quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Feirão Limpe Seu Nome será realizado em dezembro, na CDL Blumenau


O Feirão Limpe Seu Nome, realizado pela CDL Blumenau, terá sua quarta edição. Será de 5 a 9 de dezembro, de terça à sexta-feira, das 11h às 17h, e no sábado das 9h às 17h. A ação será na sede da CDL, que está localizada no 1º andar da Casa do Comércio (Alameda Rio Branco, 165 – Centro). O evento tem como objetivos oportunizar o consumidor que está inadimplente negociar e quitar a dívida e assim voltar a ter crédito e poder realizar novas compras, bem como auxiliar o empresário a reaver o crédito, recuperar clientes e efetivar mais negócios no fim de ano.

O Feirão terá a participação do Banco do Vale, Caixa Econômica Federal, Sicoob MaxiCrédito, Viacredi, Procon, além de 130 lojas e estabelecimentos comerciais de diversos segmentos que serão representados pela Central de Cobrança da CDL Blumenau (Veja abaixo a relação completa). Os consumidores interessados em negociar e quitar as dívidas, devem comparecer na sede da entidade nos dias indicados.

É importante trazer documento de identidade original e comprovante de emprego e renda atualizados. No caso de pendências com telefonias, bancos, financeiras ou outras empresas que não estejam participando do Feirão, mas tenham sede em Blumenau, o Procon poderá fazer a intermediação dos pedidos de negociação. Caso o consumidor não saiba onde possui dívidas, é necessário fazer uma consulta ao SPC, serviço oferecido pela CDL Blumenau. O valor é de R$ 8,00 por consulta. 

13º salário
Em outubro, o valor de dívidas no comércio de Blumenau era de R$ 74,1 milhões, de acordo com os dados do SPC Brasil. Em contrapartida, segundo o Sigad (Sistema de Informações Gerenciais de Apoio à Decisão), da FURB, a chegada do 13º salário, incluindo as duas parcelas, representa cerca de R$ 359 milhões no bolso dos blumenauenses.

Desse total, R$ 312 milhões provem de trabalhadores formais e R$ 47 milhões de 13º dos aposentados. O presidente da CDL Blumenau, Helio Roncaglio, lembra que a data de realização do Feirão Limpe Seu Nome leva em conta justamente o recebimento desta renda.

“Esses 359 milhões de reais representam cerca de 2% do PIB de Blumenau. É um valor bastante significativo, principalmente quando lembramos que ele está concentrado, em geral, em dois meses. Além disso, ele é cerca de cinco vezes mais o valor das dívidas dos consumidores, ou seja, é possível negociar as pendências, fazer ótimas compras natalinas e ainda poupar”, afirma Roncaglio.


Fonte: http://www.cdlblumenau.com.br

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Defesa Pública de Tese

O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Regional de Blumenau convida toda a comunidade, para assistir a defesa pública de tese da doutoranda  CAMILA DA CUNHA NUNES  cujo título é:

TERRITÓRIO E ESPORTE: O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO DAS CORRIDAS DE RUA DO BRASIL


Banca Examinadora:

Prof. Dr. Marcos Antonio Mattedi - FURB
Prof. Dr. Luis Paulo Gomes Mascarenhas –  Universidade Estadual do Centro Oeste
Prof. Dr. João Derli de Souza Santos  – Centro Universitário de Brusque
Prof. Dr. Adolfo Ramos Lamar – FURB
Prof. Dr. Clovis Reis – FURB
Suplentes
Prof. Dr. Luciano Felix Florit – FURB
Prof. Dr. Gilberto F. dos Santos  - FURB


Dia: 07 de dezembro de 2017 (quinta-feira)
Horário: 14:00 horas
Local: D – 401 (esta sala comporta aproxim. 10 pessoas)
Campus 1 da FURB

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Compra e venda de migrantes africanos na Líbia revolta comunidade internacional

Após a divulgação de reportagens e imagens de migrantes africanos sendo vendidos como escravos, na Líbia, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou indignação, na última segunda-feira (20), e solicitou às autoridades que investiguem urgentemente a situação – e levem os responsáveis à justiça.

“A escravidão não tem lugar no mundo. O acontecido na Líbia representa um dos abusos aos direitos humanos mais revoltantes e pode ser considerado um crime contra a humanidade”, disse Guterres aos jornalistas durante coletiva de imprensa na sede da ONU em Nova Iorque.

Migrantes detidos na cidade de Zawiya, na Líbia. Foto: IRIN/Mathieu Galtier

Guterres informou que todos os agentes da ONU relevantes no assunto foram contatados para investigar o assunto.

Nesta semana, uma rede de televisão estadunidense levou ao ar uma reportagem que mostra imagens gravadas de migrantes africanos sendo vendidos como escravos em um leilão na Líbia. As denúncias de leilões em pelo menos nove cidades líbias foram levadas à Organização Internacional para as Migrações das Nações Unidas (OIM).

