quinta-feira, 31 de agosto de 2017

48% das mães ficam desempregadas no primeiro ano após o parto


A volta ao trabalho depois da licença maternidade foi bem planejada por Ariane Whitaker, 35, mas o que encontrou lá foi bem diferente do esperado. "Minha mesa não estava pronta, a senha do meu computador não entrava. Até que uma colega me avisou que meu diretor e o presidente da empresa estavam me esperando. Sem explicações, fui demitida”.

Relatos como o de Ariane não são exceção, muito pelo contrário. Segundo a pesquisa "Licença maternidade e suas consequências no mercado de trabalho do Brasil" da FGV divulgada, 48% das mães saem de seus trabalhos nos primeiros 12 meses após ter seus filhos. O levantamento foi feito com 247.455 mulheres entre 2009 e 2012 e constatou também que quanto menor a escolaridade da mulher, maior o desemprego após a maternidade.

A estabilidade não é um direito?

A estabilidade não é um direito? O que aconteceu com Ariane não é ilegal: ela tinha emendado a licença com as férias e ficou cinco meses fora. Pela lei, a mulher tem direito a estabilidade durante toda a gestação e até cinco meses fora.

"Quando volta, tem que deixar o filho na creche, pode se atrasar. Vai precisar amamentar, levar o filho ao médico. A empresa vê isso como um problema", explica Jorgete Lemos, diretora de Diversidade da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos). Isso significa que, para o empresário, aquela mulher passa a produzir menos, então, custa mais caro.

Desigualdade começa em casa

Jorgete fala que o problema real não é esse e, sim, a desigualdade na criação dos filhos: como ainda é a mulher que assume a maior parte das tarefas, como levar o filho ao hospital, a mãe acaba faltando mais do que o pai. A desigualdade na criação dos filhos: como ainda é a mulher que assume a maior parte das tarefas, como levar o filho ao hospital, a mãe acaba faltando mais do que o pai. A desigualdade começa, portanto, dentro de casa. "E segue na cabeça do RH, que também não evolui esse pensamento”, concluiu.

Outras questões complicam a vida da mãe: creches distantes, falta de espaço para amamentação e horários rígidos, que dificultam o cuidado com os filhos, o que também leva muitas a desistirem dos empregos por não conseguir conciliar o trabalho com a maternidade.

Sem aumento por causa da licença

Erika Ribeiro, 35, trabalhava como supervisora de recursos humanos e, entre suas atribuições, estava a de tabelar as previsões de aumentos. Ela sabia que toda sua área receberia um aumento, inclusive ela, quando descobriu que estava grávida. "Contei ao meu chefe e, naquele mês, foram processados os aumentos. De todo mundo, menos o meu, que não veio”.

Ela chegou a falar o chefe sobre isso, e ele justificou que, como ela logo sairia de licença, não compensava dar o aumento.

Veja os indicadores de trabalho e valorização da mulher no Portal Empoderamento das mulheres

Chefe sugeriu que ela mesma contratasse uma substituta

Já para Renata Amaral, 37, a situação foi um pouco mais complicada. Trabalhando como "freela fixo" --o equivalente a um terceirizado-- em uma grande empresa de comunicação, ela atuava exatamente como as pessoas oficialmente contratadas.

No sétimo mês da gestação, foi informada de que a empresa não teria como pagar sua licença e recebeu uma sugestão: eles continuariam a pagar seu salário, desde que ela contratasse alguém para cobrir seu tempo fora. Ela poderia pagar menos para essa pessoa e ficar com uma parte do meu salário. “Fiquei chocada”.

Empresa pensa no prejuízo imediato

Jorgete Lemos explica que as empresas enxergam a licença da gestante também como um custo, já que uma pessoa vai precisar ser contratada e treinada para substitui-la. "Esse é um problema de visão. É preciso um olhar de valorização da profissional. Se ela é boa, importante para a empresa, o olhar deveria ser de querer manter a profissional. Mas acontece que a maioria das mulheres não é respeita nem valorizada”.

Por isso a defesa da licença paternidade encontra tanto apoio. Além de permitir que o pai seja parte mais ativa na criação e cuidado do filho, ela diminui esse olhar empresarial da mulher que tem filhos como um custo.

"Mas quem fica com seus filhos?”

A professora Carolina Pedrosa, 33, estava discutindo a pensão com seu ex-marido há alguns anos, quando estava desempregada, e ele alegou que o pagamento não fazia sentido, já que os dois tinham a mesma formação e capacidade profissional.

"Daí eu perguntei para ele: 'Quantas vezes te perguntaram com quem você deixa seu filho, em entrevistas de emprego?'. E ele disse que nunca, porque isso não tinha a ver com a habilidade profissional dele, oras. Pois bem, em as entrevistas me faziam essa pergunta", conta ela. Depois dessa conversa, ele topou pagar a pensão.

A existência de filhos, quem cuida deles e também os planos de ter filhos são questões comumente feitas em entrevistas de empregos às mulheres. Erika fala que, com frequência, recebia a orientação, quando trabalhava com RH, de "não pegar mulher recém-casada, por ter grandes chances de engravidar". Para Jorgete, isso vai mudar à medida que as empresas passarem a ter o olhar de que o filho é uma responsabilidade do homem também.

       
Fonte: http://www.portalodm.com.br

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Você Sabia?! Estimativa populacional de 2017


De acordo com as estimativas populacionais para os municípios e para as Unidades da Federação brasileiros com data de referência em 1º de julho de 2017, elaboradas pelo IBGE e publicadas hoje (30 de agosto) no Diário Oficial da União, a população de Santa Catarina chegou a 7.001.161 habitantes, o que representa um crescimento de 1,3% em relação ao ano de 2016, no qual a estimativa da população catarinense foi de 6.910.553. Entre os estados, Santa Catarina tem a décima maior população. 

Em relação aos municípios de Santa Catarina, na Tabela 1 são listados os dez maiores em termos de população e seus respectivos crescimentos percentuais em relação a 2016.



Já os dez municípios de Santa Catarina com maior crescimento percentual em relação ao ano passado são listados na Tabela 2.



