terça-feira, 22 de agosto de 2017

Municípios brasileiros ainda destinam seus resíduos de maneira imprópria

Foto: Ecoloop

Cerca de 3.326 municípios brasileiros destinam seus resíduos de maneira imprópria. Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, de 2015, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), são gerados anualmente um total de 79,9 milhões de toneladas de Resíduos Sólidos, sendo 72,5 milhões coletados e 7,3 milhões sem coleta. 

Do total de resíduos coletados, 30 milhões de toneladas foram levados à uma destinação não adequada, apenas 58,7% foram para aterros sanitários.

São gerados anualmente um total de 79,9 milhões de toneladas de Resíduos Sólidos, sendo 72,5 milhões coletados e 7,3 milhões sem coleta.

Em 2015, as regiões Norte e Nordeste contavam com 80% de cobertura no atendimento de coletas. Este percentual de cobertura era de 90% nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Os 450 municípios da região Norte geraram, diariamente, 15.745 toneladas de resíduos urbanos; 64,2% dos resíduos que foram coletados não tiveram destinação apropriada. Entre 2014 e 2015, observou-se no Brasil um aumento de 1,7% no total de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). Cerca de 82 milhões de toneladas de resíduos são deixados, diariamente, em unidades inadequadas. Além disso, existem também os Resíduos de Construção e Demolição que somam mais de 122 mil toneladas geradas por dia.

Em 2015, 88,8% dos brasileiros têm acesso à coleta de resíduos, de acordo com os indicadores do Portal Longevidade & Produtividade. O Maranhão teve o menor percentual de moradores com acesso a esse serviço: 57,02%. O melhor estado foi São Paulo com 99% de sua população com acesso a coleta de resíduos.

Quer saber mais sobre o acesso à coleta de resíduos no seu estado, na sua cidade? Acesse Portal Longevidade & Produtividade.

O estudo Estimativa dos Custos para Viabilizar a Universalização da Destinação Adequada de Resíduos Sólidos no Brasil, da ABRELPE, aponta que o investimento necessário para universalizar até 2031 o serviço de tratamento e destinação final adequada era de $ 11,6 bilhões em 2015. Para tal, devem ser investidos $ 15,59 bilhões/ano para custear a operação e a manutenção das construções necessárias. O estudo revela, ainda, que com o ritmo atual de investimentos a universalização está distante de ser alcançada.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), lançada desde 2010, instituiu que a responsabilidade pelo ciclo de vida do produto seja compartilhada. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a aprovação da PNRS deu qualidade e um novo rumo ao tema, apresentando como uma alternativa a eliminação e recuperação de lixões que comprometem a qualidade de vida dos habitantes do país. Vale lembrar que uma boa gestão impacta positivamente no setor social, ambiental e econômico do país. Todos ganham!

Boa Prática
Foto: Cultura Mix

Processos de coleta seletiva e reciclagem são exemplos de boas práticas. A coleta seletiva acontece de maneira informal na maioria dos municípios brasileiros. É feita por catadores individuais ou organizados em cooperativas, que fazem a separação correta e encaminham para empresas de reciclagem.

O Compromisso Empresarial Para Reciclagem (CEMPRE) informa que apenas 15% dos brasileiros tem acesso a coleta seletiva, o que equivale à 18% dos municípios.

O Instituto Paranaense de Reciclagem (INPAR), inaugurado em julho de 2017, com apoio da FIEP e, em parceria, com os sindicatos do setor alimentício: Sincabima, Sindicarne, Sindiavipar, Sinduscafé, Sinditrigo e Sipcep. Sua regulamentação idealiza que, após o consumo dos produtos, comerciantes, consumidores e fabricantes se responsabilizem pelos resíduos gerados.

O presidente do INPAR, Sr. Rommel Barion, afirma que “O instituto tem como propósito promover a adequação das empresas do setor de alimentos à Política Nacional de Resíduos Sólidos, a fim de minimizar os impactos de suas atividades ao meio ambiente”. O Instituto poderá oferecer soluções para que os produtos e respectivas embalagens tenham uma destinação adequada após o consumo.


Fonte: http://www.portalodm.com.br

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