O secretário-geral solicitou a todos os países que adotem e apliquem a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, além do protocolo sobre tráfico de pessoas, e pediu à comunidade internacional que se una para lutar contra este mal.

Além disso, ele também solicitou que as instituições competentes abordem a questão dos fluxos migratórios de maneira compreensiva e humana – incluindo por meio da cooperação para o desenvolvimento entre os Estados para atacar as raízes do problema.

Um aumento significativo de oportunidades para a migração legal, o fortalecimento da cooperação internacional para a punição de contrabandistas e traficantes e a proteção dos direitos das vítimas são fatores essenciais, segundo Guterres.

O Protocolo contra o Contrabando de Migrantes por via Terrestre, Marítima e Aérea, que complementa a Convenção, foi adotado pela Assembleia Geral da ONU em novembro de 2000, e entrou em vigor em janeiro de 2004.

O Protocolo constitui um documento legal importante que visa a prevenção e o combate ao contrabando de migrantes, como também a promoção da cooperação entre os países-membros, protegendo os direitos de migrantes contrabandeados.

Fonte: https://nacoesunidas.org

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Análíse de Políticas Pública de Orçamento Regionalizado como Estratégia de Promoção do Desenvolvimento Territorial Sustentável


60% da população mundial sem saneamento básico


Perto de 60% da população mundial (cerca de 892 milhões de pessoas) não tem acesso a instalações sanitárias adequadas diz a Organização Mundial de Saúde (OMS). E esta situação provoca contaminação ambiental e doenças infecciosas, sobretudo nas crianças que sem sanitas podem estar impedidas de crescer de forma saudável, acrescenta ainda a OMS que assinala hoje (19/11) o Dia Mundial do Banheiro.

Sem instalações sanitárias, alerta a OMS, há 892 milhões de pessoas em todo o mundo a defecar ao ar livre, com as fezes a permanecerem nos campos e, no caso em que se são deixadas junto a correntes que desaguam em rios e lagos constituem uma grande ameaça à saúde das pessoas e do próprio planeta.

E este cenário leva a que todos os anos “700 milhões de crianças menores de cinco anos” morram “na sequência de diarreias provocadas pela má qualidade da água, falta de casas de banho, serviços de saneamento e higiene”.

Além disso, “80% das águas residuais” acabam “na natureza sem tratamento prévio”, sublinha o comunicado.

O Dia Mundial da Banheiro foi instituído pela OMS para alertar para a crise mundial de saneamento básico e fomentar medidas para a solucionar, tal como ficou acordado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), que têm 2030 como horizonte.

O compromisso assumido pelos Estados-membros das Nações Unidas estabelece que todos os habitantes do mundo deverão ter acesso ao saneamento básico, que terá de se reduzir para metade a quantidade de águas residuais não tratadas e terá que se aumentar a reutilização como combustível ou fertilizante.

Os excrementos humanos devem ser depositados, transportados, tratados e eliminados de forma segura e sustentada.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Poluição causa 12,6 milhões de mortes por ano, alerta agência ambiental da ONU

É o que revela um novo relatório da agência ambiental das Nações Unidas, a ONU Meio Ambiente. Publicado nesta quinta-feira (16), o documento aponta que ninguém está imune à degradação ambiental. Em 80% das cidades, a qualidade do ar não atinge parâmetros de saúde adequados. Oitenta porcento do esgoto produzido no mundo é despejado na natureza sem tratamento.

Poluição do ar mata 6,5 milhões de pessoas por ano. Foto: PEXELS

A poluição da natureza é responsável anualmente por quase um quarto – ou 12,6 milhões – de todas as mortes de seres humanos. É o que revela um novo relatório da agência ambiental das Nações Unidas, a ONU Meio Ambiente. Publicado nesta quinta-feira (16), o documento é a publicação mais ampla já produzida pelo organismo sobre o tema. Relatório traça panorama do problema e elenca 50 políticas para combater a degradação dos ecossistemas.

“Nenhum de nós agora está a salvo. Logo, todos nós temos de agir”, alertou o diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim, por ocasião do lançamento da pesquisa. A análise conclui categoricamente que ninguém no planeta está imune à poluição provocada pelo homem.

Atualmente, a poluição do ar mata 6,5 milhões de pessoas por ano e, em 80% dos centros urbanos, a qualidade do ar não atinge os parâmetros de saúde estipulados pela ONU. Mesmo que um indivíduo não viva em uma dessas cidades, são grandes as chances de que ele faça parte do grupo de 3,5 bilhões de pessoas que dependem de mares poluídos para se alimentar ou da parcela da população mundial que não tem acesso a banheiros adequados – 2 bilhões de pessoas.

Os 50 maiores lixões do planeta trazem riscos à vida para outros 64 milhões de indivíduos. Por ano, 600 mil crianças sofrem danos cerebrais devido à presença de chumbo em tintas.