Blumenau

Como observa-se na Tabela 1, Blumenau continua sendo o terceiro mais populoso município de Santa Catarina, tendo 348.513 habitantes, 4.798 (1,4%) a mais do que em 2016, quando eram 343.715. Considerando uma taxa anual de crescimento de 1,45% (aproximadamente a média dos últimos quatro anos), Blumenau atingirá 400 mil habitantes em 10 anos, isto é, em 2027. Seguindo o mesmo cálculo, serão 500 mil blumenauenses daqui a 26 anos, ou seja, em 2043. A Tabela 3 mostra a projeção da população de ano em ano para os próximos trinta anos.




A projeção da população nos permite também estimar a densidade demográfica (relação entre população e a superfície do território) de Blumenau para os próximos anos. Com uma área territorial de 518,497 km², a densidade demográfica de Blumenau chegou a 672 habitantes por km² em 2017. Com base no cálculo acima, como também mostra a Tabela 3, estima-se que Blumenau atingirá mais de mil hab/km² em 2045.  



Fonte: Elaboração projeto SIGAD/FURB (furb.br/sigad).


Campanha estimula separação do lixo em condomínios

65% do lixo seco é tratado por catadores
Com o título “Separe. Não pare”, 23 associações pretendem estimular educação ambiental e melhorar qualidade de trabalho para catadores

Entidade que reúne 23 associações de empresas de embalagens, a Coalizão assinou com o governo federal um acordo setorial, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente). A intenção é engajar a população brasileira a separar o lixo orgânico do seco, que pode ser reciclado.

"Separe. Não Pare" estimula o descarte consciente do lixo doméstico. De acordo coma Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, metade desses rejeitos é descartado sem qualquer tratamento. Sem o tratamento adequado, há um prejuízo de R$ 8 bilhões, já que se deixa de gerar renda com maior valor agregado aos reciclados.

A ideia é levar a educação ambiental, sobretudo pelas redes sociais, à população na separação dos resíduos, a partir de medidas práticas que podem ser adotadas sobretudo em condomínios e comunidades. Colocar em recipientes diferentes o lixo orgânico e o seco já facilita o trabalho de quem é responsável por transformar esse material.

"O principal objetivo é engajar a população a separar o lixo e dar uma destinação adequada. A ideia é que essa mudança de atitude é o primeiro elo para assegurar que os produtos vão ter a logística reversa", destacou o presidente do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), Victor Bicca.

Orgânico x Seco

O site da campanha traz orientações sobre o tratamento que deve ser dado em casa ao lixo urbano. Uma distinção básica para saber em que lata colocar os resíduos é avaliar a perenidade dos produtos.

Se ficam estragados rapidamente, vão para o depósito de orgânicos, como restos de comida; se têm certa durabilidade e não possuem origem biológica, vão para o lixo seco, depois de limpos. 

Diariamente, no País, são geradas 180 mil toneladas de lixo por dia nas cidades. Em média, 55% desse volume são resíduos orgânicos. O que sobra é o lixo seco, que pode ser reciclado. De acordo com o Cempre, 65% desse total chega às cooperativas de catadores para ser tratado. Mas esse percentual poderia ser maior se o lixo fosse separado na fonte.

Logística

"Absorver a mensagem da sustentabilidade. Qualquer processo educativo é longo, de qualquer forma a população precisa se apropriar, pois a segregação na origem, ou seja, separar antes de jogar fora, é o mais importante", explica a Diretora de qualidade ambiental e gestão de resíduos do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Veloso.

A campanha se debruça sobre mecanismos de logística reversa: nesse modelo, os resíduos reciclados pelos catadores retornam às empresas como matéria-prima das embalagens, para que sejam reaproveitados na cadeia produtiva.

As ações da campanha começaram a ser implantadas em condomínios em São Paulo, onde serão distribuídos adesivos que devem ser aplicados em lixeiras, para indicar o local correto do descarte do lixo. Segundo Victor Bicca, a medida deve ser ampliada para outras capitais no ano que vem.

Com a adoção dessas medidas, a Coalizão pretende diminuir em até 22% a quantidade de embalagens que são destinadas aos aterros sanitários, até o ano que vem. Além disso, as associações também assumem o compromisso da responsabilidade compartilhada, ao se comprometerem a elevar a produção de embalagens de materiais que podem ser reciclados.


Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério do Meio Ambiente e IBGE

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Uso de narguilés propicia doenças infecciosas e câncer


Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) aponta que 212 mil brasileiros usavam o narguilé; equipamento é utilizado principalmente por jovens entre 18 e 29 anos

Apesar de parecer menos agressivo do que o cigarro à primeira vista, o uso de narguilés pode acarretar problemas graves. De acordo com o Ministério da Saúde, o fumo do narguilé pode provocar câncer de pulmão, boca e bexiga, estreitamento das artérias e doenças respiratórias.

Uma hora de uso do narguilé equivale a tragar cem cigarros, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). O equipamento chega a durar em média de 20 a 80 minutos e é utilizado sobretudo por jovens entre 18 e 29 anos, que correspondem a 63%. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) aponta que, em 2015, 212 mil brasileiros usavam o narguilé.

Uma das explicações levantadas pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para essa popularização é que o cachimbo é compartilhado entre várias pessoas, por isso o consumo acontece principalmente em ocasiões de convívio social.

Essa prática também representa um risco de infecções aos usuários, já que todos usam o mesmo bucal, como herpes, hepatite C e tuberculose.

Como é derivado do tabaco, contém nicotina e 4.700 substâncias tóxicas também encontradas no cigarro convencional. Depois de uma sessão de 45 minutos de narguilé, a concentração de nicotina, monóxido de carbono e os batimentos cardíacos aumentam, assim como há a maior exposição a metais pesados, altamente tóxicos e difíceis de serem eliminados, como o cádmio.

Esses fatores podem provocar a intoxicação dos fumantes e reduz a oxigenação do cérebro. Desse modo, a coordenação motora dos usuários fica comprometida, além de provocar tonturas, fadiga e sonolência, e eleva o risco de acidentes de trânsito, por exemplo.

No narguilé, o tabaco, ao qual são acrescentados aromatizantes, é aquecido, e a fumaça passa por um filtro de água antes de ser aspirada por uma mangueira. Mas isso não reduz os efeitos nocivos do objeto, uma vez que apenas 5% da nicotina é absorvida pela água nesse processo.

Assim, o uso pode levar ao aparecimento de doenças cardíacas e respiratórias, além de também desencadear a dependência. 

