantes entre 2016 e 2017: 16,2%.

A tendência vem se repetindo ao longo da década estudada: o grau tecnológico teve o maior aumento no número de ingressantes, de 119,4%. A quantidade de alunos também mais que dobrou no mesmo período.

Assim como os estudantes no geral, os alunos de licenciatura estão, em sua maioria, na rede privada: 62,1%. A maioria também é mulher: sete a cada dez, tendência que se repete na população universitária como um todo.

Os alunos dos cursos presenciais são, em média, mais novos que aqueles que estudam a distância, ingressam mais cedo no ensino superior e também se formam com menos idade.

DOCENTES

Quando se trata dos professores de nível superior, mais da metade está na rede privada: 209.442, contra 171.231 na rede pública. Nesta última, 62,3% têm doutorado — índice 2,5 vezes maior do que o das IES particulares. Apesar disso, o percentual cresceu em ambas as redes.

Tanto na rede pública quanto na privada, aumentou, entre 2007 e 2017, o número de docentes em tempo integral: são 85,6% e 26,2%, respectivamente. O Censo avaliou que esse crescimento confirma a tendência geral de melhoria nos vínculos trabalhistas.

O percentual dos docentes com mestrado ou doutorado é maior nos cursos a distância: 88,3% contra 85,9%.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Alunos de Economia ficam em 3º lugar em gincana nacional


A dupla de acadêmicos do curso de Ciências Econômicas - FURB Daniel Augusto Wandrey e Wellington Adriano terminou em 3º lugar na 8ª Gincana Nacional de Economia, encerrada na sexta-feira, 21, à noite, em Porto Velho (RO), onde está ocorrendo o 26º Simpósio Nacional dos Conselhos de Economia (Since). O presidente do Corecon-SC, Alexandre Flores, participou da premiação dos estudantes.

A gincana foi disputada por 24 equipes de 12 estados brasileiros. Campeões da etapa estadual, ocorrida no final de junho na Udesc, em Florianópolis, Daniel e Wellington eram os representantes de Santa Catarina na competição nacional. Os acadêmicos da Furb foram eliminados da final pela dupla da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que ficou na segunda colocação. Na primeira fase da competição, classificatória para o "mata-mata", os catarinenses haviam ficado na sétima posição. No final, a equipe amazonense formada pelas estudantes Fernanda Almeida de Sousa e Giovanna de Almeida Gonçalves, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), foi a campeã da competição.

Daniel e Wellington ingressaram na Furb em 2015. Daniel mora em Brusque e participa de um projeto de extensão da universidade, o Sistema de Informações Gerenciais e de Apoio à Decisão (Sigad). Wellington reside em Blumenau e trabalha na cooperativa de crédito Viacredi. No ano passado, os campeões da disputa nacional, realizada em Belo Horizonte, foram os representantes de Santa Catarina e da Furb, Johny Willian Monteiro e Franklin Carlos Zummach.

A gincana é uma iniciativa do Conselho Federal de Economia (Cofecon) coordenada pela economista e conselheira federal Denise Kassama Franco do Amaral.




Fonte: https://www.facebook.com

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Mediações na comunicação hospitalar em uma Região de Saúde do Rio Grande do Sul

Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional

A  Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional [RBDR], de periodicidade quadrimestral, passou a ser editada a partir do outono de 2013 pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional [PPGDR], da Universidade Regional de Blumenau [FURB].


Confira um dos artigos:


Mediações na comunicação hospitalar em uma Região de Saúde do Rio Grande do Sul
Lídia Schwantes Hoss, Ângela Cristina Trevisan Felippi

Resumo

Nesse artigo se analisa o processo de produção da comunicação hospitalar numa Região de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de conhecer a concepção que orienta as práticas de comunicação externa dos hospitais, com vistas a compreender, a partir da produção comunicacional, como a política pública de saúde se materializa nos territórios. Aqui, a comunicação dentro da cultura é compreendida como um processo e, assim, sensível a mediações. A partir do mapa das mediações de Jesús Martín-Barbero, foram estudados os momentos das “lógicas de produção” e dos “produtos industriais” com observância das mediações da “institucionalidade” e da “tecnicidade”. A pesquisa tem natureza qualitativa e valeu-se dos estudos culturais, da teoria das mediações, dos estudos de comunicação pública e de território como referenciais teóricos. Questionário, entrevistas, pesquisa bibliográfica e documental foram os instrumentos utilizados. A partir da análise verificou-se a dualidade entre as práticas comunicacionais hospitalares, oscilando entre uma comunicação de caráter efetivamente público e outra, com ênfase à divulgação e venda de serviços privados de saúde, indicando que política de saúde pública se concretiza nos territórios a partir de suas particularidades.