O relatório chama atenção para os riscos enfrentados pelos mais vulneráveis. Meninos e meninas podem ter seu desenvolvimento físico e mental atrofiado por conta da exposição à poluição durante os primeiros mil dias de vida. Já os segmentos mais pobres dependem de ecossistemas saudáveis, cujo equilíbrio é afetado pela poluição, ou de empregos nas ocupações mais insalubres do mundo.

O impacto ambiental da poluição também é devastador. Hoje, os oceanos possuem 500 “zonas mortas”, cuja concentração de oxigênio é tão pequena que torna inviável a presença de vida marinha. Mais de 80% do esgoto mundial é despejado no meio ambiente sem tratamento, poluindo os solos usados na agropecuária e os lagos e rios que são fonte de água para 300 milhões de pessoas. Depósitos de substâncias químicas ameaçam poluir ainda mais a natureza e colocar a vida de mais pessoas em risco.

Soluções: consumo e produção sustentáveis

Embora algumas formas de poluição tenham diminuído em anos recentes, a ONU Meio Ambiente alerta que as conquistas são frágeis, sobretudo porque o consumo e a produção não sustentáveis podem levar a retrocessos. Para enfrentar esse cenário, a agência das Nações Unidas definiu 50 políticas para mitigar a destruição da natureza. Medidas giram em torno de cinco eixos principais:

Liderança política e parcerias em todos os níveis, mobilizando os setores industrial e financeiro;
Ações contra os piores poluentes e uma aplicação mais eficaz das leis ambientais;
Abordagens renovadas para gerenciar as economias, através da eficiência no uso de recursos, mudanças nos estilos de vida e uma gestão de resíduos aprimorada;
Investimentos novos, massivos e redirecionados para tecnologia limpa e de baixo carbono, para soluções baseadas nos ecossistemas, bem como para pesquisa, monitoramento e infraestrutura para controlar a poluição;
E conscientização para informar e inspirar as pessoas em todo o mundo.

“O desenvolvimento sustentável é agora a única forma de desenvolvimento que faz algum sentido”, defendeu Solheim. De acordo com a ONU Meio Ambiente, se a comunidade internacional ignorar o problema da poluição, os países não conseguirão cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, os ODS.

Ligia Noronha, uma das coordenadoras do relatório, enfatizou que a produção e o consumo sustentáveis são cruciais para reduzir a poluição. “A única resposta à pergunta de como podemos todos sobreviver neste único planeta com nossa saúde e dignidade intactas é mudar radicalmente o modo como produzimos, consumimos e vivemos nossas vidas”, afirmou.


quinta-feira, 16 de novembro de 2017

ONU diz que 2017 pode ser um dos anos mais quentes já registrados

Um estudo apresentado nesta segunda-feira, 6 de novembro, pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), da ONU, indicou que 2017 pode ser um dos três mais quentes já registrados, similar a 2015 e abaixo apenas de 2016. A informação é da agência de notícias EFE.

Por do sol em Brasília
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
A versão provisória da "Declaração sobre o Estado do Clima Mundial" destaca, além disso, os vários episódios climáticos de efeitos devastadores deste ano, como furacões e inundações, ondas de calor e secas, e alerta para o aumento dos principais indicadores do aquecimento global a longo prazo, como as emissões de gases contaminantes e a alta do nível do mar.

"Como consequência do intenso episódio do El Niño, é provável que o ano de 2016 continue sendo o mais quente já registrado, com 2017 e 2015 em segundo e terceiro lugar, respectivamente. O período de 2013 a 2017 será o quinquênio mais quente dos que se tem registro", afirma o relatório, publicado por conta do início hoje (6), na Alemanha, da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP23).

Consequências catastróficas

De janeiro a setembro de 2017, "foi registrada uma temperatura média global de aproximadamente 1,1 graus centígrados acima dos níveis pré-industriais", indicou em comunicado a OMM, e os cientistas concordam que uma alta de mais de dois graus teria consequências catastróficas para o planeta.

"Os últimos três anos estiveram entre os três mais quentes quanto a registros de temperaturas. É parte da tendência ao aquecimento a longo prazo", disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas. Ele advertiu que neste ano ocorreram "fenômenos meteorológicos extraordinários", como “temperaturas acima dos 50 graus na Ásia, furacões sem precedentes no Caribe e no Atlântico que chegaram até a Irlanda, devastadoras inundações de monção que afetaram milhões de pessoas, e uma seca implacável na África oriental".

Segundo Tallas, muitos destes episódios apresentam "sinais reveladores da mudança climática" devido ao "aumento das concentrações de gases do efeito estufa resultantes da atividade humana".

Riscos crescentes

A mexicana Patricia Espinosa, secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), que acolhe a COP 23, afirmou que estes dados destacam "os crescentes riscos do aquecimento global para as pessoas, as economias e o próprio tecido da vida na Terra".

Ela pediu que países e indústrias a avancem a um "nível mais alto de ambição na redução de emissões de gases contaminantes”, com o objetivo "diminuir o risco do futuro" e "maximizar as oportunidades" de desenvolvimento sustentável.

