Um estudo inédito sobre os avanços em cada uma das metas e como Santa Catarina está diante dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) foi o destaque do seminário de lançamento em Santa Catarina da 4.ª edição do Prêmio ODM Brasil. O evento foi realizado na última quinta-feira, 25/08, em Florianópolis. Segundo o estudo, Santa Catarina é destaque no combate à pobreza e na taxa de escolaridade (ODM 1 e 2) , mas decepciona na promoção de igualdade entre os sexos (ODM3), ficando bem abaixo da média do Brasil e dos países desenvolvidos
O estudo foi realizado pelos professores Erni José Seibel, do Núcleo de Políticas Públicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e Ronaldo Baltar, da Universidade Estadual de Londrina (UEL) por solicitação do Movimento Nós Podemos Santa Catarina - que representa no estado o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade, estimulando a sociedade a realizar práticas que gerem avanços pelos oito Objetivos do Milênio.
Além de comparar resultados com os avanços médios brasileiros, o estudo compara a situação local com a de países selecionados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Maior participação da mulher
"O trabalho dos professores revelou que embora o Estado esteja próximo dos países mais desenvolvidos em termos de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com relação à igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres estamos muito abaixo da média do Brasil e dos países da OCDE, o que indica a necessidade de políticas que revertam este quadro", destaca o coordenador do Movimento Nós Podemos SC, Odilon Faccio.
"O trabalho dos professores revelou que embora o Estado esteja próximo dos países mais desenvolvidos em termos de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com relação à igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres estamos muito abaixo da média do Brasil e dos países da OCDE, o que indica a necessidade de políticas que revertam este quadro", destaca o coordenador do Movimento Nós Podemos SC, Odilon Faccio.
Segundo Faccio, a pesquisa subsidia estratégias e ações dos atores sociais para alcançar as Metas do Milênio em SC e no Brasil até 2014. Além disso, a leitura dos dados indica quais as políticas públicas podem ter maior impacto nos resultados.
No estado, o núcleo Nós Podemos tem como principais parceiros a Eletrosul, a Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul, a Universidade do Vale do Itajaí - Univalli e a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. O Nós Podemos SC tem núcleos atuando na Capital, Joinville, Brusque e Itajaí.
Confira os avanços do estado:
Meta 1 - Reduzir pela metade o número de pessoas subnutridas até 2015
O Brasil tem mostrado uma tendência de redução neste indicador desde 1991, quando havia mais de 12% da população de subnutridos. Hoje, são cerca de 7%, bem acima da taxa do mundo desenvolvido.
Meta 1 - Reduzir pela metade o número de pessoas subnutridas até 2015
O Brasil tem mostrado uma tendência de redução neste indicador desde 1991, quando havia mais de 12% da população de subnutridos. Hoje, são cerca de 7%, bem acima da taxa do mundo desenvolvido.
Santa Catarina teve um ritmo de redução mais intenso do que a média do Brasil. Chegou em 2005 com 1,3% da população ingerindo menos calorias do que o recomendado pela ONU. Em 2008, já havia reduzido esse percentual para menos de 1% da população, equivalendo-se ao padrão do mundo desenvolvido.
Meta 2 - Ensino Fundamental para todas as crianças, até 2015
O Brasil aumentou o número de crianças matriculadas no ensino fundamental. A taxa líquida de escolaridade (que é calculada através do número de alunos matriculados com idade adequada para aquela série, dividido pelo número total de alunos com idade adequada para a série) saltou de 92,5% para 95,1% no período de 2000 a 2008.
O Brasil aumentou o número de crianças matriculadas no ensino fundamental. A taxa líquida de escolaridade (que é calculada através do número de alunos matriculados com idade adequada para aquela série, dividido pelo número total de alunos com idade adequada para a série) saltou de 92,5% para 95,1% no período de 2000 a 2008.
Santa Catarina possuía em 2000 uma taxa líquida de escolarização para o Ensino Fundamental de 96,7% . Em oito anos, avançou para 98,2%. A maioria dos países desenvolvidos tem taxa de escolaridade de 99% ou mais. O Japão registra 100%.
Meta 3 - Promover igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres
Quando o indicador é a taxa de emprego feminina, Santa Catarina aparece bem aquém do Brasil e dos países desenvolvidos. A porcentagem de mulheres em idade de trabalhar e efetivamente ocupadas entre 2006 e 2008 beirava os 57% no mundo desenvolvido e 56% na média do Brasil. Já em Santa Catarina, essa porcentagem de emprego feminino rondava os 43%.