Palavras-chave

Comunicação pública; hospital; mediação; Região de Saúde; Rio Grande do Sul; território.

Texto completo:

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Dia da Árvore: 7 espécies brasileiras ameaçadas de extinção

Araucária é uma das espécies brasileiras em extinção
Foto: dotcomdotbr/Flickr/(cc)
Cerca de 14% das mais de 60 mil espécies de árvores catalogadas no mundo são encontradas no Brasil, o que dá ao país o título de detentor da maior biodiversidade de árvores do planeta. A informação é de um estudo desenvolvido em 2017 pela Botanical Gardens Conservation International com base nos dados de 500 jardins botânicos. Completando esse cenário, a Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, feita pelo Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, indica que 2.113 espécies de árvores presentes no País encontram-se ameaçadas.

“Quando pensamos na extinção de uma espécie, precisamos pensar nela como integrante de uma realidade maior. Com o desaparecimento de uma árvore, é como se o ecossistema perdesse um órgão. Isso enfraquece todo o bioma”, explica o professor do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UNIRIO) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Carlos Augusto Figueiredo.

Confira abaixo sete espécies de árvores ameaçadas no Brasil:

Pau-brasil: a árvore que batizou o país começou a ser explorada em 1503. Com altura entre 10 e 15 metros, a espécie era encontrada em grande quantidade na Mata Atlântica e chegou a ser considerada extinta. Foi redescoberta em Pernambuco, em 1928. Em 1978, por meio da Lei nº 6.607, o dia 3 de maio foi instituído como o dia oficial do pau-brasil.

Castanheira-do-Brasil: nativa da Amazônia, pode atingir entre 30 e 50 metros de altura e chegar a 2 metros de diâmetro. É uma das árvores mais altas da região amazônica, crescendo nas margens de grandes rios.

Braúna: natural da Mata Atlântica e com altura que varia entre 20 e 25 metros, a braúna possui cor acastanhada e, quanto mais o tempo passa, mais escura sua casca se torna.

Cedro-rosa: de grande porte, essa espécie pode ser encontrada em diferentes biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado e também na Mata Atlântica, sendo mais abundante entre os estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Alcançando até 30 metros de altura, a árvore produz um fruto que, ao abrir para soltar suas sementes, assume a forma de uma flor de madeira.

Araucária: também conhecida como pinheiro-do-paraná, a árvore símbolo do estado produz uma semente conhecida como pinhão, usada na alimentação de animais silvestres, domésticos e do homem. “Uma árvore que se encontra em perigo impacta o ecossistema de duas formas. A primeira é que muitos animais, em especial as aves, usam as árvores como suas ‘casas’, como é o caso do pica-pau. O outro fator é que esses animais dependem de algumas espécies de árvores para se alimentar, como é o caso da araucária. Com uma quantidade cada vez menor desta espécie na natureza e com os frutos também sendo consumidos pelo homem, aves que dependem da semente para alimentação, como o papagaio-charão e o papagaio-de-peito-roxo, que atualmente estão ameaçados de extinção, são prejudicados. Uma alternativa para este problema é o plantio de Araucárias de forma comercial, o que seria uma maneira sustentável para a produção dos frutos para a alimentação humana e da fauna, reduzindo conflitos”, ressalta Paulo de Tarso Antas, biólogo, consultor da Fundação Pró-Natureza (FUNATURA) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza.

Mogno: também conhecido como Aguano, Araputanga e Acapú. Natural da Amazônia, a espécie tem sua cor como uma característica predominante – varia do marrom avermelhado ao vermelho. Com crescimento rápido, a árvore pode atingir 4 metros com apenas dois anos de idade.

Jequitibá-rosa: chega até 50 metros de altura e é nativa da Mata Atlântica. O exemplar de jequitibá-rosa de Santa Rita do Passa Quatro é considerado a árvore mais antiga do Brasil, com idade estimada de 3.000 anos.