O estudo ressalta a intensidade da temporada de furacões no Atlântico Norte, sua violência e impacto e o curto intervalo de tempo no qual aconteceram os ciclones Harvey, Irma e Maria.
Além disso, afirma que o furacão Ofelia, que castigou a Irlanda, chegou mil quilômetros mais ao norte do que qualquer outro e seus ventos associados contribuíram para provocar incêndios de grande proporção em Portugal e na Espanha.

A OMM considera que, embora não existam provas conclusivas da influência da mudança climática nos furacões, é "provável" que o aquecimento global faça com que "as precipitações sejam mais intensas e que o atual aumento de nível do mar aumente os efeitos das marés de tempestade".

O documento da ONU também aborda as fortes chuvas que provocaram deslizamentos na África do Sul e na Colômbia, com mais de 500 e de 273 mortos, respectivamente, e as fortes inundações que deixaram 75 mortos no Peru e mais de 1.200 na Índia, Bangladesh e Nepal.

Além disso, a OMM ressalta que zonas do sul da Europa, da África oriental e a parte asiática da Rússia registraram "temperaturas máximas sem precedentes" e sofreram com fortes secas. Por último, o texto ressalta as ondas de calor que aconteceram este ano no Chile, Argentina, Califórnia e Espanha, algumas das quais criaram as condições propícias para grandes incêndios florestais.


terça-feira, 14 de novembro de 2017

6 medidas sustentáveis que ajudam pequenos negócios


Reciclagem, economia de água e energia, reúso de materiais e compra de materiais sustentáveis passaram de preocupação ambiental a bom senso para os negócios. A responsabilidade com o meio ambiente, em muitos casos, pode aumentar a eficiência de empresas e até gerar renda. É o que mostra uma cartilha do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com dicas para introduzir esses conceitos no dia a dia de uma micro ou pequena empresa.

Voltado para os profissionais que abriram recentemente seu próprio negócio, o material traz exemplos práticos para reduzir custos, melhorar a relação com os clientes e, ao mesmo tempo, gerar um impacto positivo no meio ambiente. Confira:

Compras sustentáveis

Conhecer a origem de matérias-primas e as práticas de responsabilidade ambiental praticadas por fornecedores é uma das principais maneiras de garantir um produto sustentável. Essa preocupação também se aplica ao descarte de produtos e insumos após o uso.

Para isso, recomenda-se avaliar a necessidade de cada compra e considerar aluguel de equipamentos ou prestação de serviços para substituir o consumo. Quando a compra é considerada fundamental, uma das medidas de precaução sugeridas é comparar produtos de acordo com seu processo de produção, considerando a economia de energia, contratação da mão de obra local, reciclagem e certificações ambientais.

Além disso, o Sebrae aconselha verificar a situação legal dos fornecedores antes de contratá-los. Com o número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa em mãos, é possível checar certidões negativas, de débitos e se existem denúncias contra ela. Comprar matéria-prima local também reduz custos e desenvolve a economia da região. “O menor preço nem sempre é aquele que oferece um comércio mais justo para todos”, diz a cartilha.

Eficiência energética

Além de reduzir custos, a eficiência energética diminui o impacto no meio ambiente. É possível produzir mais gastando menos, garante o guia.

Uma medida simples para garantir esse objetivo é utilizar, sempre que possível, iluminação natural: janelas podem ficar abertas sempre que possível e, se houver necessidade e dinheiro para investimento, mudanças estruturais no imóvel podem garantir maior incidência de luz solar. Paredes com cores claras refletem os raios de sol e deixam o ambiente mais fresco, o que economiza o uso de ar-condicionado - que devem ser limpos com frequência para garantir um bom desempenho energético.

Para equipamentos elétricos e eletrônicos, o selo Inmetro/Procel nível A é um indicador de que o aparelho consome menos energia. Outra dica é trocar lâmpadas comuns pelas fluorescentes ou de LED. Se houver uma geladeira ou refrigerador no local de trabalho, a dica é instalar em local bem ventilado e não encostar o aparelho em paredes e móveis. A ventilação melhora o desempenho do equipamento, assim como mantê-lo longe da incidência de raios solares e outras fontes de calor.

Uso eficiente de água

Seja num pequeno escritório ou numa grande rede de supermercados, a água é fundamental para garantir o pleno funcionamento de um negócio. Ações para reúso e economia de água ajudam a manter o recurso disponível por mais tempo.

A primeira recomendação dos especialistas é ficar atento a vazamentos e desperdícios no dia a dia da empresa. Tecnologias como arejadores na torneira também ajudam a racionar o uso. A escolha por produtos de limpeza biodegradáveis, que se misturam à água e acabam na rede de esgoto, evita contaminação.

O Sebrae também estimula os empregadores a fazer campanhas para estimular a economia de água para funcionários e clientes. “Muitas vezes é possível produzir mais gastando menos com simples mudanças de comportamento”, lembra o órgão.