O câncer de pulmão é o mais letal no País, também associado ao uso de narguilés. Em 2015, foram registrados mais de 27 mil novos casos da doença.


Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde e Inca

Enchentes no Vale: FURB e IFC registram patente conjunta


A FURB e o Instituto Federal Catarinense (IFC) tem trabalhado em parceria numa patente que visa diagnosticar com precisão e rapidez os eventos de enchentes na região do Vale do Itajaí.

Os professores/pesquisadores do IFC, Eduardo Werneck, e da Furb, Marco Mattedi e Leandro Ludwig, estiveram na Reitoria do IFC na manhã de sexta-feira (25/08/2017) em reunião com o reitor em exercício e pró-reitor de Extensão, Fernando Garbuio, para apresentar os encaminhamentos da Cooperação Técnica entre as instituições que envolveu a expertise do IFC em drones e a expertise da FURB com desastres naturais, que resultou na proposta de monitoramento em tempo real de enchentes.

Segundo Werneck esse é o primeiro registro de patente solicitado diante da parceria IFC/FURB. “O pedido de registro de patente foi enviado ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) em julho de 2017 e, a partir disso, as instituições têm até 10 anos exclusividade em explorar esse projeto”. 

Para Mattedi, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da FURB, essa parceria representa a união de esforços em busca de alternativas para problemas sociais. “Existe aqui uma troca de conhecimento, expertises, tecnologias que, ao serem integradas, resultam em um serviço ou um produto que vai beneficiar a população. Estamos, desta forma, introduzindo na sociedade novas tecnologias”, salienta.

Leandro explica como o projeto, que está no campo das ideias, pretende ser disponibilizado à comunidade regional. “O projeto contará com um drone de asa fixa, com sensores, que fará voos em áreas de enchente antes, durante e depois do fenômeno. Nesses voos o drone vai capturar imagens em modelo 3D que serão transmitidos, em tempo real, para um software. Assim, os técnicos poderão sobrepor os modelos tridimensionais e identificar o impacto da enchente”, explica ele.

O modelo, que está em fase embrionária, promete trazer uma leitura de cenário mais precisa e confiável sobre as enchentes. “Esse tipo de ação é um ganha-ganha, uma vez que ganham as instituições e ganha a sociedade em três níveis: economia de recursos, aceleração no processo e justificativa da existência desses espaços”, reforça o professor Mattedi.

Conforme reforça Garbuio, projetos e patentes como a que surge da parceria IFC/Furb reforça o papel das instituições em aplicar o recurso público em ações de retorno para a sociedade. “Estamos aqui para ajudar no desenvolvimento regional e a patente vem nesse sentido, ao olhar para o problema social e propor uma solução”.

Além do retorno social, a patente pode ser vista como uma especialidade da instituição. “As patentes materializam o conhecimento das instituições de ensino em algo que pode ser aplicado à sociedade. Também, é o portfólio da instituição para demarcar o seu território em uma área de conhecimento. Por meio delas, é possível que a instituição se retrofinancie ao receber royalties de patentes que virem a ser comercializada/usada”, finaliza Eduardo.


Fonte: http://www.furb.br

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Projeto: Vozes e Saberes Indígenas: tempos, espaços e lugares interculturais na diversidade da Educação Básica

Projeto Vozes e Saberes: integrantes do GPEAD (Grupo de Pesquisa Ethos, Alteridade e Desenvolvimento): Lilian Blanck de Oliveira, Georgia Carneiro Fontoura, Karla Lucia Bento, Simone Riske Koch, Jonathan Dias e Marlon Miranda.




Resumo:

Este projeto de extensão tem como foco a implementação da Lei nº 11.645/2008, que alterou LDBEN nº 9.394/96, já modificada pela Lei nº 10.639/2003 e legisla a obrigatoriedade da inclusão da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no currículo oficial da rede de ensino. No âmbito deste projeto as ações estão voltadas às questões relacionadas à cultura e história dos Povos Indígenas, em especial do Povo Indígena Laklãnõ Xokleng que habita a Terra Indígena Ibirama Lã Klanô (TIILK) de SC. O objetivo geral é promover encontros episte(me)todológicos de caráter intercultural entre educadores, educandos, comunidade escolar EIEF Vanhecú Patté da TIILK e escolas públicas da Educação Básica de Blumenau. Para tanto o projeto prevê o desenvolvimento de estudos, pesquisas e ações que identifiquem e construam diferentes tempos, espaços e lugares curriculares, fomentando e encaminhando práticas pedagógico-didáticas comprometidas com os reclames e ditames da Lei 11.645/08 e documentos curriculares da Educação Básica brasileira.A metodologia utilizada se constitui de um diagnóstico inicial com educandos, educadores e gestores das escolas indicadas envolvendo presenças e/ou ausências em documentos curriculares, materiais didáticos e vivências pedagógicas relativas à história e cultura dos Povos Indígenas. A partir destes dados foram definidas ações em desenvolvimento com cada realidade escolar como: formação com educandos, educadores e comunidade escolar; grupos de estudo; rodas de conversa e oficinas sobre a temática na vida escolar e social da região e país. No âmbito do projeto também estão sendo promovidos encontros, palestras e seminários envolvendo escolas e FURB, assim como a produção de artigos, material pedagógico e/ou paradidático vinculados à história e cultura das populações indígenas na perspectiva da democracia, cidadania e desenvolvimento regional. O desenvolvimento deste projeto contribui para aproximar, identificar, visibilizar e ressignificar olhares, leituras e práticas na Educação Básica e no Ensino Superior, voltadas à promoção dos temas transversais, em particular aos relacionados à história e cultura indígena, conforme Lei 11.645/08. As ações em desenvolvimento se percebem relevantes para todos os sujeitos envolvidos no projeto. Para a população indígena Laklãnõ Xokleng na conquista de tempos, espaços e lugares para o tema; para as escolas, seus/suas professores/as, estudantes, equipe gestora e familiares na ampliação do conhecimento histórico e cultural relativo à diversidade étnica do Vale do Itajaí e para os extensionistas enquanto um exercício de formação e aprimoramento episte(me)todológico.



Organizações científico-tecnológicas, cidades intermédias e desafios para a inovação regional: estudo de uma experiência latino-americana

Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional

A  Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional [RBDR], de periodicidade quadrimestral, passou a ser editada a partir do outono de 2013 pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional [PPGDR], da Universidade Regional de Blumenau [FURB].


