segunda-feira, 31 de julho de 2017

IX Edição do SPI - Seminário de Pesquisa Interdisciplinar.

A data limite para submissão é 10 de setembro, resultados até 24 de setembro, e o evento ocorre entre 16 e 19 de outubro em Florianópolis/Palhoça/Tubarão - SC, Unisul.

O IX Seminário de Pesquisa Interdisciplinar (SPI) visa a difusão de pesquisas e debates de temas interdisciplinares, a partir de diferentes áreas de conhecimento. Tem como público-alvo prioritário pesquisadores e alunos de programas de Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado.
Nesta 9ª edição, com o tema "Sustentabilidade, ambiente e sociedade: um debate interdisciplinar", selecionará trabalhos científicos com foco específico em uma das opções de Grupos de Trabalho (GTs) disponíveis. Após avaliação e aprovação por Comitê Cientifico, os artigos são agrupados em mesas temáticas para apresentações e debates.
Além dos anais eletrônicos (ISSN: 2178- 2121), após o evento, será publicado o Livro com os melhores artigos selecionados e apresentados. O lançamento do Livro e dos vídeos com as palestras deverão ocorrer no mês de dezembro de 2017.
Inscreva-se e participe!

As inscrições online permanecem abertas até 15/10


Fique atento à algumas questões importantes sobre a inscrição no evento.
A inscrição está condicionada ao número de vagas. Caso as vagas já estejam preenchidas, a organização do evento o informará para alteração da sua inscrição;
No dia do evento procure a Secretaria portando um documento de identidade;
As inscrições na hora do evento estarão sujeitas à disponibilidade de vagas nas atividades;
A programação do evento poderá sofrer ajustes sem aviso prévio.
Mais informações sobre inscrições podem ser obtidas pelo e-mail eventos.gf@unisul.br.

Organize sua agenda e participe do IX SPI

O evento será realizado de 16 a 19/10/2017.
Aguarde! Em breve publicaremos a programação completa!

Locais de realização

Campus Tubarão
Unidade Universitária Tubarão
Avenida José Acácio Moreira, 787
Bairro Dehon – Caixa Postal 370
88704-900 – Tubarão – SC
Campus Grande Florianópolis
Unidade Universitária Pedra Branca
Av. Pedra Branca, 25
Cidade Universitária Pedra Branca
88137 272 - Palhoça - SC
Unidade Universitária Florianópolis (Trajano)
Rua Trajano, 219 - Centro
88010 010 - Florianópolis – SC






sexta-feira, 28 de julho de 2017

[SIGAD] Você Sabia?! A importância da agropecuária no PIB dos municípios catarinenses

No ano de 2014, em termos de valor adicionado na agropecuária, que é um dos componentes do PIB, os municípios que mais participaram foram, conforme Tabela 1: Canoinhas com o valor absoluto de R$ 252.712.000,00; Campos Novos com R$ 251.697.000,00 e São Joaquim com R$ 245,756,000,00. Esses valores representam, respectivamente, 18,20%, 15,23% e 37,38% de participação no PIB desses municípios.


Em termos de participação da agropecuária nos municípios de Santa Catarina, conforme Tabela 2, Sul Brasil é o município que possui a maior dependência de seu PIB advindo da agropecuária, com 60,30% de participação desse setor. Em valores absolutos isso representa R$ 34.547.000,00. Os demais municípios que compõe o top 10 nesse ranking também podem ser observados na Tabela 2.



Fonte: Elaboração projeto SIGAD Furb,  furb.br/sigad

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Mangues podem desaparecer nos próximos 100 anos, alerta UNESCO

Estimativas coletadas pela agência da ONU indicam que já foram destruídas até 67% das áreas onde os mangues eram identificados. UNESCO marcou o Dia Internacional de Conservação do Ecossistema de Mangues, lembrado neste 26 de julho, com mensagem sobre a importância desses ecossistemas para a vida no planeta.

Manguezal derrubado no Timor-Leste. Foto: ONU/Martine Perret

Em mensagem para o Dia Internacional de Conservação do Ecossistema de Mangues, lembrado em 26 de julho, a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, alertou que todos os manguezais não protegidos podem desaparecer nos próximos cem anos. Estimativas coletadas pela agência da ONU indicam que já foram destruídas até 67% das áreas onde o bioma era identificado.

“Os riscos são grandes, porque os ecossistemas de mangues fornecem benefícios e serviços essenciais para a vida. Do avanço com relação à segurança alimentar, a pesca sustentável, produtos silvestres e a proteção contra tempestades, tsunamis e o aumento do nível do mar até a prevenção contra a erosão da costa, a regulação da qualidade da água costeira e o oferecimento de habitats para espécies marinhas ameaçadas de extinção”, disse Bokova.

A dirigente lembrou ainda o papel singular que mangues desempenham na absorção de quantidades significativas de dióxido carbono. Quando estocado nos oceanos e em ecossistemas oceânicos, o gás é conhecido pelo nome carbono azul. A capacidade de armazenar a substância é “essencial para a mitigação da mudança climática”, ressaltou a chefe da UNESCO.