Estão abertas as inscrições do Mestrado em Desenvolvimento Regional



terça-feira, 18 de setembro de 2018

Fome aumenta no mundo pelo 3º ano seguido e atinge 821 milhões de pessoas



Cerca de 124 milhões de pessoas em 51 países enfrentaram níveis críticos de fome causados por conflitos e desastres climáticos em 2017

A fome aumentou em todo o mundo pelo terceiro ano consecutivo, estimulada por conflitos e pela mudança climática, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, colocando em risco a meta global de acabar com a fome até 2030.

A fome parece estar aumentando em quase toda a África e na América do Sul, com 821 milhões de pessoas –uma em cada nove– passando fome em 2017, de acordo com o relatório Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo de 2018.

Ao mesmo tempo, 672 milhões de adultos –mais de um em oito– estão obesos, um aumento em relação aos 600 milhões de 2014.

“Sem esforços maiores, existe o risco de não se atingir a meta dos ODM de erradicar a fome até 2030”, disse o relatório, em referência aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU adotados por países-membros em 2015.

Esse foi o terceiro ano consecutivo no qual os níveis mundiais da fome aumentaram, após uma década de reduções.

A editora do relatório, Cindy Holleman, disse que a variação crescente de temperaturas, as chuvas inconstantes e as mudança nas estações estão afetando a disponibilidade e a qualidade dos alimentos.

“É por isso que estamos dizendo que precisamos agir agora”, disse Cindy, economista-sênior de segurança alimentar e nutrição da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

“Porque estamos preocupados de que não irá melhorar, que só irá piorar”, disse à Thomson Reuters Foundation.

No ano passado, quase 124 milhões de pessoas em 51 países enfrentaram níveis críticos de fome causados por conflitos e desastres climáticos, segundo a ONU.

Muitas nações que passam por conflitos prolongados, como Iêmen, Somália, Sudão do Sul e Afeganistão, também sofreram um ou mais choques climáticos, como secas e enchentes, informou o relatório.

Na segunda-feira, a instituição de caridade Save the Children disse que 600 mil crianças localizadas em zonas de guerra podem morrer de fome extrema até o final deste ano, à medida que a redução de fundos entra em vigor e partes em conflito impedem a chegada de suprimentos a pessoas necessitadas.

A ONU disse que a deterioração do quadro da fome na América do Sul pode se dever aos preços baixos das principais commodities de exportação da região –especialmente o petróleo.

Até junho, a falta de alimentos já havia levado estimadas 2,3 milhões de pessoas a fugirem da Venezuela, segundo a ONU.

O acesso incerto ou insuficiente à comida também contribui para a obesidade, porque pessoas com recursos financeiros limitados podem optar por alimentos mais baratos e energéticos que são ricos em gorduras, sal e açúcar, acrescentou o relatório.


segunda-feira, 17 de setembro de 2018

A dimensão regional da política de educação em saúde no Rio Grande do Sul

Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional

A  Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional [RBDR], de periodicidade quadrimestral, passou a ser editada a partir do outono de 2013 pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional [PPGDR], da Universidade Regional de Blumenau [FURB].


Confira um dos artigos:

A dimensão regional da política de educação em saúde no Rio Grande do Sul
Maria Raquel Pilar Steyer, Marco andré Cadoná, Leni Dias Weigelt

Resumo

O presente artigo analisa o processo de regionalização da Comissão de Integração Ensino-Serviço (CIES) na construção de uma política regional pela qual militantes da educação em saúde têm se mobilizado. A mobilização busca não apenas dar visibilidade à política de educação permanente em saúde, mas também garantir o comprometimento do poder público na implementação dessas políticas em âmbito regional. Quanto aos procedimentos metodológicos, eles se basearam na análise de documentos relacionados às legislações vinculadas à política de educação permanente em saúde e à estruturação da CIES, bem como de documentação relativa às atividades da CIES na Região 28 de Saúde, no Rio Grande do Sul, no período entre 2007 e 2014. Como resultado, verificou-se que, a partir da experiência histórica da CIES na referida região, os participantes comprometidos com esse campo de políticas públicas puderam se colocar em um importante espaço de execução de políticas regionais de educação permanente em saúde, potencializando-o enquanto espaço político e de militância na construção de políticas públicas.

Palavras-chave

Dimensão regional; educação em saúde; políticas públicas; Rio Grande do Sul.