Confira um dos artigos:



Organizações científico-tecnológicas, cidades intermédias e desafios para a inovação regional: estudo de uma experiência latino-americana
Carolina Pasciaroni, Silvia Gorenstein, Andrea Barbero

Resumo

Os novos paradigmas tecnológicos apresentam possibilidades e caminhos de desenvolvimento de países periféricos e suas realidades urbano-regionais. Neste cenário surgem novos debates em torno das organizações de conhecimento (universidades, centros tecnológicos etc.) e, de forma mais geral, das potencialidades e limitações do sistema de inovação em suas diversas escalas, para que sejam desencadeados mecanismos virtuosos associados à configuração de redes de conhecimento e aprendizagem. O estudo proposto adota a metodologia de estudo de caso, com o objetivo de analisar a trajetória do complexo científico e tecnológico de uma cidade intermédia da Argentina. A partir da análise de dois períodos distintos, é possível identificar a influência de fatores próprios de contextos periféricos sobre o papel exercido por organizações de conhecimento nas dinâmicas de inovação regional.

Código JEL | O18; P16; R21.


Palavras-chave

Cidades intermédias; desenvolvimento regional; interação universidade-empresa; organizações de conhecimento.

Texto completo:





quinta-feira, 24 de agosto de 2017

ODS são tema da Virada Sustentável de São Paulo

Foto: Virada Sustentável - SP

A sétima edição da Virada Sustentável em São Paulo, que começa hoje e dura até o próximo dia 27 de agosto, tem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como tema central do evento, por meio de uma parceria com o PNUD. Ao longo dos quatro dias, serão mais de 500 atividades, espalhadas por mais de 100 pontos da capital paulista. A expectativa é de que mais de um milhão de pessoas participe da Virada. Na programação, exposições, shows, palestras e atividades que discutirão o desenvolvimento sustentável.

No Parque Ibirapuera, o “Circuito de Instalações” apresentará trabalhos de 17 artistas brasileiros e estrangeiros, tendo como tema os 17 ODS. As obras, que ficarão no parque até o dia 24 de setembro, reúnem nomes como Kadu Pifo, Paula Pim, Vitche, Jaime Prades, João Lelo, Magoo Felix, entre outros.

“A Virada Sustentável sempre defendeu uma visão integrada de sustentabilidade, que engloba, mas não se restringe, aos temas ambientais. Os ODS são hoje a agenda global mais representativa dessa visão, para a construção de um planeta mais justo até 2030. E ações locais colaboram diretamente com esse propósito. Por isso, a parceria com o PNUD é fundamental para avançarmos nesse debate”, diz o diretor-executivo do Instituto Virada Sustentável, André Palhano.

Na opinião do assessor sênior do PNUD, Haroldo Machado Filho, a Virada Sustentável promove a discussão dos ODS de forma prática, com diferentes segmentos da sociedade.“Só teremos o alcance da Agenda 2030 com ações coordenadas que dialoguem diretamente com as necessidades locais. A Virada Sustentável, que reúne representantes da sociedade civil, governos, setor privado, academia e mídia, é uma grande aliada para discutirmos com a sociedade, de forma prática e direta, quais as reais necessidades para erradicarmos a probreza, promovermos o crescimento econômico e garantirmos a sustentabilidade do planeta”, afirmou.

Sobre a Virada

A Virada Sustentável é o maior festival de mobilização e educação para a sustentabilidade do Brasil. Envolve cocriação, articulação e participação direta de organizações da sociedade civil, órgãos públicos, escolas e universidades, empresas, coletivos e movimentos sociais. Teve sua primeira edição realizada em 2011, em São Paulo, e desde então vem ampliando seu escopo de atuação, promovendo edições em cidades como Sinop, Manaus, Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Em agosto de 2016, a sexta edição da Virada Sustentável na capital paulista reuniu cerca de 1,2 milhão de pessoas em mais de 800 atividades e atrações gratuitas espalhadas por mais de 130 lugares da cidade.

No mês de junho deste ano, o PNUD assinou um Memorando de Entendimento com o Instituto Virada Sustentável. Na parceria, estão previstas atividades para mobilização e disseminação da Agenda 2030 e dos ODS. O objetivo é promover a ação social colaborativa com diferentes setores da sociedade para garantir o alcance do desenvolvimento sustentável no país.

Para conferir a programação completa da Virada, acesse aqui.


Fonte: http://www.br.undp.org

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Uso de bases de dados socioeconômicos, Oficina SIGAD/FURB

                        

Aconteceu ontem, 22/08/2017, a oficina "Uso de bases de dados socioeconômicos" na Semana Acadêmica de Ciências Sociais, com o objetivo de introduzir a pesquisa e uso de bases de dados socioeconômicos oficias (IBGE, Datasus, etc)  para profissionais e estudantes de diversas áreas de atuação como das ciências sociais, Economia e área afins. 

A oficina foi coordenada pelos alunos do projeto de extensão SIGAD - Sistemas de Informações   Gerenciais de Apoio à Decisão, com apoio do professor Dr. Maiko Rafael Spiess.

Foram apresentadas atividades do projeto de extensão e como realizar pesquisas em diversas bases de dados. Estiveram presentes Professores, alunos da graduação, mestrandos e doutorandos.

O material da oficina esta disponível para acesso a quem se interessar em: bit.do/basesdedados e bit.do/oficinasigad  


Equipe SIGAD: Mônica Flissak, Franklin Zummach, Daniel Wandrey, Júlia Laurindo:
Bolsista do Projeto: Integração ODS Brasil. Patricia Tchembeca






Ciclo debate hoje os 100 anos da Revolução Russa



Numa promoção conjunta do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Departamento de Economia da FURB, acontece nesta quarta-feira, dia 23, o início do Ciclo de Debates sobre os 100 anos da Revolução Russa (1917), às 19 horas, na sala I-408 (Campus 1).

Serão quatro encontros até novembro. Hoje, a primeira mesa de debates terá a participação dos professores doutores Dilson Trennepohl (PPGDR/Unijuí), Leonardo Brandão (PPGDR/FURB) e Ivo Marcos Theis (PPGDR/FURB, na Coordenação).