“A UNESCO está trabalhando para ampliar as capacidades dos Estados e reforçar seu conhecimento científico, especialmente em países que são altamente dependentes desses ecossistemas, na África e nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, sempre realizando atividades com comunidades locais e sempre tomando como base os conhecimentos tradicionais”, informou Bokova em seu pronunciamento.

A diretora elencou ainda outras iniciativas da agência que estão sendo mobilizadas para preservar os mangues, como o Programa O Homem e a Biosfera (MAB), o Programa Hidrológico Internacional (PHI), a Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) e o Projeto LINKS, de Sistemas de Conhecimento Locais e Indígenas. A UNESCO lidera também o projeto Carbono Azul, que promove a conservação, restauração e uso sustentável de ecossistemas marinhos.

“A mensagem da UNESCO para o dia de hoje é clara – nós devemos reverter a tendência de degradação e proteger os mangues, que são tão essenciais para a saúde do planeta”, concluiu Bokova.

Fonte: https://nacoesunidas.org

terça-feira, 25 de julho de 2017

SELETIVO PARA INDICAÇÃO DE BOLSISTA EDITAL PROPEX Nº 07/2017 – PIBIC/CNPq – PIBIC/FURB 2017-2018

O Núcleo de Políticas Públicas do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (NPP/PPGDR) está selecionando bolsistas de iniciação científica para atuar em um projeto: 

Tema - A Contribuição do PROESDE FURB para o Desenvolvimento Sustentável: Um Estudo com os Egressos das Edições do Programa de 2009 a 2016.”

Projeto coordenados pelo Prof. Dr. Oklinger Mantovaneli Júnior no âmbito de seu projeto

produtividade em pesquisa – CNPq e acoplados a teses e dissertações em andamento no PPGDR.

Requisitos para o candidato (bolsista) PIBIC/CNPq:

Estar regularmente matriculado em curso de graduação na FURB; 
Possuir média geral de aproveitamento igual ou superior a 7,0 (sete); 
Dispor de 20 (vinte) horas semanais, distribuídas de acordo com as atividades propostas pelo projeto; 
Não estar inadimplente (relatórios, MIPE etc.) com a PROPEX; 
Não possuir vínculo empregatício, não atuar em monitoria nem receber salário ou qualquer remuneração decorrente do exercício de atividades de qualquer natureza, durante a vigência da bolsa; 
Não receber outra bolsa de pesquisa, extensão, institucional, monitoria, trabalho, estágio interno ou qualquer tipo de auxílio financeiro da FURB, bem como de qualquer órgão de fomento, de acordo com os termos da Resolução nº 072/2014; 
O bolsista poderá atuar em estágio remunerado, fora do âmbito da FURB, desde que o horário de estágio não conflite com o período de execução do projeto ou prejudique a realização das atividades de pesquisa; 
Para o programa PIBIC/CNPq ter curriculum Lattes cadastrado na Plataforma Lattes do CNPq (http://lattes.cnpq.br) com endereço de e-mail atualizado. · Não poderá ser usado e-mail @hotmail.com;
Para o programa PIBIC/CNPq ter conta corrente no Banco do Brasil. A conta não poderá ser conjunta ou conta poupança.
Levantar dados de pesquisa conforme orientação do NPP – Núcleo de Políticas Públicas vinculado ao PPGDR - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional.
Realizar as leituras de bibliografias necessárias para execução do projeto.
Redigir relatórios de iniciação científica.
Participar da MIPE – 2018 – Mostra Integrada de Pesquisa e Extensão da FURB.

Benefícios:

Bolsa de 12 parcelas de R$ 400,00 (quatrocentos reais), de acordo com a Tabela de Valores de Bolsa no País (CNPq). Podendo haver variações conforme EDITAL PROPEX N° 07/2017 – PIBIC/CNPq – PIBIC/FURB - Apoio a projetos de pesquisa de Iniciação Científica.
Documentos para indicação de bolsista pré-seleciona do: 
Formulário de inscrição do bolsista, disponível no sítio da FURB (http://www.furb.br/web/3088/inovacao-e-pesquisa/formularios); 
Fotocópia do resumo de matrícula do aluno (fornecido pela Praça de Atendimento ao 
Estudante). 

INTERESSADOS DEVERÃO ENVIAR EMAIL PARA annemaraf@gmail.com CONTENDO NOME COMPLETO E CURSO DE GRADUAÇÃO.
O PROCESSO:

AÇÃO
PRAZO
Comunicação por e-mail de interesse na bolsa PIBIC/CNPq – PIBIC/FURB 2017-2018
03/08/2017
Avaliação presencial de interpretação de texto e redação – Sala e horário a informar
04/08/2017
Entrevistas
04/08/2017
Indicação de bolsista
08/08/2017
Início do bolsista
10/08/2017


O Projeto Conservador das Águas: análise de uma política pública em Extrema/MG

Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional


Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional [RBDR], de periodicidade quadrimestral, passou a ser editada a partir do outono de 2013 pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional [PPGDR], da Universidade Regional de Blumenau [FURB]. 