Resíduos sólidos

Com frequência, aquilo que é encarado como lixo pode gerar renda para a empresa. Latas de alumínio, papel e até óleo usado podem gerar receita quando ganham destino adequado.

Uma das dicas para melhorar a gestão do lixo é fazer um levantamento de todos os resíduos gerados pela empresa. Para destinar o descarte a uma entidade que pague pela reciclagem dele, é fundamental fazer a coleta seletiva, com separação de metal, plástico, papel, vidro, material orgânico e não recicláveis. “Os recicláveis podem ser encaminhados para cooperativas de catadores; o orgânico, para a compostagem; e os perigosos (pilha, baterias, óleos, pneus), para empresas especializadas”, recomenda o Sebrae.

O guia também sugere analisar métodos de fabricação dos produtos ou prestação de serviços, com o intuito de produzir mais com menos matéria-prima e gerar menos lixo. Sobras e aparas também podem ser reutilizadas.

Consumo consciente

Desperdício, poluição, desmatamento e mudanças climáticas são fatores que têm levado muitos a repensar seus hábitos de consumo. Há várias opções que ajudam a tornar a venda de um produto ou serviço mais sustentáveis, e atender a essa demanda.

Uma solução é oferecer o refil como alternativa à embalagem tradicional, e estimular a devolução de materiais como garrafas, potes e latas para facilitar o reúso. Materiais poluidores podem ser substituídos por outros menos agressivos, como trocar sacolas de plástico por material reciclado ou biodegradável. O Sebrae aconselha pesquisar a percepção dos clientes para entender quais aspectos de sustentabilidade são mais valorizadas em cada negócio.

Desenvolvimento social

Pequenas, médias ou grandes, as empresas geram impacto na comunidade onde estão instaladas e podem melhorar a qualidade de vida ao seu redor. Esse impacto pode vir na forma de apoio a iniciativas de educação, assistência social ou zeladoria, por exemplo.

Uma das ações sugeridas é a adoção de espaços públicos como praças, ruas, escolas, e áreas verdes. O apoio não precisa ser necessariamente financeiro. Trabalho voluntário e outras formas de apoio institucional também podem gerar resultados. Esse apoio também pode ser direcionado a entidades com causas que estejam de acordo com valores da empresa.

Fonte: http://www.portalodm.com.br

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Rótulos de alimentos no Brasil devem ser mais claros, defende agência da ONU

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas, acredita que o Brasil se beneficiará da adoção de um novo modelo de rotulagem de alimentos, que permita ao consumidor fazer escolhas mais saudáveis. O tema está sendo analisado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), com a participação de diversas instituições.

A OPAS defende que os rótulos de alimentos processados e ultraprocessados informem de maneira direta e rápida o consumidor se há excesso de sódio, açúcar, gordura total, gordura trans, gordura saturada e/ou adoçantes. Para isso, a parte frontal da embalagem deve trazer um selo em formato de octógono, com fundo preto e letras brancas, que informe sobre o alto teor desses nutrientes críticos da seguinte forma: “muito açúcar”, “muito sódio”, “contêm adoçantes”, entre outros.

Embalagem fictícia e meramente ilustrativa

Esse modelo, que já se mostrou eficaz no Chile e cuja implantação está sendo estudada pelo Uruguai, foi escolhido após diversos estudos científicos e de opinião evidenciarem que a advertência frontal é a que mais ajuda a população a identificar produtos com excesso de nutrientes críticos.

“Os consumidores têm pouco tempo para ficar analisando os rótulos, tentando descobrir se aquele produto que se diz ‘fit’ é saudável ou não. Por isso, propomos um modelo que junta facilidade e rapidez no acesso à informação, melhorando a capacidade do consumidor de tomar uma decisão crítica e bem informada na hora da compra. É muito simples entender que quanto mais selos um produto tem, pior ele é”, afirma Alice Medeiros, consultora de Nutrição e Alimentação da OPAS/OMS no Brasil.

A OPAS também recomenda que aqueles rótulos com um ou mais selos não devem conter declarações ou argumentos fantásticos sobre seus efeitos nem destacar atributos saudáveis ou apresentar desenhos animados, personagens e celebridades com apelo ao público infantil.

“Queremos evitar, por exemplo, que aquele iogurte de morango cheio de açúcares e conservantes, que não tem sequer um morango entre os ingredientes, utilize o rótulo para enganar a população, sugerindo que há fruta naquela embalagem”, explica a consultora da OPAS/OMS.

Segundo a representante adjunta da OPAS/OMS no Brasil, María Dolores Pérez-Rosales, o novo modelo de rotulagem permitirá que os brasileiros estejam conscientes em relação ao que consomem. “A má alimentação é um dos principais fatores de risco para doenças crônicas como diabetes e hipertensão, além de estar diretamente ligada ao sobrepeso e à obesidade. Os selos de advertência ajudarão as pessoas a estarem mais bem informadas e fazerem escolhas saudáveis”.