A Revolução Russa

Em 2017 faz exatos 100 anos que ocorreu a Revolução Russa. Trata-se, até agora, de um evento único na história da humanidade, segundo o informe distribuído pelo prof. Dr. Ivo Marcos Theis:

Das inúmeras revoluções que tiveram lugar desde que se instaurara a modernidade, a Revolução Russa foi a primeira tentativa bem-sucedida de ruptura da ordem capitalista encetada pela classe social que vive do trabalho. Ela aconteceu num país periférico, a Rússia, governada por uma nobreza decadente e com sua economia dominada pelo grande capital estrangeiro”.

Passados precisos 100 anos, cabe uma reflexão sobre o processo que, passando por 1905, culminou no famoso "outubro de 2017".

O propósito ciclo é este: refletir sobre a Revolução Russa 100 anos depois: o que levou a ela, por quais importantes etapas passou, quem a organizou, como foi organizada, que importância teve o partido, que importância tiveram os chamados "sovietes", o que ela prometia, prosperidade ou democracia, o que acabou frustrando, quem se opôs a ela e como, que receptividade houve em outros países, que rumos, afinal, acabou tomando, como se desenvolveu econômica, social, política, científico-culturalmente, como foram tratadas as chamadas "minorias", e o meio ambiente...

Serão quatro encontros.

Estas e outras questões serão tratadas, sempre no Campus I da FURB, em quatro rodadas, uma ao mês, num ciclo de debates sobre os 100 anos da Revolução Russa. A primeira rodada terá lugar na noite de hoje, dia 23/08. A última, em novembro. 

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Municípios brasileiros ainda destinam seus resíduos de maneira imprópria

Foto: Ecoloop

Cerca de 3.326 municípios brasileiros destinam seus resíduos de maneira imprópria. Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, de 2015, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), são gerados anualmente um total de 79,9 milhões de toneladas de Resíduos Sólidos, sendo 72,5 milhões coletados e 7,3 milhões sem coleta. 

Do total de resíduos coletados, 30 milhões de toneladas foram levados à uma destinação não adequada, apenas 58,7% foram para aterros sanitários.

São gerados anualmente um total de 79,9 milhões de toneladas de Resíduos Sólidos, sendo 72,5 milhões coletados e 7,3 milhões sem coleta.

Em 2015, as regiões Norte e Nordeste contavam com 80% de cobertura no atendimento de coletas. Este percentual de cobertura era de 90% nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Os 450 municípios da região Norte geraram, diariamente, 15.745 toneladas de resíduos urbanos; 64,2% dos resíduos que foram coletados não tiveram destinação apropriada. Entre 2014 e 2015, observou-se no Brasil um aumento de 1,7% no total de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). Cerca de 82 milhões de toneladas de resíduos são deixados, diariamente, em unidades inadequadas. Além disso, existem também os Resíduos de Construção e Demolição que somam mais de 122 mil toneladas geradas por dia.

Em 2015, 88,8% dos brasileiros têm acesso à coleta de resíduos, de acordo com os indicadores do Portal Longevidade & Produtividade. O Maranhão teve o menor percentual de moradores com acesso a esse serviço: 57,02%. O melhor estado foi São Paulo com 99% de sua população com acesso a coleta de resíduos.

Quer saber mais sobre o acesso à coleta de resíduos no seu estado, na sua cidade? Acesse Portal Longevidade & Produtividade.

O estudo Estimativa dos Custos para Viabilizar a Universalização da Destinação Adequada de Resíduos Sólidos no Brasil, da ABRELPE, aponta que o investimento necessário para universalizar até 2031 o serviço de tratamento e destinação final adequada era de $ 11,6 bilhões em 2015. Para tal, devem ser investidos $ 15,59 bilhões/ano para custear a operação e a manutenção das construções necessárias. O estudo revela, ainda, que com o ritmo atual de investimentos a universalização está distante de ser alcançada.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), lançada desde 2010, instituiu que a responsabilidade pelo ciclo de vida do produto seja compartilhada. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a aprovação da PNRS deu qualidade e um novo rumo ao tema, apresentando como uma alternativa a eliminação e recuperação de lixões que comprometem a qualidade de vida dos habitantes do país. Vale lembrar que uma boa gestão impacta positivamente no setor social, ambiental e econômico do país. Todos ganham!

Boa Prática
Foto: Cultura Mix

Processos de coleta seletiva e reciclagem são exemplos de boas práticas. A coleta seletiva acontece de maneira informal na maioria dos municípios brasileiros. É feita por catadores individuais ou organizados em cooperativas, que fazem a separação correta e encaminham para empresas de reciclagem.

O Compromisso Empresarial Para Reciclagem (CEMPRE) informa que apenas 15% dos brasileiros tem acesso a coleta seletiva, o que equivale à 18% dos municípios.

O Instituto Paranaense de Reciclagem (INPAR), inaugurado em julho de 2017, com apoio da FIEP e, em parceria, com os sindicatos do setor alimentício: Sincabima, Sindicarne, Sindiavipar, Sinduscafé, Sinditrigo e Sipcep. Sua regulamentação idealiza que, após o consumo dos produtos, comerciantes, consumidores e fabricantes se responsabilizem pelos resíduos gerados.

O presidente do INPAR, Sr. Rommel Barion, afirma que “O instituto tem como propósito promover a adequação das empresas do setor de alimentos à Política Nacional de Resíduos Sólidos, a fim de minimizar os impactos de suas atividades ao meio ambiente”. O Instituto poderá oferecer soluções para que os produtos e respectivas embalagens tenham uma destinação adequada após o consumo.


Fonte: http://www.portalodm.com.br

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Estudo diz que 4 milhões de brasileiros voltaram à pobreza

Pouco mais de 4,1 milhões de brasileiros entraram na faixa de pobreza no País em 2015, sendo que 1,4 milhão deles voltaram para a extrema pobreza no mesmo ano, informou o relatório "Radar IDHM 2015" nesta segunda-feira (14).

Foto: Agencia Brasil

O relatório foi elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pela Fundação João Pinheiro divulgado.

Segundo o estudo, a faixa de pobreza concentra "pessoas com renda domiciliar per capita inferior a um quarto de salário mínimo, de agosto de 2010". Já na extrema pobreza estão as pessoas com "renda domiciliar per capita inferior a R$ 70 em agosto de 2010".