Texto completo:
PDF/A

Fonte: http://proxy.furb.br

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Mais da metade da população brasileira não têm formação no ensino médio, aponta relatório



Mais da metade da população brasileira (52%), entre 25 e 64 anos, não têm diploma do ensino médio segundo o relatório Education at a Glance 2018,  divulgado ontem (11), pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O estudo mostra a baixa renda no mercado de trabalho como um dos maiores motivos para essa falta de formação.

Entre os 46 países analisados pelo estudo, o Brasil ficou em segundo lugar em maior desigualdade de renda.

Contudo, o Brasil aumentou em 0,3%, seus investimentos na educação de crianças até cinco anos de idade, entre 2010 e 2015, totalizando um investimento de 0,7%. Mesmo com esse aumento, o nível ainda é baixo se comparado com a média de 0,8% da maioria dos países que compõe a OCDE. Segundo o estudo, o Brasil investe anualmente apenas US$ 3,8 mil por criança em creches públicas.

 No Brasil, apenas US$ 3,8 mil é investido anualmente, por criança, em creches públicas.

O relatório destaca que esse é um tema fundamental para atingir a meta 4.5 do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 (ODS4): Até 2030, garantir a igualdade de acesso a todos os níveis de educação e formação profissional para os mais vulneráveis, incluindo as pessoas com deficiência, povos indígenas e as crianças em situação de vulnerabilidade.

Vale lembrar, que a educação de qualidade reflete diretamente na redução da desigualdade, da violência e na melhoria da saúde social.

Em 2015, o Brasil ficou à frente de alguns países latinos, pois alcançou 30,4% na inclusão de crianças de até 3 anos na escola. Porém, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 29% das pessoas entre 20 e 24 anos, permanecem estudando.

 “É fundamental lutar contra a desigualdade na educação para que se cumpram as metas da Agenda 2030”, Education at a Glance 2018.


quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Acessibilidade em parques naturais é tema de tese


O número crescente de Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida (PDMRs) traz consigo reflexão qualificada a respeito do cumprimento dos direitos relativos à inclusão social. No entanto, a legislação utilizada como instrumento para assegurar os direitos de acessibilidade restringe-se a áreas urbanas. Foi pensando nisto que a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, Shimene Feuser, decidiu fazer a tese de Doutorado sobre este assunto.

Orientada pelo professor Carlos Alberto Cioce Sampaio ela fez a pesquisa no Parque Natural Municipal Nascentes do Garcia, considerado o maior Parque Municipal do país e um dos últimos grandes remanescentes de Floresta Atlântica no sul do Brasil, localizado no município de Blumenau (SC), sendo este um recente aliado nos esforços destinados às melhorias para a acessibilidade de PDMRs em unidades de conservação.

O objetivo principal do estudo era analisar na concepção das unidades de conservação, bem como em suas atividades e estruturas, a conformação do território de inclusão.

Entre as constatações da doutorada está o fato de que parques ecológicos não foram formulados para este público, denotando-se a necessidade da criação de normas a assegurar direitos específicos no que tange o acesso às áreas naturais protegidas. “Espera-se que este estudo sirva de subsídio para futuras investigações no estabelecimento de normas que considerem como importantes a regulamentação dos espaços naturais no que concerne o acesso para todos, repensando-se saberes e práticas no campo da inclusão social de maneira a potencializar e qualificar as relações sociais”, disse em sua tese.
  
Para saber mais detalhes dos resultados da pesquisa, basta assistir à defesa, agendada para esta segunda-feira, dia 17 de setembro.

Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - Doutorado em Desenvolvimento Regional
Tese: “Desenvolvimento e acessibilidade em unidades de conservação: adaptação para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida no Parque Natural Municipal Nascentes do Garcia, Município de Blumenau (SC)
Doutoranda: Shimene Feuser
Orientador: Carlos Alberto Cioce Sampaio
Defesa: dia 17 de setembro (segunda-feira), às 14h, na Sala S-209, Campus 1 da FURB

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Centro da ONU realiza seminário online sobre desenvolvimento sustentável

O Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável da ONU (Centro RIO+) promove nesta quinta-feira (6), às 10h, um seminário online sobre as metas das Nações Unidas para 2030. A iniciativa terá discussões em português e será transmitida no YouTube. Objetivo é discutir ações de mobilização para o próximo 25 de setembro, data em que os novos objetivos da Organização foram adotados, em 2015.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Imagem: PNUD Brasil

Participam do seminário os especialistas em sustentabilidade André Palhano, da Virada Sustentável, Helvisney dos Reis-Cardoso, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Moçambique, e Vitor Mihessen, da Casa Fluminense.