Confira um dos artigos:


O Projeto Conservador das Águas: análise de uma política pública em Extrema/MG

Bárbara de Oliveira Souza Pacheco, Camila Camilozzi Alves Costa de Albuquerque Araújo, Dalmir Machado Torres Filho, Emilene Kareline Marciano dos Santos

Resumo

O reconhecimento da existência de uma crise ambiental, demonstrada inclusive por desequilíbrios pluviais causadores de escassez hídrica de grandes centros urbanos, tem demandado ações de preservação mais incisivas por parte do Estado. O “Projeto Conservador das Águas”, desenvolvido pela Prefeitura de Extrema, em Minas Gerais, exemplifica a construção de desenhos inovadores de políticas públicas através da conjugação de parcerias inter-organizacionais, acordos formais entre Estado e cidadãos, e utilização de incentivos econômicos para a promoção da sustentabilidade. O trabalho em tela busca analisar o projeto referido a partir de tipologias desenvolvidas por Lowi (1964; 1972) e Wilson (1973), discutindo seu modelo de implementação com base em seu nível de programação de tarefas e interação com os usuários, em conformidade com a tipologia construída por Berman (1978).

Código JEL | H23; Q25; Q56.


Palavras-chave

Bem público; Extrema; incentivo econômico à sustentabilidade; pagamento por serviços ambientais; política pública.

Texto completo:


segunda-feira, 24 de julho de 2017

Campanha marca Dia Internacional da Mulher Negra

#SouNegraE destaca luta em busca de direitos e no combate ao preconceito e à violência

Ação nas redes sociais mostrará mulheres em destaque por seu papel na sociedade

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) lança nas redes sociais a campanha #SouNegraE, para lembrar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, na próxima terça-feira (25). Segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 49,5% das mulheres brasileiras se consideram pretas e pardas.

A proposta da campanha é reforçar o valor da luta das mulheres e chamar atenção para as barreiras no enfrentamento à violência, no acesso à saúde, à educação e nos espaços de poder. São 8 cards para as redes sociais com mulheres em destaque por seu papel na sociedade e bonecas que representam conceitos de empoderamento das mulheres negras. 

Saúde

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a mortalidade materna na mulher negra tem aumentado nos últimos anos, ao contrário do observado na média da brasileira. Cerca de 60% dos óbitos maternos registrados no País são de pretas ou pardas. O principal motivo de morte materna entre mulheres negras é a hipertensão, seguida de hemorragia.

Educação

As mulheres têm aumentado a matrícula nos cursos de ensino médio. E as mulheres negras têm acompanhado essa tendência, passando de pouco mais de 700 mil em 2007 para mais de 1,4 milhão em 2013.

Violência

Em 2016, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – recebeu 140 mil relatos de violência. Desse total, 60,53% das vítimas são mulheres declaradas negras (pretas e pardas). O Mapa da Violência 2015, elaborado pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), aponta um aumento de 54% em dez anos no número de mortes violentas de mulheres negras, passando de 1.864, em 2003 para 2.875, em 2013.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. 

[FURB] 19/07 - Abertas inscrições para o Cadastro Socioeconômico 2017/2

NOTÍCIAS

19/07 - Abertas inscrições para o Cadastro Socioeconômico 2017/2
Já estão abertas as inscrições para o cadastro socioeconômico 2017/2! As oportunidades, conforme edital disponibilizado pela Coordenadoria de Assuntos Estudantis (CAE), são para acadêmicos economicamente carentes dos cursos de graduação da FURB. Estão sendo oferecidas vagas para os seguintes programas:

- Bolsas de Estudo Artigo 170 (mantidas com recursos do Estado de Santa Catarina); 
- Bolsas de Pesquisa Artigo 170 (mantidas com recursos do Estado de Santa Catarina); 
- Crédito Educativo Municipal – CREDUC (mantido com recursos do Município de Blumenau).

O prazo de inscrição no cadastro socioeconômico segue até o dia 11 de agosto.

Para se inscrever, é preciso seguir alguns passos: 
- Ler atentamente este edital e o edital n° 1.777/SED/2017 (UNIEDU);
- Cadastrar-se no UNIEDU 2017/2 (clique aqui);
- Providenciar os documentos exigidos neste edital;
- Acessar, impreterivelmente durante o prazo estipulado neste edital, na página www.furb.br/asec;
- Seguir as instruções e preencher atentamente o formulário eletrônico; 
- Marcar data e horário na agenda disponível no próprio formulário eletrônico para entrega dos documentos e realização da entrevista, clicando em “Finalizar a inscrição”. Não é possível, depois disso, realizar qualquer alteração nas informações, inclusive no agendamento; 
- Imprimir e assinar o protocolo de inscrição; 
- Comparecer na data, horário e local agendados (respeitando a tolerância de vinte minutos de atraso) para a entrevista e apresentação de todos os documento.

Dúvidas podem ser esclarecidas com a Coordenadoria de Assuntos Estudantis (CAE), pelo e-mail cae@furb.br ou diretamente na Praça de Atendimento ao Estudante, no Campus 1, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h30min.

Informações pelo telefone: (47) 3321 0307.