Embalagem fictícia e meramente ilustrativa.
Perfil Nutricional

Para definir exatamente quais quantidades representam “muito sódio”, “muito açúcar”, “contêm adoçantes” ou “contém gordura trans”, entre outros, foi criado o Modelo de Perfil Nutricional da Organização Pan-Americana da Saúde. Essa ferramenta é usada para classificar bebidas e alimentos processados e ultraprocessados, identificando os que contêm excesso de nutrientes críticos.

O Perfil Nutricional da OPAS é baseado nas metas de ingestão de nutrientes estabelecidas pela OMS para a prevenção da obesidade e das doenças crônicas não transmissíveis. Seu conteúdo foi elaborado por um grupo de pesquisadores da Região das Américas, após análise de robustas evidências científicas internacionais.

A ferramenta busca ajudar ainda na concepção e implementação de várias estratégias relacionadas com a prevenção e controle da obesidade e excesso de peso, incluindo: restringir a comercialização de alimentos e bebidas pouco saudáveis para crianças; regulamentar ambientes alimentares escolares (alimentos/bebidas vendidos nas escolas e programas de alimentação); definir políticas fiscais para limitar o consumo de alimentos não saudáveis; usar advertências na parte frontal das embalagens; identificar alimentos a serem fornecidos por programas sociais para grupos vulneráveis; entre outros.

Alimentação saudável

Para a OPAS/OMS, a base da alimentação deve ser feita de alimentos in natura e minimamente processados. Alimentos in natura são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza, como folhas e frutos ou ovos e leite. Alimentos minimamente processados são alimentos in natura que foram submetidos a alterações mínimas, a exemplo dos grãos secos polidos ou moídos na forma de farinhas, cortes de carne resfriados ou congelados e leite pasteurizado.

Os alimentos processados (queijo, pães, geleias, frutas em calda) são produtos relativamente simples, fabricados essencialmente com a adição de sódio ou açúcar ou outra substância de uso culinário, a exemplo do óleo, a um alimento in natura ou minimamente processado. Devem ser consumidos em pequenas quantidades e como ingredientes ou parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados.

Outra prática essencial é evitar os alimentos ultraprocessados, que estão fortemente associados a sobrepeso, obesidade e doenças crônicas não transmissíveis. Entre eles, estão vários tipos de biscoitos, sorvetes, misturas para bolo, barras de cereal, sopas, temperos e macarrões “instantâneos”, salgadinhos “de pacote”, refrescos, refrigerantes, iogurtes e bebidas lácteas adoçadas e aromatizadas.

Histórico

Em outubro de 2014, os Estados-membros reunidos no 53º Conselho Diretor da OPAS aprovaram por unanimidade o Plano de Ação para Prevenção da Obesidade em Crianças e Adolescentes. Isso reflete a conscientização dos governos sobre a alarmante prevalência da obesidade nas Américas — a maior do mundo.

O Plano de Ação apresenta um conjunto de legislações, políticas, regulamentações e intervenções efetivas, que levam em conta o contexto dos Estados-membros em cinco linhas de ação estratégicas, entre elas a regulamentação do marketing e a rotulagem de alimentos.


Fonte: https://nacoesunidas.org

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

[SIGAD/FURB] Análise dos Suicídios e Homicídios na Microrregião de Blumenau de 1997 a 2015


Análise dos suicídios

Uma análise dos últimos 19 anos (1997-2015) do índice de suicídio na Microrregião de Blumenau revela que Blumenau é apenas o 10º município com o maior indicador dentre os municípios da microrregião, ao apresentar, na média do período, um indicador de 8,10 suicídios por 100 mil habitantes. Nessa análise, o município com o maior índice é Guabiruba (17,90 por 100.000), seguida de Benedito Novo (16,60 por 100.000) e Ascurra (15,70 por 100.000). Os índices de todos os municípios da microrregião podem ser observados no Gráfico 1. Em relação aos dois maiores municípios de Santa Catarina (em termos de população), Florianópolis (6,05) e Joinville (5,72) - destacados em vermelho no gráfico, Blumenau aparece na frente de ambos no índice médio de suicídio dos últimos 19 anos.

Análise dos homicídios
Já quanto aos homicídios, também em relação à média dos últimos 19 anos (1997-2015), Blumenau fica na 3º posição (6,84 por 100 mil habitantes) entre os municípios da Microrregião de Blumenau, atrás de Apiúna (10,15 por 100.000) e Gaspar (7,82 por 100.000). Os dois municípios mais populosos do Estado, nesse quesito, superam o índice apresentado por Blumenau, e também por todos os demais municípios da microrregião. Florianópolis apresenta um indicador de 17,47 homicídios por 100 mil habitantes e, Joinville, 12,96. O índice médio desses 19 anos de todos os municípios da Microrregião de Blumenau pode ser observado no Gráfico 2.



quarta-feira, 8 de novembro de 2017

IVGP fica dentro da previsão com 0,2% em outubro


O Índice de Variação Geral de Preços de Blumenau registrou, em outubro, uma variação na ordem de +0,23%, enquanto a variação acumulada nos últimos 12 meses ficou em +4,79%.