Em 25 de setembro, a ONU e parceiros promoverão atividades conscientização sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que completam três anos em 2018. As metas compõem uma agenda global ambiciosa para erradicar a fome e a pobreza, combater as mudanças climáticas, promover a paz e alcançar a igualdade entre homens e mulheres.

O dia de atividades é chamado de We #Act4SDGs, em inglês (Nós agimos pelos ODS, em tradução livre para o português).

Assista ao seminário através do link: https://youtu.be/yTGj-81Br8Q

Para saber mais sobre o We #Act4SDGs: http://act4sdgs.org

Fonte: https://nacoesunidas.org

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Desenvolvimento sustentável e a produção de biocombustíveis: uma alternativa à produção de fumo?

Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional

A  Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional [RBDR], de periodicidade quadrimestral, passou a ser editada a partir do outono de 2013 pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional [PPGDR], da Universidade Regional de Blumenau [FURB].


Confira um dos artigos:

Desenvolvimento sustentável e a produção de biocombustíveis: uma alternativa à produção de fumo?
Marcos Vinicius Dalagostini Bidarte, Ana Monteiro Costa

Resumo

Na perspectiva do desenvolvimento sustentável como processo que visa à melhoria de vida das pessoas e da adesão do Brasil à Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, o presente estudo buscou verificar se a produção de biocombustíveis de primeira geração pode ser uma alternativa aos municípios produtores de fumo no Vale do Rio Pardo, Rio Grande do Sul. Para compreender o vínculo dos agricultores com o cultivo de matérias-primas para bicombustíveis de primeira geração em relação à substituição da produção de fumo e/ou à diversificação da propriedade rural, realizou-se um estudo de caso múltiplo, com entrevistas direcionadas a quatro agricultores que possuíam relação com os Projetos Girassol e Etanol protocolados pela AFUBRA. Os resultados revelam que a produção de biocombustíveis é uma alternativa sustentável no que tange à diversificação da propriedade, mas com considerável redução de ganhos e dificuldades de cultivo em terrenos acidentados. Os incentivos para a produção de biocombustíveis são os benefícios à saúde dos agricultores, a redução de gastos com combustíveis fósseis, a geração de renda aos produtores e a preservação do meio ambiente.


Palavras-chave

Biocombustíveis; desenvolvimento sustentável; fumo; Projeto Etanol; Projeto Girassol; Vale do Rio Pardo.

Texto completo:

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Setembro Amarelo: uma campanha a favor da vida



O mês de setembro marca a luta contra um problema de saúde mundial considerado grave: o suicídio. Por vários anos evitava-se falar sobre isso. Era um assunto rodeado de tabus, o que não permitia enxergar quem estava mais vulnerável. A Organização Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) alerta que o suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos no mundo e é a segunda principal causa de morte entre as pessoas de 15 a 29 anos de idade.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano. Desse número, aproximadamente 65 mil casos acontecem anualmente em todo o continente americano.

No Brasil, de acordo com a cartilha do Ministério da Saúde, cerca de 11 mil pessoas tiram a própria vida por ano. Confirmando essa estatística, o Hospital Santa Genoveva chegou a atender oito casos de pacientes que tentaram tirar a própria vida no ano de 2017 e, neste ano, de janeiro até o mês de agosto, já foram seis casos. Esses números foram apurados por meio de registros do serviço social do Hospital.


As causas mais comuns são em decorrência de transtornos mentais, como esquizofrenia e bipolaridade, bem como dependência química, alcoolismo e depressão. Mas, quando há mais de um transtorno associado, o risco de tentar contra a própria vida é maior. Para a psiquiatra do Hospital Santa Genoveva, Ana Carolina Chaves Alucio, ter pensamentos de morte como única saída frente a algumas situações de dor ou impotência extrema, é comum ao ser humano, mas definir se o fará ou não, envolve uma série de fatores biológicos, emocionais, culturais, filosóficos e religiosos. “É difícil definir o que leva uma pessoa a se matar. Acredito que não haja uma única causa, mas um conjunto de fatores que leva o indivíduo ao ato.

Estudos sugerem que 90% das vítimas de suicídio tinham alguma doença mental, o que pode não ser determinante, mas expõe a pessoa a uma vulnerabilidade maior ao ato”, conta Ana Carolina.