FONTE: http://www.furb.br/web/1704/noticias/abertas-inscricoes-para-o-cadastro-socioeconomico-2017/2/6404

sexta-feira, 21 de julho de 2017

[SIGAD] Você Sabia? Geração de Empregos Formais em Santa Catarina no 1º semestre de 2017

Conforme dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED-MTE), o estado de Santa Catarina obteve 21.183 admissões a mais que demissões no 1º semestre de 2017. Isso o classificou como o 5º estado com maior geração de empregos formais nesse período, permanecendo atrás de Minas Gerais (62.028), São Paulo (59.745), Goiás (35.329) e Paraná (21.621).
Ao realizar-se uma estimativa para o total de vínculos ativos para o ano de 2016 (tomando por base o total de vínculos ativos de 2015 disponibilizados pela RAIS-MTE, somado ao saldo de empregos do CAGED-MTE de 2016) é possível constatar os estados que obtiveram uma maior geração de empregos formais no 1º semestre de 2017 relativamente ao total de vínculos de 2016. Nesse cálculo, Santa Catarina classifica-se como o 4º estado com maior geração de empregos formais, com uma elevação de empregos de 0,97%, ficando atrás de Goiás (2,40%), Mato Grosso (2,10%) e Minas Gerais (1,32%).
De modo semelhante, ao realizar a análise para os municípios de Santa Catarina, conforme Tabela 1, constatou-se que Blumenau foi o segundo município com maior geração de empregos formais no estado, em termos absolutos, ao possuir 2.631 admissões a mais que demissões, permanecendo atrás apenas de Joinville (3.728). Completam o top 5 os municípios de Brusque (1.686), São José (1.413) e Jaraguá do Sul (1.393).

Já em termos relativos, e, para isso levando em conta a mesma metodologia utilizada para o cálculo estadual, verificou-se que o município com maior geração de empregos formais foi Dona Emma, com um aumento de 12,44%, seguido de Antônio Carlos (11,87%), Luiz Alves (11,46%) e São Pedro de Alcântara (11,18%) e Urupema (11,17%). Dentre os 10 municípios que apresentaram o maior crescimento em termos absolutos neste primeiro semestre, os destaques relativos são para Timbó, com um crescimento de 7,95%, seguido de Mafra (6,69%), Gaspar (5,10%), Brusque (3,52%) e Jaraguá do Sul (2,14%).

Conforme Gráfico 1, a indústria de transformação foi o setor que mais contratou dentre os setores econômicos, seguido de serviços nos três municípios com pequenas diferenças.
Fonte: Elaboração SIGAD/FURB.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

[SIGAD] Você Sabia? Frota de veículos em Blumenau

Dados disponibilizados pelo Departamento Estadual de Trânsito de Santa Catarina (Detran/SC) mostram que o crescimento da frota de veículos entre 2002 e 2016, em Blumenau foi de 119,5% (de 113.548 para 249.183 veículos), enquanto o crescimento populacional, conforme dados disponibilizados pelo IBGE, foi de apenas 27,0% (de 270.633 para 343.715 habitantes).

Tomando-se por base apenas o crescimento de carros (soma de automóveis, camionetas e caminhonetes) e motos (motocicletas e motonetas), verifica-se que o crescimento de carros para o período 2002-2016 foi de 105,9%, enquanto o de motos foi de 196,7%. Para efeito de comparação, em 2002 tinha-se 60 motos e 334 carros para cada 1.000 habitantes. Já em 2016 esses números chegaram a 133 e 542, respectivamente. 


No Gráfico 1, observa-se o crescimento anual (em %) das frotas de carro e moto, além da população. Percebe-se que os três indicadores apresentaram crescimento anual positivo ao longo do período analisado. Porém, cabe destacar que a população obteve um crescimento praticamente constante ao longo do período, diferentemente de moto e carro, que tiverem suas taxas oscilando e decrescentes quando analisadas no período como um todo.

Por fim, nota-se que o crescimento anual das frotas de carros e motos foi superior ao crescimento da população em todos os anos, exceto em 2013, quando o crescimento da população foi superior ao da frota de motos.

Fonte: Elaboração projeto SIGAD Furb,  furb.br/sigad

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Palestra "Desafios para o Desenvolvimento Brasileiro"


Em comemoração ao dia do Economista (13 de agosto), o curso Ciências Econômicas da FURB, com apoio do Conselho Regional de Economia de Santa Catarina (CORECON-SC) e da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Blumenau (CDL Blumenau), realizará a palestra “Desafios para o Desenvolvimento Brasileiro” com o economista Antonio Corrêa de Lacerda.

Neste ano, o palestrante será condecorado Economista do Ano pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon). Além disso, Prof. Lacerda fará lançamento do seu novo livro na ocasião.

O evento é gratuito e ocorre no dia 21/07 às 19h, no auditório do bloco J do campus 1 da Universidade de Blumenau (FURB). Para garantir sua vaga na palestra, responda o formulário em  http://bit.do/furbeconomia. Para acompanhar mais informações sobre o evento e o curso de Ciências Econômicas da FURB, curta nossa página em:https://www.facebook.com/cienciaseconomicasfurb/.