"Os dados trazidos pelas PNADs mostram que houve redução na renda per capita da população brasileira (passando de R$ 803,36 em 2014 para R$ 746,84 em 2015) e ingresso de 4,1 milhões de pessoas na pobreza sendo que, deste total, 1,4 milhão de pessoas ingressaram na extrema pobreza. Esses dados alertam para a necessidade das políticas públicas voltadas ao crescimento do emprego e da renda, sem deixar de lado o combate à desigualdade", informa ainda o documento.

Veja também no Portal ODM os indicadores de fome e pobreza do seu município.
O texto ainda ressalta que o "Índice de Desenvolvimento Humano Municipal do Brasil parou de crescer em 2015, mas ainda permanece na faixa de alto desenvolvimento humano, com 0,761".

Entre os motivos apontados pelos índices piores é o fato da crise econômica ter atingido fortemente a população naquele ano.

"O estudo analisa três dimensões - Longevidade, Educação e Renda - e constata que 'a taxa média de crescimento anual do IDHM entre 2011 e 2015 foi de 0,8%, inferior à observada entre 2000 e 2010, que foi de 1,7%'".

O Radar IDHM usa informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).


Patente: Método para monitoramento de enchentes em tempo real por meio de veículo Aéreo não tripulado


Proponentes: Marcos Antônio Mattedi, Leandro Ludwig, Maiko Rafael Spiess, Eduardo Augusto Werneck Ribeiro.

Titulo de Invenção ou modelo de utilidade (54)

Patente: Método para monitoramento de enchentes em tempo real por meio de veículo Aéreo não tripulado

Resumo:

A presente invenção conjuga em apenas um sistema as funções de aquisição, processamento e fornecimento de informação para gestão de impactos de enchentes de forma mais rápida, robusta e integrada. São obtidos dados do território por meio de veiculo aéreo  não tripulado, que realiza uma sequência intervalada de voos no tempo. Estes dados são processados, resultados em uma simulação, que constitui uma projeção de cenário de enchente em tempo real, gerando informações que são disponibilizadas para subsidiar o processo de tomada de decisão em situação de emergência.

Trata-se da primeira patente da área de Ciências Humana da FURB.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Localização e tipo de moradia na política habitacional de Buenos Aires

Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional

A  Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional [RBDR], de periodicidade quadrimestral, passou a ser editada a partir do outono de 2013 pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional [PPGDR], da Universidade Regional de Blumenau [FURB].


Confira um dos artigos:

Localização e tipo de moradia na política habitacional de Buenos Aires

María Mercedes Di Virgilio, María Carla Rodríguez, Tomas Raspall, Soledad Arqueros Mejica, Florencia Rodríguez, Pablo Vitale, Cecilia Zapata


Resumo



Desde 2003 a Argentina ingressou em um processo de recuperação econômica gradual, com impactos positivos sobre os salários e os níveis de emprego. Na cidade de Buenos Aires, a construção civil estava entre as atividades mais dinâmicas, experimentando a construção residencial um crescimento sem precedentes. No entanto, a situação da habitação dos agregados familiares não melhorou. Este artigo descreve a concepção e implementação de políticas habitacionais desde 2003 com base na análise de intervenções na Cidade de Buenos Aires em diferentes bairros populares: Villa 31, Villa 19, o assentamento Rodrigo Bueno e os conjuntos habitacionais em Lugano e La Boca. Para tanto, caracterizam-se a dinâmica demográfica e a evolução do déficit habitacional na cidade, analisam-se as políticas implementadas sobre diferentes tipos de habitação popular e se discute seu impacto no território.
Código JEL | O18; P16; R21.

Palavras-chave


Buenos Aires; habitação; habitação social; política habitacional; política urbana.

Texto completo:


UNIVERSIDADE ABERTA Ciência e Cultura em debate


A proposta da Universidade Aberta é criar um espaço de encontro, de diálogo interdisciplinar e de reflexão, de discussão e debate de ideias, direcionado a alunos de todos os cursos, toda a comunidade acadêmica e também à comunidade externa.

Aqui na Universidade acontecem tantas coisas que, muitas vezes, a própria comunidade acadêmica não sabe o que o colega está realizando de projetos de ensino, pesquisa e extensão. A Universidade Aberta é uma oportunidade para socializar estas atividades e os conhecimentos gerados, inclusive com o público externo.

Estão sendo realizados eventos mensais, entre conferências, mesas-redondas e debates, com a participação de docentes e alunos da FURB e de personalidades convidadas. A coordenação do programa está a cargo da PROPEX - Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura da FURB, apoiado pelo grupo idealizador do programa.


» Veja a programação 2017

Contato
PROPEX - Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação, Extensão e Cultura
Pró-Reitor: prof. Dr. Alexander Christian Vibrans
propex@furb.br



Fonte: http://www.furb.br

terça-feira, 15 de agosto de 2017

OPAS lança nova iniciativa para eliminar a transmissão materno-infantil de quatro doenças

Para acabar com a transmissão de mãe para filho de quatro doenças até 2020, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançou o Marco para a Eliminação da Transmissão Materno-Infantil do HIV, Sífilis, Hepatite e doença de Chagas. Foto: Flickr/Etolane (cc)

Todos os anos, estima-se que 2,1 mil crianças na América Latina e no Caribe nasçam com HIV ou o contraiam de suas mães; 22,4 mil estejam infectadas com sífilis; cerca de 9 mil nasçam com doença de Chagas; e 6 mil contraiam o vírus da hepatite B. Se não forem detectadas e tratadas a tempo, essas infecções podem causar abortos espontâneos, malformações congênitas, problemas neurológicos e cardíacos, cirrose, câncer de fígado e, em alguns casos, até a morte.

Para acabar com a transmissão de mãe para filho dessas quatro doenças até 2020, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lançou o Marco para a Eliminação da Transmissão Materno-Infantil do HIV, Sífilis, Hepatite e doença de Chagas (EMTCT-PLUS) – acesse em inglês ou em espanhol. Trata-se de um roteiro com estratégias e intervenções que visam às mulheres antes e durante a gravidez, bem como novas mães e seus bebês.

“O novo quadro é uma oportunidade para integrar e redobrar esforços para diagnosticar e tratar mulheres grávidas durante exames pré-natais e prevenir abortos espontâneos, malformações fetais e óbitos por sífilis, além de evitar que crianças sejam infectadas com doenças com graves consequências para a saúde a longo prazo, como HIV, hepatite B ou doença de Chagas”, disse Suzanne Serruya, diretora do Centro Latino-Americano de Perinatologia (CLAP) da OPAS.