Segundo o prof. Jamis Antonio Piazza, do Departamento de Economia da FURB, o IVGP ficou dentro do intervalo esperado, visto que a expectativa era uma variação entre +0,10% e +0,60%. 

Os 580 itens pesquisados estão organizados em 25 subgrupos e as variações apresentaram a seguinte distribuição: 9 subgrupos registraram alta, 9 subgrupos permaneceram estáveis e 7 subgrupos variaram negativamente.

Altas de destaque no mês: fumo (+8,44%), produtos de panifício (+4,61%) e alimentos in-natura (+1,88%).
Baixas de destaque no mês: materiais de construção (-1,91%), alimentos semi-industrializados (-1,51%) e medicamentos (-0,45%).

A expectativa para o próximo mês é de que a variação geral de preços se mantenha dentro do intervalo +0,10% a +0,60%.

Para o 2º semestre de 2017, foram estabelecidos os seguintes cenários, considerando a variação acumulada nos últimos 12 meses:



Sobre os Cenários estabelecidos para o 2º semestre de 2017 cabem algumas considerações adicionais, segundo Piazza:

- A taxa mensal equivalente ao acumulado dos últimos 6 meses caiu para 0,23%/mês. A taxa mensal equivalente ao acumulado nos 12 meses subiu para 0,39%/mês. Portanto, a inflação acumulada nos 12 meses, até dezembro de 2017 tende a configurar próximo do cenário realista, isto é, por volta de +4,91%.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

A educação no Brasil pode atrasar o alcance do ODS 4


Foto: Educare
Na terça feira dia 24, foi divulgado pela UNESCO o Relatório de Monitoramento Global da Educação (Global Education Monitoring – GEM). O documento tem intuito de ajudar na luta a favor de uma educação mais inclusiva para todos, por meio do monitoramento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável sobre educação (ODS4).

No Relatório, a necessidade de ser mais ágil no avanço dos ODS é explícita. É revelado que apenas 70% das crianças concluirão a educação primária até 2030. “Nós precisamos de vontade política, inovação, políticas e recursos para romper com essa tendência” afirma Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO.

“Nós precisamos de vontade política, inovação, políticas e recursos para romper com essa tendência”
O GEM apresenta a importância de uma melhor educação para as mulheres e meninas. Diante do aumento comprovado no número de habitantes no planeta entre 1950 a 2015, a melhora na educação no gênero feminino, segundo o relatório, seria a maneira mais eficaz e fundamental de reduzir esse problema.

Acesse os indicadores de educação do seu estado e do Brasil no Portal Longevidade e Produtividade

No Brasil, a qualidade da educação permanece em baixa. Segundo o ranking World’s Most Literate Nations (WMLN), em 2016, o país ganhou o primeiro lugar em maior destinação do PIB para educação e maior quantidade de alunos na escola, entretanto, se tratando de qualidade da educação ficou na 55° posição, entre 61 países. A Coordenadora do Centro de Inovação em Políticas Educacionais, Cláudia Costin, em entrevista à Carta Capital, diz que, quando se trata de educação, o Brasil está estagnado em um patamar ruim.

O Relatório GEM, mostra também, que a educação é a chave para alcançar outros vários ODS. O Conselheiro especial do secretário-geral das Nações Unidas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Jeffrey D. Sachs afirma: “uma educação melhor leva a maior prosperidade, à melhoria da agricultura, à melhores resultados de saúde, à menos violência, à mais igualdade entre os sexos, à capitais sociais mais elevados e à um ambiente natural melhorado”.



segunda-feira, 6 de novembro de 2017

ONU Brasil lança campanha pelo fim da violência contra a juventude negra

A Organização das Nações Unidas no Brasil lança, no próximo dia 7 de novembro, a campanha “Vidas Negras”, pelo fim da violência contra jovens negros.

A iniciativa, ligada à Década Internacional de Afrodescendentes, envolve os 26 organismos da equipe de país da ONU. O objetivo é sensibilizar sociedade, gestores públicos, sistema de Justiça, setor privado e movimentos sociais a respeito da importância de políticas de prevenção e enfrentamento da discriminação racial.

A Organização das Nações Unidas no Brasil lança, no próximo dia 7 de novembro, a campanha “Vidas Negras”, pelo fim da violência contra jovens negros.

A iniciativa, ligada à Década Internacional de Afrodescendentes, envolve os 26 organismos da equipe de país da ONU. O objetivo é sensibilizar sociedade, gestores públicos, sistema de Justiça, setor privado e movimentos sociais a respeito da importância de políticas de prevenção e enfrentamento da discriminação racial.