Data: 21/07
Horário: 19h
Local: Câmpus 1 - Auditório Bloco J - Prof. Milton Pompeu da Costa Ribeiro - Mapa
Informações: Professor Bruno Tomio | bttomio@furb.br

Fonte:  http://www.furb.br

ONU: 4,5 bilhões de pessoas não dispõem de saneamento seguro no mundo

Criança toma banho em Kallyanpur, favela da capital de Bangladesh, Dhaka. Foto: ONU/Kibae Park
Em todo o mundo, cerca de três em cada dez pessoas — em um total de 2,1 bilhões — não têm acesso a água potável em casa, e seis em cada dez — ou 4,5 bilhões — carecem de saneamento seguro, de acordo com novo relatório da  Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) divulgado nesta quinta-feira (13).

O relatório apresenta a primeira avaliação global dos serviços de água potável e saneamento com gestão segura. A conclusão é que muitas pessoas ainda não têm esse acesso, sobretudo em zonas rurais.

“A água potável, o saneamento e a higiene em casa não devem ser um privilégio apenas daqueles que são ricos ou vivem em centros urbanos”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Esses são alguns dos requisitos mais básicos para a saúde humana e todos os países têm a responsabilidade de garantir que todos possam acessá-los”.

Bilhões de pessoas tiveram acesso a serviços básicos de água e saneamento desde 2000, mas esses serviços não fornecem necessariamente água potável e saneamento seguro. Em muitas casas, instalações de saúde e escolas ainda faltam água e sabão para a lavagem das mãos. Isso coloca todas as pessoas, especialmente crianças pequenas, em risco de contrair doenças como a diarreia.

Como resultado, todos os anos 361 mil crianças com menos de 5 anos morrem devido a diarreia. O saneamento deficiente e a água contaminada também estão ligados à transmissão de doenças como cólera, disenteria, hepatite A e febre tifoide.

“Água segura, saneamento eficaz e higiene são fundamentais para a saúde de cada criança e de cada comunidade e, portanto, são essenciais para a construção de sociedades mais fortes, saudáveis e mais equitativas”, afirmou o diretor-executivo do UNICEF, Anthony Lake. “À medida que melhoramos esses serviços nas comunidades mais desfavorecidas e para as crianças mais desfavorecidas, estamos oferecendo-lhes uma oportunidade mais justa para que desfrutem de um amanhã melhor”.

Desigualdades significativas persistem

Para diminuir as desigualdades globais, os novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) querem pôr fim à defecação ao ar livre e alcançar acesso universal aos serviços básicos até 2030.

Das 2,1 bilhões de pessoas que não possuem água gerenciada de forma segura, 844 milhões não têm nem um serviço básico de água potável. Isso inclui 263 milhões de pessoas que precisam gastar mais de 30 minutos por viagem para coletar água de fontes distantes de casa e 159 milhões que ainda bebem água não tratada de fontes de água superficiais, como córregos ou lagos.

Em 90 países, o progresso rumo ao saneamento básico é muito lento, o que significa que seus habitantes não alcançarão a cobertura universal em 2030.

Das 4,5 bilhões de pessoas que não possuem saneamento gerenciado de forma segura, 2,3 bilhões ainda não têm serviços básicos de saneamento. Isso inclui 600 milhões de pessoas que compartilham um banheiro ou latrina com outras famílias e 892 milhões de pessoas – principalmente em áreas rurais – que defecam ao ar livre. Devido ao crescimento populacional, a defecação ao ar livre está aumentando na África subsaariana e na Oceania.

Uma boa higiene é uma das formas mais simples e eficazes para evitar a propagação de uma doença. Pela primeira vez, os ODS estão monitorando a porcentagem de pessoas que têm instalações para lavar as mãos em casa, com água e sabão. De acordo com o novo relatório, o acesso à água e ao sabão para a lavagem das mãos varia imensamente nos 70 países com dados disponíveis – de 15% da população na África subsaariana a 76% no oeste da Ásia Ocidental e na África do Norte.

Entre as principais conclusões do relatório estão:

• Muitos países carecem de dados sobre a qualidade dos serviços de água e saneamento. O relatório inclui estimativas para 96 países sobre água potável administrada de forma segura e 84 países em saneamento gerenciado de forma segura.
• Nos países que enfrentam conflitos ou distúrbios, as crianças têm quatro vezes menos probabilidades de usar serviços básicos de água e são duas vezes menos propensas a usar os serviços básicos de saneamento do que crianças em outros países.
• Existem grandes lacunas no serviço entre áreas urbanas e rurais. Duas em cada três pessoas com água potável gerenciada com segurança e três em cada cinco pessoas com serviços de saneamento gerenciados de forma segura vivem em áreas urbanas. Das 161 milhões de pessoas que utilizam águas superficiais não tratadas (de lagos, rios ou canais de irrigação), 150 milhões vivem em zonas rurais.

Sobre o Programa Conjunto de Monitoramento

O Programa de Monitoramento Conjunto da OMS e UNICEF para água e saneamento é o mecanismo oficial das Nações Unidas para supervisionar o progresso alcançado em países, regiões e mundo, especialmente as metas dos ODS relacionadas ao acesso universal e equitativo à água potável e saneamento.