Desde 2010, os países da América Latina e do Caribe têm trabalhado para eliminar a transmissão de mãe para filho do HIV e da sífilis como problemas de saúde pública por meio da Estratégia para a Eliminação da Transmissão Materno-Infantil (ETMI) do HIV e da Sífilis Congênita, coordenada pela OPAS. Desde então, os países conseguiram reduzir em 55% as novas infecções em crianças, de 4,7 mil para 2,1 mil entre 2010 e 2015. Durante esse período de cinco anos, evitou-se que quase 28 mil crianças se infectassem com o HIV.

Com base no sucesso dessa iniciativa, a OPAS criou o Marco EMTCT-PLUS, que incorpora uma plataforma já consolidada para acabar com a transmissão de mãe para filho da doença de Chagas e da hepatite B.

Prevenindo a transmissão

Para reduzir ao máximo possível a transmissão materno-infantil dessas quatro doenças, a iniciativa da OPAS propõe a triagem universal de todas as mulheres grávidas, uma política que todos os países da região e do mundo adotaram para o diagnóstico de HIV e sífilis, embora ainda não para doença de Chagas e hepatite B.

A partir de 2016, os 51 países e territórios das Américas incluíram a hepatite B em seus calendários oficiais de vacinação, com uma dose da vacina administrada aos dois, quatro e seis meses de idade. Além disso, 21 países incluíram uma dose da vacina contra a hepatite B para recém-nascidos. Estima-se que a cobertura regional de vacinação para a série de três doses alcança 89% e a cobertura da dose para recém-nascidos é de 75%. O sucesso dos programas de vacinação nas Américas sugere que a eliminação da transmissão perinatal e infantil da hepatite B é viável. No entanto, o acesso deve ser expandido para garantir que a vacina atinja pelo menos 95% das crianças, começando com uma dose para recém-nascidos ainda nas primeiras 24 horas de vida.

Até o momento, a luta contra a doença de Chagas se concentrou no controle vetorial, limpeza ambiental e no controle de sangue para transfusões. No entanto, o próximo passo para eliminá-la como um problema de saúde pública é se concentrar na prevenção da transmissão de mãe para filho, que atualmente representa cerca de um terço das novas infecções. Estima-se que 1,12 milhão de mulheres em idade reprodutiva na região estão infectadas com T. cruzi, o parasita que causa a doença. O Marco EMTCT-PLUS exige que todas as mulheres grávidas sejam examinadas e que os bebês daquelas que são positivas sejam testados e tratados, bem como as mães após o parto.

“Queremos que a próxima geração seja livre não apenas do HIV e da sífilis, mas também da doença de Chagas e da hepatite B”, disse Marcos Espinal, diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis e Análise de Saúde da OPAS. “Temos ferramentas econômicas para evitar que crianças sejam infectadas por suas mães, mas precisamos dessas medidas para alcançar todos os que precisam delas”.


Fonte: https://nacoesunidas.org

10 anos após Declaração, indígenas ainda enfrentam "enormes desafios"

Foto: RedeLivre
Os povos indígenas do mundo ainda enfrentam "enormes desafios" uma década após a adoção da declaração histórica sobre seus direitos, alertou um grupo de especialistas das Nações Unidas e órgãos especializados.

Em comunicado conjunto pouco antes do Dia Internacional dos Povos Indígenas, neste 9 de agosto, o grupo afirmou que os Estados devem transformar palavras em ação para acabar com discriminação, exclusão e falta de proteção ilustradas pela piora na taxa de homicídios de defensores de direitos humanos.

Declaração

De Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, a mestre e doutora em Direito Índígena, Sâmia Barbieri, falou à ONU News, sobre a importância da Declaração no Brasil.

"A gente tem que pensar como a gente pode efetivar essa declaração no nosso país. Ela foi importantíssima porque quando existe o reconhecimento do direito indígena no âmbito internacional, isso muda no direito interno do Brasil. O nosso Estado nacional por ratificar e assinar os tratados e convenções de Direitos Humanos sobretudo, essa importantíssima declaração, reconhece e deve portanto, garantir os direitos dos povos indígenas. Não é o que vem ocorrendo. Nesse momento, nós estamos vendo um desfacelamento do pouco que se construiu ao longo desse 10 anos."

O comunicado foi emitido pelos presidentes do Fórum Permanente da ONU sobre Questões Indígenas, Mariam Wallet Aboubakrine, e do Mecanismo Especializado da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas, Albert K. Barume, além da relatora especial sobre os direitos dos povos indígenas, Victoria Tauli-Corpuz.

Na nota, os especialistas defendem que a Declaração, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, é o "mais abrangente instrumento internacional" para os direitos dos povos indígenas e é atualmente um marco de progresso, uma plataforma para reconciliação e uma referência para direitos.

No entanto, uma decada depois, o grupo reconhece que "vastos desafios permanecem". Em muitos casos, eles afirmam que os povos indígenas estão enfrentando violações de direitos e lutas ainda maiores do que há 10 anos.

Discriminação

Segundo o comunicado, povos indígenas ainda sofrem racismo, discriminação e acesso desigual a serviços básicos, como saúde e educação. Quando disponíveis, estatísticas mostram claramente que eles são "deixados para trás" em todas as áreas, enfrentando níveis desproporcionais de pobreza e expectativa de vida mais baixa, por exemplo.

Os especialistas afirmaram que os povos indígenas enfrentam desafios especialmente graves devido à perda de suas terras e direitos sobre recursos, que são os "pilares de sua subsistência e identidades culturais".
Os peritos ressaltaram que as mulheres indígenas enfrentam "discriminação dupla" e são frequentemente excluídas de processos de tomada de decisão e direitos à terra. Muitas sofrem violência.

Violência

O grupo alertou que a piora na situação de direitos humanos dos povos indígenas em todo o mundo é ilustrada pelas "extremas e perigosas condições" de defensores de direitos humanos indígenas, que arriscam até a morte.

Apenas no ano passado, algumas fontes sugerem que 281 defensores de direitos humanos foram mortos em 25 países, mais que o dobro do número de 2014. Metade deles estava trabalhando para defender terras, povos indígenas e direitos ambientais.