Segundo a psiquiatra, existem alguns sinais que podemos observar quando o indivíduo está com intenção suicida. “A maioria das pessoas, antes de tentar tirar a própria vida, fala sobre isso com alguém e tem mudanças repentinas de hábitos e humor. Apesar de as mulheres tentarem mais o suicídio que os homens, são eles os que, majoritariamente, chegam às vias de fatos, pois utilizam meios mais agressivos e letais”, afirma Alucio.

“Estima-se que 50% das pessoas que suicidaram já haviam tentado anteriormente. Essa é uma questão de saúde pública grave. Demonstra o maior grau do sofrimento humano. É importante, cada vez mais, falarmos sobre esse tema, levarmos informação e, principalmente, solidariedade às pessoas”, finaliza a médica.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

[SIGAD] Você sabia?! Informações sobre indústria têxtil em Santa Catarina e na microrregião de Blumenau

Este informativo tem como objetivo apresentar os vínculos formais no subsetor Indústria Têxtil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a partir de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os dados são, principalmente, referentes ao estado de Santa Catarina e à microrregião de Blumenau.
O Gráfico 1 apresenta o número de vínculos na Indústria Têxtil nas cinco cidades mais populosas de Santa Catarina.



Percebe-se que, em relação ao número absoluto de vínculos formais na Indústria Têxtil, Blumenau se destaca com grande margem, sendo que o segundo município, Joinville, apresenta pouco mais de um terço dos vínculos de Blumenau. Os outros municípios mais populosos representam uma fração muito inferior.

Diferentemente do que foi apresentado anteriormente, o Gráfico 2 compara o número de vínculos na indústria têxtil entre os municípios da microrregião de Blumenau. O mesmo mostra que as cidades localizadas na microrregião possuem um número de vínculos mais significativo do que os municípios mais populosos do estado de Santa Catarina. Por exemplo, Gaspar tem número absoluto de vínculos na indústria têxtil igual a 7.988 e Joinville que é a maior cidade do estado, possui 8.203.


Portanto, percebe-se que a Microrregião de Blumenau é um local que emprega grande número de pessoas na Indústria Têxtil, sendo que, dos 10 municípios com o maior número de vínculos nesse setor no estado, 6 deles são da microrregião de Blumenau (RAIS, 2016), a saber: Blumenau (1º), Brusque (2º), Gaspar (5º), Indaial (6º), Pomerode (8º) e Guabiruba (9º).


Referências
RAIS – Relação Anual de Informações Sociais. Disponível em: <http://bi.mte.gov.br/bgcaged/rais.php>. Acesso em: 03 set. 2018. 



segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Doenças ocupacionais na fumicultura: os riscos percebidos pelos trabalhadores rurais do Paraná

Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional

A  Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional [RBDR], de periodicidade quadrimestral, passou a ser editada a partir do outono de 2013 pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional [PPGDR], da Universidade Regional de Blumenau [FURB].


Confira um dos artigos:

Doenças ocupacionais na fumicultura: os riscos percebidos pelos trabalhadores rurais do Paraná
Marcia Domenica Cunico Barancelli, Miguel Angelo Perondi, Leticia Lima Trindade

Resumo

O presente estudo teve por objetivo conhecer a percepção dos riscos ocupacionais dos fumicultores de duas comunidades produtoras de tabaco (sistemas produtivos de tabaco Burley e Virgínea). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada entre março e agosto de 2012, para a qual utilizaram-se observações e entrevistas. Evidenciou-se equidade entre a maioria dos riscos nos dois sistemas produtivos investigados. Porém, no sistema tipo Virgínea percebeu-se um maior comprometimento da saúde do trabalhador. Em ambas as comunidades a saúde das famílias de fumicultores é sistematicamente exposta a riscos. Contudo, estes são pouco relacionados com o trabalho, com sua saúde e o sistema produtivo em que atuam. A escassez de ações de saúde e os déficits no processo de notificação relacionados às intoxicações demonstram a necessidade de uma atenção à saúde dos fumicultores. Devido às especificidades de suas condições de vida, dispersão e heterogeneidade, são requeridas ações de fiscalização do ambiente de trabalho e de vigilância em saúde.


Palavras-chave

Doenças ocupacionais; fumicultura; Paraná; saúde do trabalhador rural.

Texto completo:
PDF/A

Fonte: http://proxy.furb.br