Graças às pesquisas domiciliares realizadas globalmente, a análise do JMP tem contribuído para o estabelecimento de conexões entre o acesso a instalações de saneamento e melhores fontes de água e qualidade de vida. Além disso, serve como uma referência autorizada a fazer determinações sobre novas políticas e alocação de recursos, especialmente em nível internacional.


Fonte: https://nacoesunidas.org

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Eu sou Amazônia: novo Google Earth lança primeiras histórias do Brasil

As 11 histórias trazem uma experiência detalhada sobre a Amazônia, contemplando desafios e ameaças a esse ecossistema e, por consequência, de todo o planeta

Foto: Divulgação/Eu Sou Amazônia


Todos estão ligados à Amazônia - seja pelo ar que se respira, pela água que irriga os alimentos, os ingredientes usados na medicina ou as alterações climáticas. Recentemente, o novo Google Earth lançou globalmente 11 histórias interativas que abordam diferentes aspectos da região amazônica, onde vivem 25 milhões de pessoas e oferece uma vasta diversidade cultural.

Cada história do projeto Eu sou Amazônia captura a complexidade da floresta que produz 20% do oxigênio do planeta e abriga uma em cada 10 espécies de animais. É possível conhecer a cadeia de produção de iguarias da floresta, como a castanha-do-pará e o açaí (nas prateleiras de supermercados de todo o mundo), ou descobrir como comunidades, que antes dependiam da extração ilegal, agora se reestruturaram com esforços sustentáveis.

A nova experiência mostra o cotidiano dos quilombolas, conta como a educação e a cultura reergueram diferentes povos e o papel da tecnologia na Amazônia, ampliando essas vozes para o mundo todo e abrindo a possibilidade para que qualquer pessoa, de qualquer lugar, possa se informar e aprender mais sobre a maior floresta tropical.

As 11 histórias trazem uma experiência detalhada sobre a Amazônia, contemplando desafios e ameaças a esse ecossistema e, por consequência, de todo o planeta - algumas delas foram produzidas por Fernando Meirelles, um dos maiores diretores do Brasil. Na seção Viajante, os povos da Amazônia compartilham suas vivências em um formato rico e interativo. É uma jornada profunda contada por meio de vídeo, mapas, áudio e realidade virtual em 360°, disponível hoje para desktops e dispositivos móveis em g.co/EuSouAmazonia.


Eu sou Amazônia: uma experiência interativa entre as pessoas e a floresta

Eu sou Água: O volume de água que a floresta amazônica joga no ar percorre milhares de quilômetros, fazendo chover em toda área centro sul da América Latina. Entenda o processo de formação das chuvas que abastecem os reservatórios e irrigam as fazendas que produzem boa parte do alimento do mundo.

Eu sou Mudança: Após 40 anos de destruição desenfreada, Paragominas, no Pará, foi o primeiro município a adotar ações concretas para o controle do desmatamento e, hoje, trabalha para tornar-se a primeira cidade verde da região. Esta é a história da transformação de Paragominas.

Eu sou Alimento: A história dos produtos da floresta que alimentam não só os povos que vivem na região, mas também pessoas ao redor de todo o mundo. Fortalecer a cadeia de produtos alimentícios da Amazônia é uma das maneiras mais eficazes de manter a floresta em pé.

Eu sou Raiz: Há cem anos, a cultura dos Yawanawá quase se perdeu. Nos anos 1980, sua história mudou e a demarcação de seu território foi o primeiro passo. Esta é a história do povo Yawanawá e seus exemplos de empoderamento feminino e economia sustentável.

Eu sou Inovação: Os Paiter Suruí são formados por aproximadamente 1,5 mil integrantes que protegem 248.147 hectares de floresta entre Rondônia e Mato Grosso. Seu povo quase foi dizimado, mas encontrou na liderança de Chefe Almir Suruí o caminho para se fortalecer.

Eu sou Liberdade: A Amazônia brasileira é o lar de muitos quilombolas, descendentes de africanos escravizados. No Pará, fugindo da escravidão, eles estabeleceram suas comunidades e lutaram pelos seus direitos territoriais.

Eu sou Resistência: Os Tembé possuem uma história de resistência de 40 anos pelo direito à sua terra. Hoje, eles usam novas tecnologias para realizar a gestão e proteção do seu território, e garantir o futuro das próximas gerações.

Eu sou Resiliência: O desmatamento, o uso de agrotóxicos e as mudanças climáticas estão ameaçando os povos indígenas e as florestas do Xingu, a primeira grande terra indígena reconhecida no Brasil e, hoje, lar de 16 etnias.

Eu sou Aventura: Os Yanomami estão se preparando para levar turistas ao Pico da Neblina, em uma trilha de 36 km de caminhada pela floresta e que apresenta elevação que vai de 95 metros à 2.995 metros de altitude.

Eu sou Conhecimento: O povo Cinta Larga vive na Amazônia brasileira em um território demarcado de 2,7 milhões de hectares. Hoje, eles avançam na proteção de seu território por meio de seus projetos de educação.