Quando o indicador é a taxa de emprego feminina, Santa Catarina aparece bem aquém do Brasil e dos países desenvolvidos. A porcentagem de mulheres em idade de trabalhar e efetivamente ocupadas entre 2006 e 2008 beirava os 57% no mundo desenvolvido e 56% na média do Brasil. Já em Santa Catarina, essa porcentagem de emprego feminino rondava os 43%.
Meta 4 - Reduzir a mortalidade na infância
O Brasil e Santa Catarina tiveram uma redução ao longo do período, mas ainda estão não alcançaram a meta da ONU e os patamares dos países desenvolvidos. A taxa de mortalidade de menores de cinco anos (por mil nascidos) caiu de mais de 20 para menos de 10 óbitos por mil nascidos no mundo desenvolvido, no período de 1990 a 2009. No Brasil, encolheu de perto de 55 para pouco mais de 20.
O Brasil e Santa Catarina tiveram uma redução ao longo do período, mas ainda estão não alcançaram a meta da ONU e os patamares dos países desenvolvidos. A taxa de mortalidade de menores de cinco anos (por mil nascidos) caiu de mais de 20 para menos de 10 óbitos por mil nascidos no mundo desenvolvido, no período de 1990 a 2009. No Brasil, encolheu de perto de 55 para pouco mais de 20.
Santa Catarina, que registrava quase 30 de taxa de mortalidade infantil em 1994, reduziu esse índice para perto de 15 mortes por mil nascidos em 2009.
Meta 5 - Melhorar a saúde materna
A taxa de mortalidade materna no mundo desenvolvido caiu de 10 óbitos por mil para 5 por mil, no período de 1990 a 2008. No Brasil, a redução foi de 120 óbitos para 60, a cada grupo de mil mulheres. Uma queda importante, porém os números ainda são elevados.
A taxa de mortalidade materna no mundo desenvolvido caiu de 10 óbitos por mil para 5 por mil, no período de 1990 a 2008. No Brasil, a redução foi de 120 óbitos para 60, a cada grupo de mil mulheres. Uma queda importante, porém os números ainda são elevados.
Em Santa Catarina, a taxa é igualmente alta: 40 por mil, em 2008, frente a 45 por mil, registrada em 1995.
Meta 6 - Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças
O estado de Santa Catarina tem sob controle o número de casos novos de AIDS. Já o Brasil apresentou uma ligeira alta no último triênio. Os países desenvolvidos que mais têm incidência de novos casos de AIDS estão reduzindo bastante este número, sobretudo a partir de 2000.
O estado de Santa Catarina tem sob controle o número de casos novos de AIDS. Já o Brasil apresentou uma ligeira alta no último triênio. Os países desenvolvidos que mais têm incidência de novos casos de AIDS estão reduzindo bastante este número, sobretudo a partir de 2000.
Meta 7 - Garantir a sustentabilidade ambiental
Incluem-se nessa meta, avanços no saneamento básico. Apesar de uma cobertura acima da média brasileira, o estado de Santa Catarina ainda está aquém da média dos países desenvolvidos, que é de 99% de domicílios atendidos por esgoto (esgoto propriamente ou fossa asséptica).
Incluem-se nessa meta, avanços no saneamento básico. Apesar de uma cobertura acima da média brasileira, o estado de Santa Catarina ainda está aquém da média dos países desenvolvidos, que é de 99% de domicílios atendidos por esgoto (esgoto propriamente ou fossa asséptica).
Em relação ao acesso à água potável, Santa Catarina tinha, em 1991, 41% de moradores sem acesso à água potável. A meta era reduzir este número para metade até 2015. Em 2009, Santa Catarina já havia reduzido para 21% de moradores sem acesso à água potável, cumprindo 95% da meta, seis anos antes.
Meta 8 - Parceria para o desenvolvimento
Um dos indicadores é o acesso à Internet. Pelos dados de usuários por 100 habitantes (indicador da ONU), o Brasil demonstrou um rápido crescimento no acesso à Internet ao longo do período que vai de 1990 a 2008. Nesse ano, o Brasil tinha 37,52 usuários com acesso pela Internet para cada 100 habitantes. Já países do mundo desenvolvido estavam com um índice de 68 a 87 usuários em cada 100. Santa Catarina supera a média brasileira. Estima-se que em 2009, o Estado tivesse perto de 50 usuários por 100.
fontes: Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina e Celesc
FONTE - http://www.nospodemos.org.br/noticias_detalhe/241/nos-podemos-sc-lanca-4-premio-odm-brasil-apresentando-estudo-sobre-avancos-do-estado
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