Os especialistas da ONU apela aos Estados que protejam defensores de direitos humanos indígenas e defendem que crimes contra eles sejam investigados, processados e os responsáveis levados à justiça.

O grupo também pede aos países que garantam que mulheres indígenas desfrutem plenamente de seus direitos de acordo com a Declaração.

Ação

Eles defender ainda ser hora se reconhecer e fortalecer as formas de governança e representação dos povos indígenas para estabelecer diálogo construtivo e envolvimento com autoridades nacionais e internacionais e o setor privado.

No entanto, os especialistas da ONU ressaltaram que ainda há um longo caminho para que os indígenas desfrutem plenamente de seus direitos humanos, como está na Declaração.

O grupo pediu a todos os Estados que fechem o espaço entre palavras e ações e tomem medidas imediatas para prover igualdade e plenos direitos a todas as pessoas com origens indígenas.


Fonte:  http://www.portalodm.com.br

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Curso online da ONU sobre mudanças climáticas está disponível em português

O curso em português sobre mudanças climáticas é fruto de parceria entre o governo brasileiro, a UNESCO no Brasil e o UN CC: Learn, projeto que envolve mais de 35 agências das Nações Unidas.

A versão em português será lançada em evento da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, na terça-feria (15), às 15h30, no Teatro João Caetano (Rua Borges Lagoa, 650, Vila Clementino, São Paulo, SP).
Ilhas Rabi, Fiji. A elevação do nível dos oceanos e as mudanças climáticas são ameaças à existência das ilhas do Pacífico. Foto: OCHA/Danielle Parry

O Programa UN CC: Learn é a maior iniciativa de educação da ONU sobre mudança climática. O curso online introdutório é gratuito, pode ser feito de acordo com a disponibilidade do usuário, e oferece informações claras, concisas e atualizadas para quem pretende saber mais sobre o assunto. Mais de 10 mil pessoas, de vários continentes, já fizeram o curso, que está disponível em cinco línguas. O programa de estudos e informações sobre a iniciativa podem ser acessadas em www.unccelearn.org.

O curso em português é fruto de parceria entre o governo brasileiro, a UNESCO no Brasil e o UN CC: Learn, projeto que envolve mais de 35 agências das Nações Unidas e oferece cursos online sobre mudança climática para atender a demanda por especialistas no assunto. A versão em português do curso será lançada em evento da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, na terça-feria (15), às 15h30, no Teatro João Caetano (Rua Borges Lagoa, 650, Vila Clementino, São Paulo, SP).

“O curso é um grande recurso e estamos muitos felizes em poder promover sua disseminação na sociedade”, disse Renata Maranhão, diretora do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA). “Enquanto o Brasil avança, serão muitos os desafios relacionados à mudança climática e, desta forma, o treinamento é necessário para preparar a sociedade para o futuro”, declarou Felipe Felisbino, coordenador-geral de Educação Ambiental do Ministério de Educação (MEC).

“A educação é transversal e essencial para o cumprimento de todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A mudança climática, tema de um dos ODS, é muito importante e seus processos devem ser compreendidos para que possamos lidar com o assunto. O curso online de mudança climática, traduzido para o português pela UNESCO no Brasil, é uma excelente ferramenta que contribuirá na busca por uma forma mais sustentável de viver”, afirmou Marlova Jovchelovitch Noleto, representante interina da UNESCO no Brasil. Quem finaliza o curso recebe um certificado emitido pela UNITAR, a Agência de Treinamento das Nações Unidas (www.unitar.org), e a tradução do curso para o português possibilita a sua disseminação em países de língua portuguesa.

Angus Mackay, representante do Secretariado do Programa UN CC:Learn, complementa: “esperamos que esse curso em português contribua para uma melhor qualidade dos conhecimentos sobre mudança climática nos países lusófonos e para a formação de profissionais qualificados que atuam na superação dos desafios colocados pela mudança climática”. “O programa UN CC:Learn, em parceria com o escritório da UNESCO no Brasil, disponibilizará outros cursos da plataforma também em português”m disse.

O apoio do setor privado à iniciativa de lançamento do curso em português mostra a importância da agenda de capacitação para a sociedade. Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), afirma que “iniciativas como esta da UNITAR ampliam o acesso e o compartilhamento da inteligência sobre desenvolvimento sustentável”. “E isto é fundamental nesse momento de transição para a economia de baixo carbono. Para transformar uma sociedade é preciso antes transformar as pessoas, o que só é possível por meio do conhecimento. O CEBDS tem orgulho de ser parceiro desta iniciativa e esperamos que nossas publicações sejam úteis nos cursos oferecidos pela plataforma”.

Diversas organizações estão se comprometendo a usar a plataforma UN CC:Learn para treinamento de seus funcionários e agentes interessados. Oskar Metsavaht, fundador e diretor criativo da Osklen, presidente do Instituto-E e embaixador da Boa Vontade da UNESCO, apoia o programa. “Para nós, da Osklen e do Instituto-E, a mudança climática está na ordem do dia, basta ver os extremos que temos presenciado pelo mundo. Por isso, encorajamos todos os nossos funcionários a seguirem esse curso online”.

Sobre UN CC:Learn

O programa UN CC:Learn é uma parceria de mais de 30 organizações multilaterais que apoia países na elaboração e implementação de suas estratégias de combate à mudança climática de forma sistêmica, recorrente e medida por resultados. Em âmbito global, a parceria apoia o compartilhamento de conhecimentos, promove a elaboração de conteúdo sobre mudança climática, e coordena atividades pedagógicas em colaboração com diferentes agências das Nações Unidas e parceiros locais nos países onde atua.

Em âmbito nacional, o programa apoia os países na formulação e implementação de estratégias nacionais de aprendizagem sobre mudança climática. Atuando em âmbito global e local, o programa contribui de forma específica com o Artigo 6 da Convenção das Nações Unidas sobre a mudança do clima, que fala de treinamento, educação e maior capilaridade do conhecimento, bem como ao Programa de Trabalho 2012-2020 firmado em Doha.

O programa UN CC:Learn é financiado pelo governo suíço e por parceiros das Nações Unidas. O secretariado do UN CC:Learn é dirigido pelo Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa (UNITAR). Para mais informações sobre o UN CC:Learn acesse http://www.uncclearn.org/ e veja o vídeo aqui.