Terras Indígenas: As Terras Indígenas representam cerca de 13,8% do território nacional e são essenciais para a sobrevivência dos povos e da conservação ambiental em todos os biomas brasileiros.


Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org

Migrações internas e desenvolvimento regional no Meio Norte brasileiro

Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional


Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional [RBDR], de periodicidade quadrimestral, passou a ser editada a partir do outono de 2013 pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional [PPGDR], da Universidade Regional de Blumenau [FURB]. 


Confira um dos artigos:


Migrações internas e desenvolvimento regional no Meio Norte brasileiro
Edgar Oliveira Santos, Edney Loiola, Sônia Oliveira Santos

Resumo

O desenvolvimento regional na sub-região do Meio Norte brasileiro é abordado neste artigo seguindo os caminhos orientados pelos fluxos migratórios, indutores da formação histórica desse espaço. As discussões conduzidas nessa trajetória evidenciam as relações construídas para a estruturação de um sistema de produção, que caracterizou a estrutura e superestrutura norteadora do desenvolvimento dessa região. Desse modo busca-se explicar como os fluxos migratórios promoveram o desenvolvimento regional do Meio Norte brasileiro. O método do materialismo histórico, utilizado neste estudo, viabiliza o entendimento dos desdobramentos, desde a ocupação do espaço pelo migrante até este século. Aliado ao método referido coletaram-se dados censitários que complementam o esforço de compreensão, propiciada por meio dos resultados obtidos, tipificando as formas e o modelo de desenvolvimento alcançado..

Código JEL | N96; O15; R23.


Palavras-chave

Desenvolvimento regional; Meio Norte; migração; sub-região

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terça-feira, 11 de julho de 2017

Ministério da Saúde amplia atendimento a crianças com cardiopatia congênita

Meta é ampliar em 70% o atendimento de crianças com cardiopatia congênita no SUS Rovena Rosa/Agência Brasil

O Ministério da Saúde editou hoje (11) portaria para ampliar o atendimento de crianças com cardiopatia congênita no Sistema Único de Saúde (SUS). O Plano Nacional de Assistência à Criança com Cardiopatia Congênita integra ações para o acesso ao diagnóstico, ao tratamento e à reabilitação de crianças com a doença.

A meta inicial é ampliar em 30% o número de cirurgias feitas na rede pública de saúde com investimento de R$ 91,5 milhões já neste ano, o que representa aumento de 75,2% do orçamento anual destinado às cirurgias cardíacas pediátricas, cujo custo estava em torno de R$ 52,2 milhões.

Com isso, serão possíveis mais 49 procedimentos da tabela SUS relacionados a esse tipo de tratamento. Segundo o Ministério, a meta é realizar 3.400 procedimentos hospitalares a mais por ano, passando de 9,2 mil para 12,6 mil neste ano. Com o aumento de 30% do atendimento, o SUS terá capacidade de tratar todas as crianças com cardiopatia congênita que precisam de intervenção no primeiro ano de vida.

A cardiopatia congênita é a terceira maior causa de morte de bebês antes de completar 30 dias, correspondendo a cerca de 10% das causas dos óbitos infantis e a 20% a 40% das mortes decorrentes de malformações. Estima-se que nasçam cerca de 30 mil crianças cardiopatas todos os anos no Brasil. A doença pode ser diagnosticada durante o pré-natal ou no período neonatal.

“Este é um pleito de muitos anos e é uma absoluta necessidade que nós só podemos atender porque fizemos uma gestão austera, economizamos R$ 3,5 bilhões nesse período de gestão. Com isso, estamos podendo atender a várias demandas, porque toda essa economia é para ampliar o acesso e o financiamento do SUS”, disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros, após a cerimônia no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Incor). O Incor é um dos parceiros na elaboração do projeto, junto com o Instituto Nacional de Cardiologia (INC) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV).

De acordo com Barros, a forma de financiamento será alterada. Atualmente o repasse é feito por meio do Teto da Média e Alta Complexidade. A partir de agora, o Fundo de Ações Estratégicas e Compensação será responsável pelo custeio, o que garantirá o pagamento pós-produção de todos os procedimentos realizados. Com isso, os 69 hospitais atualmente habilitados no SUS para esse tipo de atendimento ficarão sob o monitoramento da sua produção em cirurgia cardiovascular.

Além disso, o desempenho de tais hospitais será conjuntamente avaliado pelo Ministério da Saúde, pelo Instituto do Coração de São Paulo (Incor) e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular. Os resultados da avaliação orientarão as medidas a serem tomadas quanto à manutenção, suspensão ou ampliação das habilitações.