Para a ONU, o racismo é uma das principais causas históricas da situação de violência e letalidade a que a população negra está submetida. Atualmente, um homem negro tem até 12 vezes mais chance de ser vítima de homicídio no Brasil que um não negro, segundo o Mapa da Violência.

O lançamento, com divulgação de vídeos e materiais de campanha, terá início às 15h30, na Casa da ONU, em Brasília (DF), e contará com a presença do coordenador residente das Nações Unidas, Niky Fabiancic; de representantes do governo e da sociedade civil que atuam no tema; e do ator Érico Brás — apoiador da campanha “Vidas Negras” e participante dos vídeos e peças.

No Brasil, sete em cada dez pessoas assassinadas são negras. Na faixa etária de 15 a 29 anos, são cinco vidas perdidas para a violência a cada duas horas. De 2005 a 2015, enquanto a taxa de homicídios por 100 mil habitantes teve queda de 12% entre os não negros, para os negros houve aumento de 18%.

“O Brasil é um dos 193 países comprometidos com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Um dos principais compromissos dessa nova agenda é não deixar ninguém para trás em relação às metas de desenvolvimento sustentável, incluindo jovens negros. Com a campanha Vidas Negras, a ONU convida brasileiras e brasileiros a se engajarem e promoverem ações que garantam o futuro de jovens negros”, comenta o coordenador residente da ONU, Niky Fabiancic.

Segundo pesquisa realizada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e pelo Senado Federal, 56% da população brasileira concorda com a afirmação de que “a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte de um jovem branco”. O dado revela o grau de indiferença com que os brasileiros têm encarado um problema que deveria ser de todos.

A campanha quer chamar atenção para o fato de que cada perda é um prejuízo para o conjunto da sociedade. Além disso, deseja alertar sobre como o racismo tem restringido a cidadania de pessoas negras de diferentes formas.

Peças e números

Segundo dados recentemente divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), de cada 1 mil adolescentes brasileiros, quatro vão ser assassinados antes de completar 19 anos. Se nada for feito, serão 43 mil brasileiros entre os 12 e os 18 anos mortos de 2015 a 2021, três vezes mais negros do que brancos.

Entre os jovens, de 15 a 29, nos próximos 23 minutos, uma vida negra será perdida e um futuro cancelado, segundo o Mapa da Violência. A campanha defende que esta morte precisa ser evitada e, para isso, é necessário que Estado e sociedade se comprometam com o fim do racismo — elemento-chave na definição do perfil das vítimas da violência.

As peças da campanha abordam diferentes facetas da questão, que vão da discriminação como obstáculo à cidadania plena; passam pelo tratamento desigual de pessoas negras em espaços públicos; e pelo vazio deixado pelos jovens assassinados nas famílias e comunidades; chegando até o problema da filtragem racial (escolha de suspeitos pela polícia, com base exclusivamente na cor da pele).

Participam dos vídeos e demais materiais, além de Érico Brás, Taís Araújo, Kenia Maria, Elisa Lucinda e o Dream Team do Passinho.

A campanha, principal ação do Sistema ONU Brasil no mês da Consciência Negra, não para por aí. Ela seguirá estimulando o debate sobre a necessidade urgente de medidas voltadas para superação do racismo nos diferentes segmentos da sociedade.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Brasil tem a 5ª pior taxa de homicídios de crianças e adolescentes, diz Unicef

Há 59 mortes para cada 100 mil adolescentes homens de 10 a 19 anos. Números são de relatório do Unicef.
Foto: Google Imagens
O Brasil está entre os cinco países sem conflito armado que têm as piores taxas em homicídio de adolescentes e crianças do sexo masculino com idade entre 10 e 19 anos. Em 2015, foram 59 mortes para 100 mil pessoas nessa faixa etária. O índice também é alto em Venezuela (97), Colômbia (71), El Salvador (66) e Honduras (65).

Os dados são do relatório “Um Rosto Familiar: A violência nas vidas de crianças e adolescentes”, que será lançado nesta quarta-feira (1º) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), ligado à ONU. O estudo usou dados da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.

A taxa de homicídio nesses países não está distante dos números apresentados por países que têm conflito armado. No Afeganistão, por exemplo, a mortalidade por violência coletiva é de 49 para 100 mil pessoas de 10 a 19 anos. No Sudão do Sul, esse índice é de 29.

O estudo do Unicef ainda apresentou dados sobre a raça/cor das vítimas de homicídio no Brasil. Segundo os números de 2014, 75% dos mortos eram negros ou multirraciais. 18%, brancos. 7% das vítimas não haviam raça/cor declarada.

Bullying na sala de aula

A prática de atos de violência física ou psicológica contra uma pessoa já é realidade em significativa parte do mundo. No Brasil, 43% dos estudantes de 11 a 12 anos disseram ter sido vítimas de bullying na escola pelo menos uma vez no mês anterior.

No México, esse percentual foi de 33%. Os países que registraram os maiores índices foram República Dominicana (60%), Equador (44%), Panamá (44%) e Paraguai (43%).