quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Salário do blumenauense ficou estagnado em 2016

Foto: Gilmar de Souza, BD, 9/2/2016
O blumenauense sentiu no bolso que o salário não rendeu no último ano. Levantamento feito pelo Sistema de Informações Gerenciais e de Apoio à Decisão (Sigad) – um projeto vinculado ao Departamento de Economia e ao Programa de Extensão Observatório do Desenvolvimento Regional da Furb – a partir de dados da Relação Anual de Informações Sociais, do Ministério do Trabalho e Emprego, mostra que em 2015 o vencimento médio do trabalhador na cidade era de R$ 2.334,88.

Este valor subiu para R$ 2.513,26 em 2016, um crescimento nominal de 7,64%. Mas, descontada a inflação do período calculada pelo Índice de Variação Geral de Preços da universidade, o aumento real é de míseros 0,11%.

A recessão da economia ajuda a explicar esse cenário. Nas campanhas salariais do último ano, pouquíssimas categorias conseguiram negociar aumento real. A maioria teve de se contentar apenas com a reposição da inflação.

O estudo, coordenado pelo professor Nazareno Schmoeller, também revela que o número de empregos formais em Blumenau recuou de 132.925, em 2015, para 129.646 no ano seguinte (saldo de -3.279), levando o mercado de trabalho local ao mesmo patamar de 2010 – quando eram 128.888 empregos formais.

Os mais demitidos

Escriturários em geral, agentes, assistentes e auxiliares administrativos formam a categoria com a maior redução do número de vagas no último ano – foram 761. Na sequência aparecem escriturários contábeis e de finanças (-455), trabalhadores da construção civil e obras públicas (-403) e condutores de veículos e operadores de equipamentos de elevação e de movimentação de cargas (-376). Professores de nível superior na educação infantil e no ensino profissional foram as funções com o maior índice de admissões em 2016 (777).

Escolaridade influencia

Outro recorte interessante do material reforça que, quanto maior o nível de escolaridade, maior as chances de conseguir ou manter um emprego. De acordo com a pesquisa, o grupo formado por trabalhadores com ensino superior completo foi o único onde o saldo de geração de vagas entre 2015 e 2016 ficou no azul (+1.282).

Em todos os demais os resultados são negativos. Entre aqueles que têm somente o fundamental completo, por exemplo, houve um déficit de 2.004 postos de trabalho neste período.

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