“A diferença é que um plano que paga por procedimento, exige contrapartida do serviço, que tem que produzir para receber e que está sendo monitorado. Quem não cumprir a meta não receberá mais os recursos e poderemos, a partir daí, ter certeza da produção dos serviços. Hoje temos metade dos serviços credenciados para as cirurgias pediátricas que não produzem o que está cadastrado, mas recebem o recurso. Então, mudamos o modelo e isso vai ser um avanço importante”, ressaltou Barros.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Diferença salarial entre homens e mulheres persiste também em Blumenau

Dados locais do Ministério do Trabalho confirmam levantamento do IBGE divulgado semana passada que apontou defasagem de 23,6% entre os gêneros


Pergunte a alguém na rua se existe igualdade entre homens e mulheres e você terá respostas divididas. Ao olhar os holerites que eles e elas recebem no mercado de trabalho, praticamente não sobra margem para dúvidas. Um levantamento do IBGE com base em dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre) divulgado no início do mês aponta que os homens receberam 23,6% a mais do que as mulheres em 2015. Os salários médios foram de R$ 2.708,22 para eles e de R$ 2.191,59 para elas. Em Santa Catarina, a diferença é ainda maior, de 29,1% – vencimento médio de R$ 2.904,7 para os trabalhadores e de apenas R$ 2.248,8 para as trabalhadoras.

O estudo não traz dados sobre diferença salarial em Blumenau, mas informações do Ministério do Trabalho compiladas pelo Sistema de Informações Gerenciais de Apoio à Decisão (Sigad) mostram que a discrepância entre o que recebem homens e mulheres na cidade acompanha a desigualdade do restante do país, com defasagem de 24,9% no ano de 2015.

Trabalhadores do sexo masculino recebiam naquele ano em médiaR$ 2.575,50, enquanto o gênero feminino ganhava em média R$ 2.062,30. A construção civil, em que elas costumam ser engenheiras ou técnicas, é o único setor onde mulheres conseguem ganhar mais que os homens em Blumenau. Por outro lado, indústria extrativa, de transformação e setor de eletricidade, gás e água são onde estão os maiores abismos salariais.

Mas o que explica o fato de elas ainda ganharem menos do que eles? Para o economista e professor da Furb e coordenador do Sigad, Nazareno Schmoeller, a raiz do problema está numa questão antiga que ainda não mudou. A mulher entrou mais tarde no mercado formal de trabalho, com o intuito de ajudar no orçamento e, inicialmente, o conceito era de que não precisaria ganhar o mesmo que os maridos.

– Por algum tempo isso persistiu. Só que as mulheres não ficaram paradas, foram se emancipando e se qualificando até mais do que os homens. Mesmo assim, o salário delas não acompanhou isso – avalia, pontuando que a maior parte dos cargos de chefia é ocupada por homens e que, neste flanco, as diferenças de remuneração são ainda mais gritantes.

Como caminhar para mudanças
A questão cultural e a resistência do mercado em aderir às mudanças pleiteadas por movimentos em defesa das mulheres são as principais razões dessa defasagem salarial ainda persistir. A professora de Psicologia do Trabalho da Furb, Catarina Gewehr, sustenta que mesmo em empresas que pagam salários iguais é comum que quando surge um trabalho extra ele recaia sobre a mulher, por ser considerada mais sensível, paciente ou compreensiva.

– Nos acostumamos a fazer desse jeito e mudar é dispendioso, exige lembrar o tempo todo que todos são iguais. Um jeito seguro de mudar isso são as leis. Nas contratações por concurso público, por exemplo, os salários e condições de trabalho são os mesmos para homens ou mulheres – pontua.

Como mudar este quadro? Para Catarina, o caminho está em novos processos, em outra cultura gerencial e no treinamento dos supervisores que chefiam as equipes. O maior acesso à informação para os trabalhadores, que quando possuem mais formação conseguem evitar empresas que remuneram de forma desigual homens e mulheres, é outro possível aliado para a transformação. Algo que já está em movimento – de 2005 a 2015, a diferença passou de 36,6% para 24,9% entre todos os trabalhadores. Mas ainda distante da igualdade almejada.

Blumenau tem 14,7 mil mulheres com curso superior
Mulheres ganham menos porque ocupam cargos mais baixos ou porque produzem menos. Esses argumentos são comuns em discussões de redes sociais, sobretudo entre grupos partidários dedicados à defesa apaixonada do neoliberalismo. Para o economista e professor da Furb Nazareno Schmoeller, os números desmentem quem vincula a defasagem salarial à formação ou à produtividade.

Isso porque a formação delas é superior a dos homens no mercado atual. Dados do Ministério do Trabalho cruzados pelo Sigad mostram que em Blumenau há 14,7 mil mulheres com curso superior completo contra 11,3 mil homens na mesma condição. Os homens só passam a ser maioria entre o ensino fundamental e médio. Surpreendentemente, os salários das mulheres são ainda menores em comparação com os dos homens quando destacados apenas os trabalhadores com formação universitária.

Em 2015, o salário médio do homem formado em Blumenau era de R$ 5.457, contra R$ 3.738 das mulheres com a mesma formação, uma diferença de 46%. O índice é menor do que a defasagem de 55,3% registrada em 2010, mas está longe de ser algo a ser comemorado. Afinal, segundo Schmoeller, no ritmo atual seriam necessários mais 29 anos para equiparar os salários de homens e mulheres com curso superior na cidade.

– Elas conquistaram espaço, mas não a mesma valorização do homem no mercado de trabalho. Tem evoluído, mas muito lentamente. Tenho a impressão de que somos ainda uma sociedade machista. E não há nenhuma razão para nós não permitirmos o avanço da participação das mulheres – defende.